Até 1999, os jogos de luta tinham uma receita básica: pegue um grupo de lutadores (não se esqueça do ninja, da garota popozuda e do brutamontes de tanga); crie para eles seqüências de golpes disparadas por, no mínimo, uns 4 comandos; agora, coloque-os para lutar até que a barra de energia de um deles seque.
Em 1999, a Nintendo decidiu mudar essa estória, com um jogo de luta que é no mínimo revolucionário. Primeiro, na forma de luta: não basta bater no adversário, é preciso atirá-lo para fora da arena, o que permite que um lutador gravemente ferido vença seu oponente mesmo este estando bem mais “inteiro”.
Segundo, nos lutadores: ao invés de apelar para a velha fórmula vigente, decidiu chamar os mascotes de suas franquias mais famosas. Quem comprava o cartucho via, logo na abertura do game, personagens famosos como Mario, Donkey Kong, Kirby e Pikachu, que ele conhecia apenas em seus games de origem, juntos e se enfrentando. Para os fãs de alguns games, era a glória ver seu personagem favorito vencendo uma luta dificílima.
Para completar, o jogo oferecia a oportunidade para até quatro lutadores ao mesmo tempo nas arenas (essas eram um show à parte, também inspiradas em games famosos). Podia-se lutar individualmente, em duas duplas ou até no “todos contra um”, ou seja, enormes possibilidades.
Com tantas qualidades, não é de se admirar que esse jogo tenha inspirado outros (o mais recente é Teen Titans, do PS2) e tenha tido duas seqüências, uma no Game Cube e outra no Wii (esta, inclusive, tem a participação de personagens “não-Nintendo”, como Sonic e Solid Snake). Resumindo, é um jogo imperdível não só para nintendistas, mas por quem gosta de games de luta mas não gosta ou não tem paciência pra ficar decorando “fatalities” e “hadoukens”. Super Smash Bros. é diversão garantida!
FONTE: http://museumdosgames.blogspot.com/2008/05/super-smash-bros.html