Oito anos depois de ser responsável por um dos momentos mais memoráveis em uma Olimpíada, o ex-padre irlandês Cornelius Horan diz que pretende fazer novas manifestações em locais onde ocorrem as provas dos Jogos Olímpicos de Londres, mas sem atrapalhar os atletas. Ele disse que deve fazer uma intervenção na maratona masculina de 2012, mas afirma que fará tudo dentro da lei - e sem prejudicar nenhum dos atletas.
Horan indicou que essa intervenção se dará com a apresentação de danças tradicionais, que planeja ainda levar a outros sites ligados à Olimpíadas, como o Parque Olímpico, o parque de Greenwich e o Hyde Park. Segundo o ex-padre, os eventos esportivos foram escolhidos por causa da atenção "excessiva" dedicada a eles. No entanto, ele diz que reconhece o esforço dos atletas de todo o mundo e que "não acha justo interromper o evento deles".
Horan, que costuma fazer apresentações de dança tradicional nas ruas de Londres, diz que se arrepende "profundamente" de ter empurrado o velocista brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima a 6km do fim da maratona que lhe daria a medalha de ouro em Atenas 2004. Mas ele afirma que seu plano inicial não era tirar Vanderlei da maratona e, sim, exibir durante alguns segundos um pôster que dizia "a segunda vinda de Cristo está próxima".
O ex-sacerdote católico já havia chamado a atenção no mundo no Grande Prêmio de Fórmula 1 da Inglaterra, em 2003, quando invadiu a pista também com uma mensagem religiosa. "Eu usei esses eventos esportivos para chamar a atenção do mundo para minhas crenças e para o evento da segunda vinda (de Cristo), que será o maior evento que acontecerá na vida das pessoas", disse. "Mas admito que, especialmente na maratona, eu não planejava ir tão longe, encostar no atleta."
Horan afirma que pretende se manifestar na próxima semana próximo ao Parque Olímpico em Londres, com um cartaz que diz: "Dança da paz para Vanderlei de Lima e todos os atletas brasileiros; Preparem-se para a segunda vinda de Cristo, que está próxima."
Horan vive há 16 anos em um quarto alugado em uma casa em Peckham, sul de Londres. Sua esposa acaba de morrer, aos 92 anos. Ele diz que logo após sua aparição na maratona, ela também foi hostilizada por vizinhos e conhecidos. "Minha senhoria, que na época (da maratona de Atenas) tinha por volta de 80 anos, também sentiu a pressão. As pessoas perguntavam a ela: quem é esse homem que mora com você? É um maluco?" Ele chegou ser alertado por sua família de que não deveria voltar à Irlanda, sob o risco de ser atacado fisicamente. E diz que chegou a ouvir, em um programa de rádio, que era "a pessoa mais odiada" do país.
Horan e sua mensagem sobre a volta de Jesus
"Ainda fico muito triste por causa daquela intervenção, que foi realmente um ataque ao atleta brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima. Não tinha ouvido falar dele antes, mas certamente ouvi falar desde então. Acho que muitas pessoas pensaram que eu queria agarrá-lo para atrair atenção para mim, mas eu realmente estava tentando chamar a atenção para uma mensagem. É Bíblia que merece atenção, não Neil Horan", explica.
Horan e Vanderlei Cordeiro não tiveram mais contato depois de Atenas. No entanto, o irlandês afirma que escreveu duas cartas pedindo desculpas, que não foram respondidas. Ele afirma também que chegou a aprender um pouco de português para se comunicar com o ex-atleta e sua família e, quem sabe, dançar para eles. "Arrependo-me muito, mas devo dizer que, aparentemente, ele ficou mais famoso que Pelé no Brasil. Isso é bastante, porque Pelé é provavelmente o maior jogador de futebol de todos os tempos e ele sempre foi meu herói nas Copas do Mundo", argumenta. "Se ele (Vanderlei Cordeiro) tivesse ganho a medalha de ouro, ele poderia não ser tão famoso." Segundo sua assessoria de imprensa, Vanderlei Cordeiro de Lima prefere não falar sobre o incidente em Atenas. No entanto, em entrevista em maio, ele disse que perdoou o ex-padre, mas não quer dar visibilidade a ele.
Fonte: IG
Horan indicou que essa intervenção se dará com a apresentação de danças tradicionais, que planeja ainda levar a outros sites ligados à Olimpíadas, como o Parque Olímpico, o parque de Greenwich e o Hyde Park. Segundo o ex-padre, os eventos esportivos foram escolhidos por causa da atenção "excessiva" dedicada a eles. No entanto, ele diz que reconhece o esforço dos atletas de todo o mundo e que "não acha justo interromper o evento deles".
Horan, que costuma fazer apresentações de dança tradicional nas ruas de Londres, diz que se arrepende "profundamente" de ter empurrado o velocista brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima a 6km do fim da maratona que lhe daria a medalha de ouro em Atenas 2004. Mas ele afirma que seu plano inicial não era tirar Vanderlei da maratona e, sim, exibir durante alguns segundos um pôster que dizia "a segunda vinda de Cristo está próxima".
O ex-sacerdote católico já havia chamado a atenção no mundo no Grande Prêmio de Fórmula 1 da Inglaterra, em 2003, quando invadiu a pista também com uma mensagem religiosa. "Eu usei esses eventos esportivos para chamar a atenção do mundo para minhas crenças e para o evento da segunda vinda (de Cristo), que será o maior evento que acontecerá na vida das pessoas", disse. "Mas admito que, especialmente na maratona, eu não planejava ir tão longe, encostar no atleta."
Horan afirma que pretende se manifestar na próxima semana próximo ao Parque Olímpico em Londres, com um cartaz que diz: "Dança da paz para Vanderlei de Lima e todos os atletas brasileiros; Preparem-se para a segunda vinda de Cristo, que está próxima."
Horan vive há 16 anos em um quarto alugado em uma casa em Peckham, sul de Londres. Sua esposa acaba de morrer, aos 92 anos. Ele diz que logo após sua aparição na maratona, ela também foi hostilizada por vizinhos e conhecidos. "Minha senhoria, que na época (da maratona de Atenas) tinha por volta de 80 anos, também sentiu a pressão. As pessoas perguntavam a ela: quem é esse homem que mora com você? É um maluco?" Ele chegou ser alertado por sua família de que não deveria voltar à Irlanda, sob o risco de ser atacado fisicamente. E diz que chegou a ouvir, em um programa de rádio, que era "a pessoa mais odiada" do país.
Horan e sua mensagem sobre a volta de Jesus
"Ainda fico muito triste por causa daquela intervenção, que foi realmente um ataque ao atleta brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima. Não tinha ouvido falar dele antes, mas certamente ouvi falar desde então. Acho que muitas pessoas pensaram que eu queria agarrá-lo para atrair atenção para mim, mas eu realmente estava tentando chamar a atenção para uma mensagem. É Bíblia que merece atenção, não Neil Horan", explica.
Horan e Vanderlei Cordeiro não tiveram mais contato depois de Atenas. No entanto, o irlandês afirma que escreveu duas cartas pedindo desculpas, que não foram respondidas. Ele afirma também que chegou a aprender um pouco de português para se comunicar com o ex-atleta e sua família e, quem sabe, dançar para eles. "Arrependo-me muito, mas devo dizer que, aparentemente, ele ficou mais famoso que Pelé no Brasil. Isso é bastante, porque Pelé é provavelmente o maior jogador de futebol de todos os tempos e ele sempre foi meu herói nas Copas do Mundo", argumenta. "Se ele (Vanderlei Cordeiro) tivesse ganho a medalha de ouro, ele poderia não ser tão famoso." Segundo sua assessoria de imprensa, Vanderlei Cordeiro de Lima prefere não falar sobre o incidente em Atenas. No entanto, em entrevista em maio, ele disse que perdoou o ex-padre, mas não quer dar visibilidade a ele.
Fonte: IG