Polêmica na internet traz à tona má qualidade de suplementos proteicos e levanta debate sobre seu uso indiscriminado por atletas amadores
Populares principalmente nas academias de ginástica, os suplementos à base de proteína viraram alvo de uma polêmica que tem provocado calorosos debates na internet. Dono da empresa “Atacado do Suplemento”, de Londrina (PR), Félix Bonfim virou hit depois que decidiu pagar um laboratório particular, o MKassab, de São Paulo, para avaliar a qualidade de produtos brasileiros. O material está no Youtube e na sua fanpage no Facebook, que superou 20 mil seguidores. Até agora, há 28 laudos prontos, dos quais 15 resultados (53%) estão fora dos parâmetros. A medida não é novidade no meio, foi feita também por usuários fora do Brasil e já até virou livro. Além da intensa discussão sobre a composição das fórmulas, especialistas alertam para seu uso indiscriminado.
(...CORTEI BABOSEIRAS.... :tudobem: )
Patrocinador de atletas, ex-atleta e vendedor de suplementos, Félix teve a ideia ao notar que a conta não fechava: um quilo da matéria-prima é vendida por cerca de R$ 25, e havia empresas vendendo o produto final próximo deste valor. Ele pediu então a avaliação da quantidade de proteína e carboidrato.
- Eu queria ver se no lugar de proteína estavam preenchendo o produto com carboidrato - afirma Bonfim. - Um atleta consome uma quantidade de nutrientes minuciosamente balanceados. Isto prejudica a performance dele.
No resultado, 15 laudos tinham divergências na descrição de carboidratos e proteínas. A maior distorção foi do produto Whey X Treme, da empresa X Pharma Suplemento, que embora tenha informado 1,7g de carboidrato e 24g de proteína no rótulo, pelo laudo tinha 22,95g (1.250% a mais) e 3,37g (95% a menos), respectivamente. A empresa foi contatada pelo número disponível na internet (0800 773 2762) e pelo e-mail (sac@xpharmasuplementos.com.br), mas não deu resposta.
Apenas três tinham as mesmas quantidades das declaradas no rótulo e no produto: as empresas Growth Supplements, Pro Corps e Supley Laboratório. Outras onze tinham quantidades normais de proteína, mas carboidrato acima dos 20%, entre elas, a Midway, que explicou em nota: “Quando nos laudos se aponta um teor de carboidratos acima do declarado na rotulagem, temos que dizer que o objetivo dos produtos é fornecer proteínas” e acrescenta que “em métodos de análises podem haver variações razoáveis”.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/musculos-de-farinha-9596168#ixzz2hFmoaWxa
1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Populares principalmente nas academias de ginástica, os suplementos à base de proteína viraram alvo de uma polêmica que tem provocado calorosos debates na internet. Dono da empresa “Atacado do Suplemento”, de Londrina (PR), Félix Bonfim virou hit depois que decidiu pagar um laboratório particular, o MKassab, de São Paulo, para avaliar a qualidade de produtos brasileiros. O material está no Youtube e na sua fanpage no Facebook, que superou 20 mil seguidores. Até agora, há 28 laudos prontos, dos quais 15 resultados (53%) estão fora dos parâmetros. A medida não é novidade no meio, foi feita também por usuários fora do Brasil e já até virou livro. Além da intensa discussão sobre a composição das fórmulas, especialistas alertam para seu uso indiscriminado.
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Patrocinador de atletas, ex-atleta e vendedor de suplementos, Félix teve a ideia ao notar que a conta não fechava: um quilo da matéria-prima é vendida por cerca de R$ 25, e havia empresas vendendo o produto final próximo deste valor. Ele pediu então a avaliação da quantidade de proteína e carboidrato.
- Eu queria ver se no lugar de proteína estavam preenchendo o produto com carboidrato - afirma Bonfim. - Um atleta consome uma quantidade de nutrientes minuciosamente balanceados. Isto prejudica a performance dele.
No resultado, 15 laudos tinham divergências na descrição de carboidratos e proteínas. A maior distorção foi do produto Whey X Treme, da empresa X Pharma Suplemento, que embora tenha informado 1,7g de carboidrato e 24g de proteína no rótulo, pelo laudo tinha 22,95g (1.250% a mais) e 3,37g (95% a menos), respectivamente. A empresa foi contatada pelo número disponível na internet (0800 773 2762) e pelo e-mail (sac@xpharmasuplementos.com.br), mas não deu resposta.
Apenas três tinham as mesmas quantidades das declaradas no rótulo e no produto: as empresas Growth Supplements, Pro Corps e Supley Laboratório. Outras onze tinham quantidades normais de proteína, mas carboidrato acima dos 20%, entre elas, a Midway, que explicou em nota: “Quando nos laudos se aponta um teor de carboidratos acima do declarado na rotulagem, temos que dizer que o objetivo dos produtos é fornecer proteínas” e acrescenta que “em métodos de análises podem haver variações razoáveis”.
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