Além de ter criado uma tonelada de superheróis, a DC Comics também se notabilizou por comprar personagens de editoras menores que foram a falência ou passavam por problemas financeiros. O Capitão Marvel (popularmente chamado de Shazam) era originalmente da Fawcett Comics. O Besouro Azul, o Questão e o Capitão Átomo eram da Charlton Comics. O Homem Borracha era da Quality Comics, uma edutora que fechou em 1956 e vendeu todo seu elenco para a DC.
Algo interessante é que alguns, na verdade a maioria, dos personagens mais famosos e/ou tradicionais da Quality Comics foram praticamente deixados de lado pela DC Comics. Foi o caso do The Clock.
The Clock era um combatente do crime ao estilo do "The Spirit" do Will Eisner. Sem poderes, investigador competente e bom de briga. Segundo alguns especialistas The Clock foi o primeiro herói mascarado dos quadrinhos norte- americanos, sendo talvez o "elo perdido" entre os heróis "estilo pulp/ mistery men" e os super-heróis de quadrinhos do estilo de hoje.
Originalmente um advogado bem de vida e profissionalmente bem sucedido,Brian O´Brien, combatia o crime no final dos anos 30 e durante os anos 40 sob a máscara do The Clock. o personagem amargou um longo exílio no limbo quando foi comprado pela DC Comics, nunca aparecendo em ação no universo DC. Sua existência no universo DC só foi confirmada por um par de referências feitas sobre The Clock/ Brian O'Brien na excelente série dos anos 90 "Starman", protagonizada por Jack Knight, filho do Starman original (aquele do bastão cósmico, não do outro Starman, o alienígena azul que parece saído de um filme dos anos 80). A referência mais clara ao The Clock são algumas linhas no diário do vilão Penumbra (The Shade) onde lê-se que "Brian O'Brien comentou comigo que as notícias sobre sua morte foram bastante exageradas".
Desde então The Clock mergulhou de novo no limbo, inclusive caindo em domínio público pois a DC Comics não se deu sequer ao trabalho de renovar os direitos sobre o personagem. Ainda é parte do universo de heróis da DC, mas indubitavelmente um de seus mais obscuros membros, no mesmo patamar de outros personagens da Quality, como Madame Fatal e Abelha Vermelha.
P.S: Comprar uma penca de personagens de uma editora falida e não usar quase nenhum nas suas próprias histórias... ótimo negócio, DC Comics... jogou dinheiro fora de forma magistral. Parabéns.
Última edição por Grau Hut em Ter 02 Dez 2014, 13:11, editado 1 vez(es)
Algo interessante é que alguns, na verdade a maioria, dos personagens mais famosos e/ou tradicionais da Quality Comics foram praticamente deixados de lado pela DC Comics. Foi o caso do The Clock.
The Clock era um combatente do crime ao estilo do "The Spirit" do Will Eisner. Sem poderes, investigador competente e bom de briga. Segundo alguns especialistas The Clock foi o primeiro herói mascarado dos quadrinhos norte- americanos, sendo talvez o "elo perdido" entre os heróis "estilo pulp/ mistery men" e os super-heróis de quadrinhos do estilo de hoje.
Originalmente um advogado bem de vida e profissionalmente bem sucedido,Brian O´Brien, combatia o crime no final dos anos 30 e durante os anos 40 sob a máscara do The Clock. o personagem amargou um longo exílio no limbo quando foi comprado pela DC Comics, nunca aparecendo em ação no universo DC. Sua existência no universo DC só foi confirmada por um par de referências feitas sobre The Clock/ Brian O'Brien na excelente série dos anos 90 "Starman", protagonizada por Jack Knight, filho do Starman original (aquele do bastão cósmico, não do outro Starman, o alienígena azul que parece saído de um filme dos anos 80). A referência mais clara ao The Clock são algumas linhas no diário do vilão Penumbra (The Shade) onde lê-se que "Brian O'Brien comentou comigo que as notícias sobre sua morte foram bastante exageradas".
Desde então The Clock mergulhou de novo no limbo, inclusive caindo em domínio público pois a DC Comics não se deu sequer ao trabalho de renovar os direitos sobre o personagem. Ainda é parte do universo de heróis da DC, mas indubitavelmente um de seus mais obscuros membros, no mesmo patamar de outros personagens da Quality, como Madame Fatal e Abelha Vermelha.
P.S: Comprar uma penca de personagens de uma editora falida e não usar quase nenhum nas suas próprias histórias... ótimo negócio, DC Comics... jogou dinheiro fora de forma magistral. Parabéns.
Última edição por Grau Hut em Ter 02 Dez 2014, 13:11, editado 1 vez(es)