"O mercado brasileiro é mais difícil que vencer as fases do navio-pirata em Super Mario Bros 3". Reggie Fils-Aime.
Com estas poucas palavras, venho mostrar para todos vocês do Fórum Retrogames Brasil a visão que a Nintendo tem do mercado brasileiro, e por quê não, do Brasil. Esta notícia apareceu hoje, no site Bloomberg.com.
Mas antes de atacar o Presidente da Nintendo of America, o lance é que ele foca a dificuldade de trazer o Wii U e demais produtos da Nintendo para o Brasil no quesito, "altas taxas que são cobradas pelos produtos". Chega em um momento que ele cita a difícil condição de um brasileiro desembolsar R$2.299,00 para comprar um mísero IPhone 5. E ainda que mesmo o México atualmente ser o pólo de maior venda dos produtos da Big N na América Latina, o Brasil tem forte potencial capaz de ultrapassar esse pólo. Mas o tapa na cara foi quando Reggie diz ser um absurdo vender um console da Nintendo por R$1000,00 sendo até três vezes mais caro que nos Estados Unidos.
Até aí, nota-se que Reggie está sabendo como é a realidade brasileira de um gamer. Paga-se caro para a diversão. E termina com a velha histórinha da pirataria, e que o país não possui a técnologia apropriada para a produção da linha atual da Nintendo.
Bom, até aí foi interessante entender melhor o que diz o texto, mas demonstra um certo despreparo ou desinteresse no qual acredito ser meio desnecessário.
Playtronic e Gradiente, Na Cápsula do TempoAté aí, nota-se que Reggie está sabendo como é a realidade brasileira de um gamer. Paga-se caro para a diversão. E termina com a velha histórinha da pirataria, e que o país não possui a técnologia apropriada para a produção da linha atual da Nintendo.
Bom, até aí foi interessante entender melhor o que diz o texto, mas demonstra um certo despreparo ou desinteresse no qual acredito ser meio desnecessário.
Um texto de 2007 encontrado no Fórum OuterSpace conta a história sobre como foi trazer a Nintendo para o Brasil. E a melhor parte do texto é esta:
"[...]o mercado de games no Brasil agitou R$200 milhões com a Nintendo."
Texto extraído do Fórum OuterSpace. Créditos: Rodrigo dsf
"A idéia de inserir oficialmente a Nintendo no Brasil partiu tanto da Gradiente/Estrela quanto da Nintendo. Por um lado, a Gradiente/Estrela poderia expandir seus negócios com a Playtronic. Pelo outro lado, a Nintendo estaria oficialmente representada no Brasil e poderia executar seus planos também no país do Carnaval.
Num país como este, as vendas de consoles/cartuchos de video-game eram consideradas bem altas. No ano de 1991, o Brasil chegou a movimentar cerca de 100 milhões de dólares com a indústria do video-game. Visto que o mercado só tendia a crescer, a oficialização da Nintendo no Brasil não era, de forma alguma, uma má idéia.
De 1993 a 1996, a Playtronic colocou no mercado o NES, o portátil Game Boy, o SNES e o Virtual Boy. Em 1996, por algum motivo, a Estrela abandou a empresa, que passou a se chamar então Gradiente Entertainment Ltda. Até dezembro de 2000 as vendas combinadas totalizaram 2 milhões de hardwares e 2,5 milhões de softwares. Isto significa que o mercado de games no Brasil agitou R$200 milhões com a Nintendo.
Contudo, no início de 2003, a Gradiente deixou de fabricar e comercializar, por sua própria opção, a linha de video-games no país, encerrando a parceria com a Nintendo no Brasil. Segundo a Gradiente, a decisão decorreu, entre outros fatores, da expressiva alta da taxa de câmbio do dólar desde 1998, da redução da renda média da população e do alto índice de pirataria dos produtos desta linha, os quais contribuíram para limitar o potencial de crescimento desta categoria e reduzir significativamente a rentabilidade deste negócio para a Gradiente nos últimos anos."
Num país como este, as vendas de consoles/cartuchos de video-game eram consideradas bem altas. No ano de 1991, o Brasil chegou a movimentar cerca de 100 milhões de dólares com a indústria do video-game. Visto que o mercado só tendia a crescer, a oficialização da Nintendo no Brasil não era, de forma alguma, uma má idéia.
De 1993 a 1996, a Playtronic colocou no mercado o NES, o portátil Game Boy, o SNES e o Virtual Boy. Em 1996, por algum motivo, a Estrela abandou a empresa, que passou a se chamar então Gradiente Entertainment Ltda. Até dezembro de 2000 as vendas combinadas totalizaram 2 milhões de hardwares e 2,5 milhões de softwares. Isto significa que o mercado de games no Brasil agitou R$200 milhões com a Nintendo.
Contudo, no início de 2003, a Gradiente deixou de fabricar e comercializar, por sua própria opção, a linha de video-games no país, encerrando a parceria com a Nintendo no Brasil. Segundo a Gradiente, a decisão decorreu, entre outros fatores, da expressiva alta da taxa de câmbio do dólar desde 1998, da redução da renda média da população e do alto índice de pirataria dos produtos desta linha, os quais contribuíram para limitar o potencial de crescimento desta categoria e reduzir significativamente a rentabilidade deste negócio para a Gradiente nos últimos anos."
E agora, vamos curtir alguns comerciais de TV, vale a pena relembrar:
Goldeneye 007 para N64
Por Dentro da Nintendo, no Brasil
Comercial GameBoy, com o cara do X-Tudo da TV Cultura
Comercial Game Boy no Avião
Donkey Kong Country 3 - Super Nintendo. Comercial? Sim!
Comercial Nintendo 1990
Comercial Mario Kart 64 (Não lembro o nome da menina, mas é ou foi atriz da Globo)
E agora Nintendo, qual a desculpa?
Texto de 2007 - Fórum OuterSpace (Clique Aqui)
Texto do Reggie Fils-Aime no Bloomberg (Clique Aqui)