No alto da sua decrepitude, o senador José Sarney resolveu publicar, na edição de hoje do jornal O Estado do Maranhão (de sua propriedade), um artigo criticando os buracos de São Luís. Sem mais espaço para propagar suas sandices na Folha de São Paulo, Sarney teve que se adequar ao mesmo nível editorial baixo, rasteiro e torpe do jornal do qual é proprietário.
Num tom vil, peculiar a alguém que não pode mais disfarçar o ódio e o rancor enraizados no coração, José Sarney resolveu deixou de lado a imagem de literato, bom moço, escritor – de linhas mal traçadas – para falar de buracos. “(…) Os nossos buracos são tantos e, pior, não vi ninguém tapando buracos. Por que não se faz uma guerra para melhorar nossas ruas?”, diz ele em seu surrado escrito.
Neto do senador José Sarney, Adriano Sarney publicou recentemente foto onde aparece atolado na buraqueira da estrada que liga Amarante a Sítio Novo, de responsabilidade do governo da tia.
Imagem: blog Marrapá
Dado o elevado grau de demência, o político em fim de carreira (desesperado com a iminente ruína da oligarquia que comanda há quase cinco séculos), só hoje percebeu que há buracos em São Luís. Bingo! Coisa de gênio.
A descoberta repentina, deduz-se, deve ser por que o meio de transporte que mais utiliza seja jatinhos e helicópteros alugados pelo governo da filha. Como as aeronaves estavam ocupadas levando membros para curti o feriado na Ilha de Curupu, Sarney teve que recorrer a um táxi para se deslocar do aeroporto até o Palácio dos Leões.
Bom, sendo justos, não deixa de ter razão o Sarney. Os buracos realmente existem.
É uma ‘praga’ que atormenta não apenas os motoristas de São Luís. Tira o sono de muitos prefeitos maranhenses. Bastou iniciar o período chuvoso para que a malha viária vire uma tábua de pirulito. Pinheiro, por exemplo, terra natal do senador José Sarney e dirigida por um aliado seu, o que não falta é buracos. Tem para todos os tipos e gostos, assim como em outros municípios maranhenses grandes como Bacabal, Caxias, Presidente Dutra, Chapadinha etc… Nas estradas maranhenses também não faltam.
Como imagina-se que o ex-presidente do Senado faz muito tempo que não vai a Pinheiro, não deve ter conhecimento das crateras que tomam conta da princesa da baixada. E tampouco do estado precário de algumas MAs.
Acabar com buracos é uma tarefa simples, diante de outros desafios maiores, como saúde e educação. Porém tapá-los ou eliminá-los com novo pavimento requer investimento, tempo e eficiência. No caso de São Luís, o ex-prefeito João Castelo iniciou um processo de recuperação asfáltica ano passado e agora o prefeito Edivaldo luta incansavelmente com sua equipe nesse mesmo sentido. São mais de dez equipes de tapa-buracos diariamente na capital.
No segundo semestre está previsto o início de uma grande operação de recapeamento asfáltico da cidade. Por outro lado, a Caema, subordinada ao governo da filha, Roseana Sarney, continua sem fazer sua parte. São bueiros sem tampas e esgoto vazando a céu aberto em toda São Luís. Com certeza, Sarney deve ter caído em uma dezena de buracos desses nas suas andanças pela ilha.
Mas já que o assunto é buraco, o senador José Sarney deveria ter falado também que seu grupo político colocou o Maranhão num grande e profundo buraco. São quase 50 anos de uma oligarquia sarneysista que, do alto de sua incompetência e descaso, levou o estado aos últimos patamares. Infelizmente, continuamos liderando os piores índices socioeconômicos. Esse, sem dúvida, é o pior buraco de todos, muito mais complexo de superar do que colocar asfalto em uma cratera de avenida ou rua, que não leva menos de 15 minutos.
O Maranhão hoje é uma terra arrasada, um cenário de pós-guerra.
Para não ter que enfrentar os buracos das estradas maranhenses, a governadora Roseana Sarney recorre aos helicópteros alugados a custo de ouro por seu governo
Vejamos só: quantos buracos não foram necessários para enterrar maranhenses vítimas da pobreza e da miséria que morreram – e ainda continuam morrendo – no estado dirigido pelos Sarneys devido termos proporcionalmente a maior concentração de pessoas em condições extremas de pobreza? Centenas de milhares! Da população de 6,5 milhões de habitantes, 1,7 milhão está abaixo da linha de miséria (ganham até R$ 70 por mês). Temos, atrelado a isso, o menor índice de desenvolvimento social, de acordo com o Indicador Social de Desenvolvimento dos Municípios.
Ah, quantos buracos ainda não foram necessários para enterrar crianças sem atendimento médico, já que a taxa de mortalidade infantil (número de crianças mortas no primeiro ano de vida, em mil nascidas vivas) ainda é bastante alta, sobretudo nos pequenos interiores e povoados. Além do mais, quantos buracos não foram preenchidos com jovens, adultos, idosos, cidadãos que morreram por falta de assistência médica, uma vez que somos o último colocado na distribuição de médicos, com 0,68 médicos para cada mil habitantes, ficando abaixo da média nacional que é de 1,95 médicos para cada mil habitantes.
Os buracos hoje já são insuficientes.
Isso Sarney certamente não sabe contabilizar. Para ele pouco importa, o fundamental é a perpetuidade no poder e locupletar-se de suas benesses.
Em São Luís, capital do Estado, quase já não há buracos disponíveis nos cemitérios em função do tanto de pessoas assassinadas diariamente. São corpos cravado de balas pela manhã, tarde e noite. Nunca vivemos em momento de insegurança tão grande no ‘melhor governo’ da vida de Roseana Sarney.
Buracos de sobra também para pais de família que se suicidaram-se ou perderam a vida arriscando-se em outros estados, haja vista que o estado é detentor de um dos piores índices de emprego e desemprego segundo o Caged. Em 2012 o Maranhão apresentou o menor índice de criação de empregos. Nos quatro primeiros meses de 2013, o Maranhão registrou um saldo negativo de 3.648 empregos. No mês de abril, os desligamentos somaram -736 (-0,16%). A torcida, nesse sentido, é para que a família Sarney fique desempregada em 2015.
Não há buraco maior o que a oligarquia já provocou nas finanças no Estado. Um rombo infinito que aumentou com empréstimos contraídos por Roseana ao longo dos seus mandatos que os maranhenses terão que pagar, um montante de quase R$ 5 bilhões de endividamento. Buraco por buraco, se há quem entende profundamente de buraco são os coveiros dos cemitérios do MA e a famigerada e moribunda oligarquia Sarney.
FONTE: fonte - http://blog.jornalpequeno.com.br/johncutrim/2013/06/02/o-profundo-buraco-que-a-oligarquia-sarney-transformou-o-maranhao-muitos-maranhenses-estao-enterrados-nele/
Última edição por Grau Hut em Sáb 08 Jun 2013, 12:44, editado 1 vez(es)
Num tom vil, peculiar a alguém que não pode mais disfarçar o ódio e o rancor enraizados no coração, José Sarney resolveu deixou de lado a imagem de literato, bom moço, escritor – de linhas mal traçadas – para falar de buracos. “(…) Os nossos buracos são tantos e, pior, não vi ninguém tapando buracos. Por que não se faz uma guerra para melhorar nossas ruas?”, diz ele em seu surrado escrito.
Neto do senador José Sarney, Adriano Sarney publicou recentemente foto onde aparece atolado na buraqueira da estrada que liga Amarante a Sítio Novo, de responsabilidade do governo da tia.
Imagem: blog Marrapá
Dado o elevado grau de demência, o político em fim de carreira (desesperado com a iminente ruína da oligarquia que comanda há quase cinco séculos), só hoje percebeu que há buracos em São Luís. Bingo! Coisa de gênio.
A descoberta repentina, deduz-se, deve ser por que o meio de transporte que mais utiliza seja jatinhos e helicópteros alugados pelo governo da filha. Como as aeronaves estavam ocupadas levando membros para curti o feriado na Ilha de Curupu, Sarney teve que recorrer a um táxi para se deslocar do aeroporto até o Palácio dos Leões.
Bom, sendo justos, não deixa de ter razão o Sarney. Os buracos realmente existem.
É uma ‘praga’ que atormenta não apenas os motoristas de São Luís. Tira o sono de muitos prefeitos maranhenses. Bastou iniciar o período chuvoso para que a malha viária vire uma tábua de pirulito. Pinheiro, por exemplo, terra natal do senador José Sarney e dirigida por um aliado seu, o que não falta é buracos. Tem para todos os tipos e gostos, assim como em outros municípios maranhenses grandes como Bacabal, Caxias, Presidente Dutra, Chapadinha etc… Nas estradas maranhenses também não faltam.
Como imagina-se que o ex-presidente do Senado faz muito tempo que não vai a Pinheiro, não deve ter conhecimento das crateras que tomam conta da princesa da baixada. E tampouco do estado precário de algumas MAs.
Acabar com buracos é uma tarefa simples, diante de outros desafios maiores, como saúde e educação. Porém tapá-los ou eliminá-los com novo pavimento requer investimento, tempo e eficiência. No caso de São Luís, o ex-prefeito João Castelo iniciou um processo de recuperação asfáltica ano passado e agora o prefeito Edivaldo luta incansavelmente com sua equipe nesse mesmo sentido. São mais de dez equipes de tapa-buracos diariamente na capital.
No segundo semestre está previsto o início de uma grande operação de recapeamento asfáltico da cidade. Por outro lado, a Caema, subordinada ao governo da filha, Roseana Sarney, continua sem fazer sua parte. São bueiros sem tampas e esgoto vazando a céu aberto em toda São Luís. Com certeza, Sarney deve ter caído em uma dezena de buracos desses nas suas andanças pela ilha.
Mas já que o assunto é buraco, o senador José Sarney deveria ter falado também que seu grupo político colocou o Maranhão num grande e profundo buraco. São quase 50 anos de uma oligarquia sarneysista que, do alto de sua incompetência e descaso, levou o estado aos últimos patamares. Infelizmente, continuamos liderando os piores índices socioeconômicos. Esse, sem dúvida, é o pior buraco de todos, muito mais complexo de superar do que colocar asfalto em uma cratera de avenida ou rua, que não leva menos de 15 minutos.
O Maranhão hoje é uma terra arrasada, um cenário de pós-guerra.
Para não ter que enfrentar os buracos das estradas maranhenses, a governadora Roseana Sarney recorre aos helicópteros alugados a custo de ouro por seu governo
Vejamos só: quantos buracos não foram necessários para enterrar maranhenses vítimas da pobreza e da miséria que morreram – e ainda continuam morrendo – no estado dirigido pelos Sarneys devido termos proporcionalmente a maior concentração de pessoas em condições extremas de pobreza? Centenas de milhares! Da população de 6,5 milhões de habitantes, 1,7 milhão está abaixo da linha de miséria (ganham até R$ 70 por mês). Temos, atrelado a isso, o menor índice de desenvolvimento social, de acordo com o Indicador Social de Desenvolvimento dos Municípios.
Ah, quantos buracos ainda não foram necessários para enterrar crianças sem atendimento médico, já que a taxa de mortalidade infantil (número de crianças mortas no primeiro ano de vida, em mil nascidas vivas) ainda é bastante alta, sobretudo nos pequenos interiores e povoados. Além do mais, quantos buracos não foram preenchidos com jovens, adultos, idosos, cidadãos que morreram por falta de assistência médica, uma vez que somos o último colocado na distribuição de médicos, com 0,68 médicos para cada mil habitantes, ficando abaixo da média nacional que é de 1,95 médicos para cada mil habitantes.
Os buracos hoje já são insuficientes.
Isso Sarney certamente não sabe contabilizar. Para ele pouco importa, o fundamental é a perpetuidade no poder e locupletar-se de suas benesses.
Em São Luís, capital do Estado, quase já não há buracos disponíveis nos cemitérios em função do tanto de pessoas assassinadas diariamente. São corpos cravado de balas pela manhã, tarde e noite. Nunca vivemos em momento de insegurança tão grande no ‘melhor governo’ da vida de Roseana Sarney.
Buracos de sobra também para pais de família que se suicidaram-se ou perderam a vida arriscando-se em outros estados, haja vista que o estado é detentor de um dos piores índices de emprego e desemprego segundo o Caged. Em 2012 o Maranhão apresentou o menor índice de criação de empregos. Nos quatro primeiros meses de 2013, o Maranhão registrou um saldo negativo de 3.648 empregos. No mês de abril, os desligamentos somaram -736 (-0,16%). A torcida, nesse sentido, é para que a família Sarney fique desempregada em 2015.
Não há buraco maior o que a oligarquia já provocou nas finanças no Estado. Um rombo infinito que aumentou com empréstimos contraídos por Roseana ao longo dos seus mandatos que os maranhenses terão que pagar, um montante de quase R$ 5 bilhões de endividamento. Buraco por buraco, se há quem entende profundamente de buraco são os coveiros dos cemitérios do MA e a famigerada e moribunda oligarquia Sarney.
FONTE: fonte - http://blog.jornalpequeno.com.br/johncutrim/2013/06/02/o-profundo-buraco-que-a-oligarquia-sarney-transformou-o-maranhao-muitos-maranhenses-estao-enterrados-nele/
Última edição por Grau Hut em Sáb 08 Jun 2013, 12:44, editado 1 vez(es)