BRASÍLIA - O Itamaraty informou que a África do Sul também suspendeu, nesta quarta-feira, as importações de carne bovina brasileira por temores relacionados à identificação do causador da doença da vaca louca em um animal que morreu no Paraná, em 2010. Em uma semana, esse foi o segundo país a impôr a restrição, apesar da corrida do governo brasileiro para acalmar os importadores. No sábado, o Japão já havia anunciado a suspensão.
Segundo o Itamaraty, que não descarta que outras economias venham a impedir a entrada de carnes produzidas no Brasil, os países estão tomando a medida por “precaução”. De acordo com o governo, houve ainda o registro de um carregamento de carne do Brasil que foi barrado no Irã, em data ainda não definida. No entanto, a medida não tem qualquer relação com a doença, mas sim com um problema específico de validade da carga, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
Procurado, o Ministério da Agricultura informou que não foi notificado oficialmente sobre a suspensão das importações de carne por parte da África do Sul. A ameaça de mais restrições justamente em um momento de atividade econômica fraca, no entanto, acendeu o alerta do governo, que iniciou uma força-tarefa para acalmar os importadores.
A estratégia é mostrar aos parceiros comerciais que a confirmação da presença do agente da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como mal da vaca louca, há dois anos foi um caso isolado e que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) manteve o status do Brasil como “país de risco insignificante” para a doença.
Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), disse que Japão e África do Sul são mercados relativamente pequenos e não têm justificativa técnica para o embargo:
— Pelas normas internacionais da OIE, nessa situação os países não podem restringir o comércio.
Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que, nos dez primeiros meses do ano, a exportação de carnes bovinas alcançou US$ 3,7 bilhões, contra US$ 3,4 bilhões no mesmo período de 2011. No caso das preparações alimentícias e conservas de bovinos, o total foi de US$ 536,5 milhões, ante US$ 507,0 milhões de janeiro na mesma comparação. Na compra, o Japão fica em 86º lugar, com importações de US$ 256,6 mil de janeiro a outubro de 2011 e zero este ano. Já a África do Sul está na 94ª posição, com US$ 35,6 mil nos dez primeiros meses de 2011 e zero este ano.
Há quase duas semanas, a Rússia suspendeu o embargo às carnes bovina, suína e de frango dos estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. A decisão só foi tomada depois de o Brasil se submeter a exigências, entre elas a de que as carnes exportadas não tenham hormônio promotor de crescimento, exigência que já é feita pelos países da União Europeia.
http://oglobo.globo.com/economia/apos-japao-africa-do-sul-suspende-importacao-de-carne-brasileira-7031888
Prevejo mais churrascos rolando!
:tudobem:
Última edição por Zeck em Qui 13 Dez 2012, 12:07, editado 2 vez(es)
Segundo o Itamaraty, que não descarta que outras economias venham a impedir a entrada de carnes produzidas no Brasil, os países estão tomando a medida por “precaução”. De acordo com o governo, houve ainda o registro de um carregamento de carne do Brasil que foi barrado no Irã, em data ainda não definida. No entanto, a medida não tem qualquer relação com a doença, mas sim com um problema específico de validade da carga, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
Procurado, o Ministério da Agricultura informou que não foi notificado oficialmente sobre a suspensão das importações de carne por parte da África do Sul. A ameaça de mais restrições justamente em um momento de atividade econômica fraca, no entanto, acendeu o alerta do governo, que iniciou uma força-tarefa para acalmar os importadores.
A estratégia é mostrar aos parceiros comerciais que a confirmação da presença do agente da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como mal da vaca louca, há dois anos foi um caso isolado e que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) manteve o status do Brasil como “país de risco insignificante” para a doença.
Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), disse que Japão e África do Sul são mercados relativamente pequenos e não têm justificativa técnica para o embargo:
— Pelas normas internacionais da OIE, nessa situação os países não podem restringir o comércio.
Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que, nos dez primeiros meses do ano, a exportação de carnes bovinas alcançou US$ 3,7 bilhões, contra US$ 3,4 bilhões no mesmo período de 2011. No caso das preparações alimentícias e conservas de bovinos, o total foi de US$ 536,5 milhões, ante US$ 507,0 milhões de janeiro na mesma comparação. Na compra, o Japão fica em 86º lugar, com importações de US$ 256,6 mil de janeiro a outubro de 2011 e zero este ano. Já a África do Sul está na 94ª posição, com US$ 35,6 mil nos dez primeiros meses de 2011 e zero este ano.
Há quase duas semanas, a Rússia suspendeu o embargo às carnes bovina, suína e de frango dos estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. A decisão só foi tomada depois de o Brasil se submeter a exigências, entre elas a de que as carnes exportadas não tenham hormônio promotor de crescimento, exigência que já é feita pelos países da União Europeia.
http://oglobo.globo.com/economia/apos-japao-africa-do-sul-suspende-importacao-de-carne-brasileira-7031888
Prevejo mais churrascos rolando!
:tudobem:
Última edição por Zeck em Qui 13 Dez 2012, 12:07, editado 2 vez(es)