Número da Besta
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa
Painel a mostrar o Número da Besta.Número da Besta, Marca da Besta, 666, seiscentos e sessenta e seis ou ainda meia-meia-meia, é, de acordo com a tradição cristã, um número correspondente ao sinal da Besta.
Os manuscritos gregos (na realidade cópias de um protótipo que, ainda que outros discutem a originalidade, foi escrito em Hebraico) não escrevem a frase literalmente como seis-seis-seis (três palavras gregas para seis em uma série — εξ εξ εξ) mas como χξϛ´ (ele é 666 em forma numérica grega) ou algumas vezes seiscentos e sessenta e seis (grego: ἑξακόσιοι ἑξήκοντα ἕξ)
O texto grego de Codex Alexandrinus do Novo testamento recita:
Ὧδε ἡ σοφία ἐστίν• ὁ ἔχων νοῦν ψηφισάτω τὸν ἀριθμὸν τοῦ θηρίου, ἀριθμὸς γὰρ ἀνθρώπου ἐστίν• καὶ ὁ ἀριθμὸς αὐτοῦ ἑξακόσιοι ἑξήκοντα ἕξ.
Hōde hē sophia estin; ho echōn noun psēphisatō ton arithmon tou thēriou, arithmos gar anthrōpou estin; kai ho arithmos autou hexakosioi hexēkonta hex.
Na Vulgata, ou Bíblia latina
Hic sapientia est. Qui habet intellectum, computet numerum bestiae. Numerus enfim hominis est, et numerus eius est sescenti sexaginta sex.
Índice [esconder]
1 Origem
2 Profecia e Revelação
3 Religião e Governo
4 A Besta
4.1 Superstições aos números
5 Notas e referências
[editar] Origem
"E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender , senão aqueles que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e seu número é seiscentos e sessenta e seis" [1]
A origem da profecia está associada ao trecho das Escrituras Sagradas Judaico-Cristã (o termo Judaico-Cristão é apropriado para caracterizar o conjunto de livros composto pelo Velho Testamento e Novo Testamento; a Bíblia Sagrada dos Cristãos), mais precisamente no Livro de Apocalipse (Livro de Revelações escrito por João Evangelista), no capítulo 13. O livro de Apocalipse trata de revelações dadas pelo Deus Bíblico, relatando acontecimentos. proféticos de um determinado período do tempo da história, a saber, o último período da contagem dos dias antes do fim dos tempos. Sua essência foi usada como fonte de superstições no decorrer da história.
A associação do tipo de marca tratado em Apocalipse 13 faz ênfase ao costume comum de se marcar aquilo que lhe é de propriedade. Emblemas feitos a ferro e aquecidos ao fogo são usados para marcar e identificar animais de porte econômico como gados, cavalos, etc. Uma associação provável do uso de marcas em homens está relacionada à téssera, sinal marcado sobre os escravos romanos. Deste modo, o autor do Apocalipse estaria associando o uso de um sinal aparente, a marca da Besta, a um controle de escravização do homem, através de um sistema social, político, econômico e religioso (Apocalipse 13:16-17).
[editar] Profecia e Revelação
A aparição do número da Besta marca na história bíblica o início da rebeldia completa de um povo ou nação. O número da Besta representa a falsa adoração, ou seja, a idolatria. O Deus da bíblia sempre agiu na humanidade nos eventos idólatras que culminaria com o esquecimento completo do verdadeiro Deus. Podemos ver essa ação com Adão e Eva, Caim e Abel, Noé, Abrão, Sodoma e Gomorra, outros e culminando com Jesus. No final terminará com o 666 ou a vinda do AntiCristo, aquele que deseja ser com o Deus verdadeiro. A Profecia visa levar ao ser humano o entendimento das coisas futuras que irão acontecer, para que quando vierem a acontecer o cristão não seja pego de surpresa, deste modo, no começo do Apocalipse, o escritor recebe a mensagem do Anjo para dar ao seus servos, e estes servos são o povo deste Deus verdadeiro, os Cristãos. A revelação pode ser fantasiosa ou descrever imagens de seres diferentes e ilustrações com figuras matemáticas ou de contas para que se entenda o que esta por acontecer. Para compreender melhor, basta ver o caso de um engenheiro que precisa aprender matemática básica para então poder resolver as formulas matemáticas complexas para uma edificação. Assim, a revelação profética necessita de chaves para abrir essas formular, porém, como para o engenheiro era necessário aprender a matemática, os servos, precisavam antes aprender do conteúdo bíblico antes revelado, para ter então em mãos essa chave que abre a profecia revelada, assim, Jesus disse em Lucas [2] essa mesma fórmula, mais uma vez, explicando como usá-la.
[editar] Religião e Governo
Fornalha Ardente Babilônia Daniel 3.No modelo Bíblico, a sociedade é governada por Deus, más, em determinado momento da história pediu a Deus um Rei terreno, assim Saul foi o primeiro Rei do povo de Deus. Esse modelo não fora o planejado por Deus, sendo criado pela humanidade para reger o andamento da sociedade, regulamentando assim as leis e ações civis. Quando ocorre a ligação do Estado (Governo) com a Igreja, quase é formada a imagem da Besta, pois, o Deus bíblico não permite a opressão do seu povo quando pode ocorrer a privação da livre adoração. No passado na época da Babilônia, temos um relato bíblico no Livro de Daniel sobre a formação da união do Estado com a Religião, no reinado de Nabucodonosor, uma estátua foi erigida para adoração, na qual possuía medidas de 60 covâdos de altura e 6 covados de largura, a simbologia numérica babilônica é representada como: 6 = Deus Menor, 60=Deus Maior e 600=Panteão, a estátua por ser de Ouro representava o panteão, assim, a somatória simples de 600+60+6 é o resultado de 666 ou Seiscentos Sessenta Seis. [3] Assim, o estado pode obrigar a morte ou a privação completa de direitos aqueles que não cumprirem o que foi ordenado por Lei. Neste momento a imagem da Besta é formada.
[editar] A Besta
Durante o decorrer da história, pessoas, organizações e mercadorias acabaram por receber o atributo de serem manifestações da Besta por possuírem um perfil apologético, não só em relação ao número referenciado, mas também por terem um perfil com índole maquiavélica, soberba e profana, segundo referências em costumes de cunho cristão. Um exemplo é dado pelos estudiosos que editaram uma versão da Bíblia chamada "Bíblia de Jerusalém" (ISBN 85-349-2000-1), que atribuem a Nero o Número da Besta a que se refere João em Apocalipse, já que em grego e em hebraico eram atribuidos valores numérico às letras segundo o lugar que elas ocupavam no alfabeto, coincidindo a quantificação do nome de Nero (César-Neron) com o número; e, juntando o fato de que os cristãos, na época em que foi escrito o Apocalipse, viriam a sofrer sangrentas perseguições por parte de Roma e do Império romano. Tal conclusão, porém, não representa o entendimento unânime entre as Igrejas Cristãs, que entendem que o conteúdo tratado por João Evangelista são de acontecimentos futuros (PROFECIAS) à época da transcrição do Apocalipse.
Segundo estudiosos, a menção bíblica faz referência a duas bestas: a Besta que sobe do mar (versículo 13:1a) e a Besta que sobe da terra (versículo 13:11a), dando êfase à duas atividades distintas de uma mesma manifestação proposital. Um monstro com várias cabeças, adornada com chifres e diademas, que se ergueria no cenário profético impactando aqueles que se deparam com tal profecia.
Como dito, há diversas interpretações para as duas bestas. Estudiosos protestantes e historicistas (que concedem ao Apocalipse um cunho histórico, ou seja, de cumprimento iniciado assim que o livro fora publicado e continuado ao longo de toda a história até a volta de Cristo) interpretam a besta do mar como a Roma Papal e a da Terra com os Estados Unidos da América. Tal interpretação baseia-se em argumentos preconceituosos, ja que não se é possível determinar se o Apostolo João estava referindo-se a tais organizações que nao existiam na época.
Outros intépretes, os futuristas, acreditam que todas as profecias tem cumprimento futuro, em um período imediatamente anterior à Segunda Vinda de Cristo à Terra.
[editar] Superstições aos números
Os números 13 e 666 retêm um significado peculiar na cultura e psicologia das sociedades ocidentais. É perceptível como muitos tentam evitar os supostos números de "azar" 13 e 666; e as fobias a esses números são chamadas de "triscaidecafobia" e "hexacosioihexecontahexafobia", respectivamente. Por exemplo, quando a gigantesca fábrica de CPU Intel introduziu o Pentium III 666 MHz em 1999, eles escolheram para o mercado o Pentium III 667 com o pretexto de que a velocidade 666,666 MHz teria mais específicamente proximidade ao inteiro 667 do que o inteiro 666 MHz. Curiosamente, também, da mesma forma a empresa desenvolvedora de softwares Corel, ao lançar o que seria a versão 13 do seu conjunto de ferramentas para editorações gráficas, os lançou batizando-os de CorelDraw Graphics Suite X3, que é a versão 13 e posterior a versão 12, caracterizando assim sua superstição ao número.