Em entrevista divulgada pelo jornal grego Avgi, Sharan Burrow alertou para as condições de trabalho desumanas que enfrentam os trabalhadores imigrantes envolvidos nas obras do Copa do Mundo de 2022 no Catar, classificando o país como "esclavagista".
"Mais trabalhadores vão morrer durante a construção (dos estádios) do que atletas vão jogar naqueles gramados", afirmou a secretária-geral da Confederação Sindical Internacional (CSI).
"O Catar é um Estado esclavagista do século XXI", afirmou. Segundo Sharan Burrow, os trabalhadores enfrentam temperaturas que podem subir até aos 50 graus centígrados durante o verão.
"Correm o risco de crises cardíacas e de desidratação (...) Muitos morrem durante a noite", explicou. Segunda a a secretária-geral, foram registadas 191 vítimas mortais entre trabalhadores originários do Nepal, no ano de 2010.
"As pressões sobre o Catar vão aumentar. O Catar não pode mais comprar o respeito da comunidade internacional", concluiu a secretária-geral da CSI.
Ela também explicou que os imigrantes tem que aceitar as condições pois seus passaportes foram confiscados após a entrada no país.
"A maneira como o Catar encara a situação dos trabalhadores imigrantes é uma vergonha para o futebol", concluiu.
Fonte: http://br.esporteinterativo.yahoo.com/noticias/spt--jornal-denuncia-trabalho-escravo-em-obras-para-copa-do-mundo-do-qatar-194145782.html