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Com a eminência de explosão de várias greves generalizadas pelo País tivemos uma rodada de conversas aqui no trabalho.

Depois dos 8 anos de destruição e sucateamento do serviço público na era FHC, o Governo Lula ressurgia como a esperança para os servidores que estavam a anos sem reajustes, sem planos de carreira ou com planos que não se adequavam ao novo momento. Desde que assumiu, o Governo Lula tratou um acordo com os servidores, especialmente os professores universitários e dos Institutos Federais, um plano de reajustes anual. Esse plano foi cumprido desde a era Lula até o ano de 2010. Todo mundo estranha o fato de não haver muitas greves nesse período: essa é a causa.

Em 2010, a coisa mudou. O Governo Dilma não cumpriu a proposta de aumento. O mesmo em 2011, 12, e lá vamos em novas greves neste ano.

Quero mostrar pra vocês como as coisas funcionam em outros lugares...
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Em 2006 a Vale anúncio a aquisição da Inco por US$ 17 bilhões, uma das mais importantes mineradores de Zinco do mundo (grande responsável pela regulação do preço do minério do Mundo) localizada no Vale em Sudbury, Canadá, com a promessa de não realizar grandes mudanças.

Após alguns meses, tudo mudou. A Vale começou a forçar alterações em contratos de trabalho, reajustes de salários (para baixo), transferencia de funcionários e demissões. A principal alteração seria no plano de aposentadoria dos funcionários e um bônus atrelado ao preço do níquel (que atingiu valores recordes em 2008). A principal resposta da Vale era manter a sustentabilidade da subsidiária após o ciclo recorde no níquel.

O sindicato de funcionários não se convenceu: insistiu em que a empresa lucrou mais de US$ 13 bilhões, US$ 4,1 bilhões só na Província de Ontário, nos dois primeiros anos após a compra das minas locais.

A greve começou em 2009.


A Saga de uma luta! 100113-SudburyValeIncoStrikeSixMonthAnniversary-19

Uma passeata reuniu mais de 4000 pessoas em Sudbury (centro-sul do Canadá). Sudbury é sede da maior unidade da Vale no país, com 4.200 funcionários, dos quais 3.000 pararam. São mais de 70% dos trabalhadores parados. 10 funcionários foram demitidos por "incentivarem a greve".

Sob o abrigo de cabanas improvisadas de madeira e lona, cercadas de lixo, cinzas e eletrodomesticos quebrados, os grevistas de Sudbury marcaram ponto todos os dias do ano de 2009, ate debaixo de neve, em piquetes nas portas da mina da Vale.

“Fizemos churrasco e contamos historias”, disse R.D., 46, mineiro ha 20 anos, na entrada do complexo de Copper Cliff. Tambem paramostodos os carros que entravam por ate 15 minutos, um direito conseguido na Justica.

“E o que podiamos fazer. Os executivos da Vale sao banqueiros gananciosos, nao se importam com as pessoas.”


Sem salario por um ano, os grevistas viviam com apenas US$ 200 por semana, fornecidos pelo USW (sindicato), enquanto aguardavam o retorno a rendimentos medios de US$ 26 por hora.

A greve, que reduziu a produção dos principais produtos (níquel e cobre) em 90% em média, deixou sua marca nos resultados da Vale. As perdas da Inco no ano, que ainda teve o efeito da crise, reduziram em quase R$ 1 bilhão o lucro global da Vale em 2009, de R$ 10,3 bilhões.

Após um ano de Greve a Vale cedeu.

A empresa fechou um acordo com os funcionários com validade de 5 anos. O novo acordo coletivo incluiu melhorias salariais e mudanças no plano de previdência complementar e no sistema de pagamentos de bônus. Pelo acerto, os empregados receberam um pagamento extra de US$ 2 mil pelo retorno ao trabalho e um bônus adicional de US$ 2 mil por produtividade, pagos de acordo com metas pré-definidas de produção, após seis meses de trabalho.

Um dos pontos considerados cruciais pela Vale foi a instituição de um plano de previdência de contribuição definida que valerá para novos funcionários. Pelo modelo antigo, o funcionário sabe quanto vai receber no final, enquanto no segundo modelo, apenas o valor da contribuição é estipulado. Além disso, ficou estabelecido um limite para a remuneração variável.

Hoje a Vale tenta mudar a imagem no Canadá, sem sucesso, depois da tentativa de garantir maiores lucros sobre o trabalhador usando a recente crise mundial como justificativa para reduzir salários, aumentar jornadas de trabalho, realizar demissões massivas e cortar benefícios e outros direitos adquiridos, o que provocou a greve.

A empresa também está sendo processada por prever destruir o lago de Sandy Pond, convertendo-o em uma bacia para 400 mil toneladas de dejetos, de acordo com denuncias de organizações locais.
Ainda no Canadá, a Vale é ré na maior ação civil pública por problemas ambientais da história do país, tendo sido condenada em 2010 ao pagamento de cerca de 36 milhoes de dólares canadenses em indenização para mais de 7.000 (sete mil) moradores de Port Colborne, Província de Ontario, onde a Vale opera uma refinaria de níquel.
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Bons exemplos de que lutar por melhorias vale a pena!

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Mas no Brasil é só oferecer um qualquer para o sindicalista que a grava magicamente acaba.... País de merda.

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isso sim é lutar pelos direitos..., a galera do canada ganhou meu respeito...

mas essa historia dos reajustes foi sinistra...., nao sabia desse "acordo" que o lula tinha feito...

acho que ele deixou a dilma sem grana e ela foi lá e cortou..., e claro, que ia dar merda... Rindo

Imperfect

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