Record só renova contrato de quem aceitar redução salarial
10/05/2013 - 06h40
DE SÃO PAULO
Sejam estrelas da dramaturgia ou funcionários terceirizados de seu site, uma coisa é certa: a Record só vai renovar contratos de quem aceitar uma substancial redução nos valores atuais.
Esta coluna apurou que até para Ana Paula Padrão, que deixou a emissora recentemente, a direção da Record queria renovar por um valor bem menor que o que ela recebia até então. Como ela tem duas empresas bem sucedidas, ela achou melhor picar a mula e cuidar das próprias coisas.
Foi esse também o motivo que levou à saída da atriz Bianca Rinaldi: a Record queria cortar seu salário. Ela, por outro lado, queria um aumento substancial. E tem mais...
TEMPO DE VACAS BULÍMICAS
Nos próximos meses, vários contratos de funcionários, colunistas e cargos de chefia do site "R7" também devem entrar em fase final. Muitos não serão renovados e os que porventura forem terão reduções que podem variar de 50% a 70%. Os gastos hiperbólicos da emissora no site nos últimos anos, aliás, também são responsáveis pela situação contábil atual.
LUPA CONTÁBIL
A redução de custos em toda a emissora foi sugerida pelo setor que faz auditoria permanente nas contas da Record. Mas não só isso. Bispos que "guardam a chave" do cofre da Igreja Universal, e que são os responsáveis pelos repasses para a emissora --pela compra das madrugadas da grade--, teriam se queixado de que, ano após ano, só fazem é dar mais e mais dinheiro, enquanto o espaço da igreja na programação continua o mesmo. Eles querem mais inserções religiosas e pregação também durante o dia, e não apenas nas madrugadas.
OUTRO LADO
A emissora não se manifestou a respeito.
http://f5.folha.uol.com.br/colunistas/ricardofeltrin/2013/05/1275837-record-so-renova-contrato-de-quem-aceitar-reducao-salarial.shtml
A contenção de custos da Record se estenderá para o Jornalismo e Esporte
Flávio Ricco*
Colunista do UOL
09/05/2013 - 00h06
Todo o efeito da contenção de gastos colocada em prática na Record, desde o último trimestre do ano passado, continua atingindo os mais diferentes setores, mas a teledramaturgia de maneira especial. Algo que a própria direção da casa admite pelo inchaço que ela mesma provocou.
O caso de um autor, da equipe de colaboradores de "Dona Xepa", foi de todos até agora o que mais chamou a atenção. Mesmo na ativa, envolvido numa novela que ainda vai estrear, ele foi comunicado que deveria paralisar imediatamente o seu trabalho porque estava demitido.
Agora se sabe, este não foi e não deve ficar como um caso isolado. Outros tantos, na mesma situação, com contratos prestes a terminar também serão comunicados que "a porta da rua é a serventia da casa".
O clima, nem poderia ser diferente, é o pior possível e são medidas que, além da dramaturgia, irão se estender para profissionais dos departamentos de Jornalismo e Esporte.
Teve um monte de demissão na filial do Rio de Janeiro. E vi outra notícia que ela vai passar a terceirizar programas (mas não consegui achar essa news de novo).
A situação tá difícil por lá. O dinheiro infinito, pelo jeito, não era tão infinito assim...
Última edição por Jail em Sex 10 maio 2013, 17:03, editado 2 vez(es)