Novo game continuará a explorar a evolução de Lara Croft em aventureira
O mundo de Lara Croft precisava mudar. Após mais de uma década como uma das figuras mais icônicas do mundo dos games, os jogos da heroína pareciam cada vez mais estagnados em relação a sua competição - em especial títulos com temática similar, como “Uncharted”.
Com isso em mente a produtora Crystal Dynamics lançou, em 2013, uma nova versão de “Tomb Raider”, desta vez mostrando uma Lara mais jovem e inexperiente, forçada a defender seus amigos de um estranho culto após naufragar na misteriosa ilha de Yamatai.
Agora, após conquistar o público e crítica, a nova Lara Croft retorna em “Rise of the Tomb Raider”, mais madura e experiente, mas ainda traumatizada pelos eventos do jogo anterior. Em busca de respostas para mistérios sobre a imortalidade, a jovem parte em uma aventura para uma região inóspita da Rússia, onde terá de enfrentar os perigos da vida selvagem e uma poderosa organização.
Confira mais sobre a mais nova jornada de Lara Croft, exclusiva para os consoles Xbox (pelo menos por enquanto), abaixo.
"Rise of the Tomb Raider" levará Lara até uma remota região da Rússia
Cicatrizes profundas
Ao ser revelado durante a E3 2014, “Rise of the Tomb Raider” já indicou o estado mental de Lara Croft: Após lutar contra dezenas de membros do violento culto da rainha Himiko, a jovem arqueóloga se vê em um ponto estranho e inesperado de sua vida, tentando lidar com o que foi obrigada a fazer para salvar sua vida e de seus amigos.
Para piorar, durante este episódio traumático, Lara presenciou um poder desconhecido, que permitia a Himiko possuir outros corpos por meio de um ritual mágico. Desacreditada pelo mundo, ela começa a procurar formas de provar que o viu é verdade.
“As pessoas acham que ela é mais louca do que realmente é”, descreveu o diretor criativo Noah Hughes à revista Game Informer. “Se você tivesse voltado e começasse a falar de um ser imortal e um culto secreto que venera o Sol, é meio difíci de acreditar. Sua próxima expedição é uma forma de lidar com o trauma que ela passou, mas também é um jeito de encontrar paz ao procurar qualquer evidência de que o que viu é real”.
Pesquisando mitos de imortalidade, Lara descobre seu próximo destino: Kitezh, uma cidade russa que, segundo lendas, afundou no século XIII para proteger seu povo e tesouros de invasores da famosa Horda de Ouro, da Mongólia.
Porém, ela não é a única pessoa em busca dos mistérios envolvendo Kitezh, e será forçada a combater um exército de mercenários sob o comando de um organização conhecida apenas como Trinity. Mencionada algumas vezes no jogo anterior, esta facção procura pelas mesmas respostas que Lara, mas seus objetivos parecem ser bem mais sinistros.
Para sobreviver a esta nova aventura, Lara terá de contar com as habilidades que adquiriu em Yamatai, assim como novos truques em sua manga.
Se achava que lobos eram ruins, Lara agora terá de enfrentar ursos selvagens
Inferno gelado
Em “Rise of the Tomb Raider”, a Crystal Dynamics pretende criar um ambiente ainda mais inóspito e traiçoeiro do que explorados na ilha do jogo anterior. Enquanto a produtora criou vários “setpieces” envolvendo avalanches e quedas na neve, o jogador terá de lidar com um clima mais dinâmico, em que tempestades e nevascas podem ocorrer naturalmente.
A vida selvagem continuará a trazer dores de cabeça à aventureira, que se já não tinha a melhor sorte com lobos terá de enfrentar também ursos gigantes e nem um pouco amigáveis.
Para enfrentar estes diferentes perigos, Lara agora é capaz de criar novos tipos de munição e armas com componentes encontrados no ambiente ou em inimigos derrotados. Com eles, é possível criar flechas venenosas, bombas de gás ou granadas.
Pegando alguns elementos emprestados de “Far Cry”, também será necessário caçar animais específicos para fazer upgrades no equipamento de Lara, sendo que alguns deles só podem ser encontrados em determinadas áreas e em horas do dia.
Estas habilidades e upgrades serão vitais em combates contra os mercenários da Trinity, tendo de se virar do melhor jeito possível para atacar um grupo mais bem armado e numeroso do que ela.
“Nosso objetivo para combate é dar ao jogador o máximo de oportunidade que tiverem para iniciar a ação em seus próprios termos”, esclareceu Hughes. “Queríamos expandir na fase pré-combate, antes de Lara ser vista. O objetivo raramente será fazer Lara passar por todo mundo escondida, mas haverá oportunidades para ela se esgueirar por um acampamento e conhecer melhor o ambiente antes de partir para cima do inimigo”.
“Você pode fugir se inimigos descobrirem sua localização, mas é em geral melhor enfrentar barulho com barulho”, continuou. “Tentamos manter a pressão. Não queremos que os jogadores se sintam tão dominantes que sempre poderão resetar os guardas para um estado de ignorância. Ser visto traz repercussões, e é difícil fugir quando a luta pegar fogo”.
“Mas é aí que o caos se torna útil. Talvez seja possível distrair os guardas com uma explosão ou uma bomba de gás e escapar por um momento para se curar antes de voltar à ação. A tendência é de jogarmos você em uma panela de pressão assim que o ritmo mudar”.
Durante o jogo, será possível explorar outra região do mundo, conhecida como "Oasis"
Saqueando (mais) tumbas
Uma das maiores críticas feitas ao jogo original era que, para um jogo chamado “Tomb Raider”, o ato de explorar e descobrir segredos em tumbas e locais históricos era relativamente pequena.
Ouvindo estas reclamações, a Crystal Dynamics promete que haverá mais locais a serem descobertos por Lara, com quebra-cabeças novos e desafiadores.
“Teremos mais tumbas no game com um espectro completo de dificuldade nos quebra-cabeças”, disse Hughes. “Algumas delas são muito maiores do que as do jogo anterior. Nós celebramos o design de quebra-cabeças como uma faceta única de nossa jogabilidade. Queremos recompensar a inteligência das pessoas e encorajá-las a descobrir como destravar cada segredo das tumbas ao usar sistemas de mundo real como a física”.
A ideia da desenvolvedora é trazer alguns dos conceitos encontrados em antigos jogos da série, sendo necessário resolver diferentes elementos em pontos separados do mapa para conseguir vencer o quebra-cabeça.
“Isso permite com que você trabalhe com estes elementos diferentes”, explicou o diretor. “Então ao invés de ficar cara a cara, coçando a cabeça, pensando no que fazer, você pode explorar este ambiente, encontrando pontos que podem ser ativados”
Para dar mais vida a estes locais, a produtora também quer criar a sensação de que Lara não é a única a ter interesse pelos mistérios de Kitzeh, e inclui diferentes relíquias e restos de diferentes exploradores que exploraram esta região nos últimos séculos.
Questão de exclusividade
A Crystal Dynamics chocou muita gente ao declarar que, ao menos inicialmente, “Rise of the Tomb Raider” seria lançado apenas para o Xbox 360 e Xbox One.
A situação se tornou ainda mais complicada ao ser revelado que a Microsoft seria a publisher do título - pelo menos em um acordo temporário.
“Eles estão dentro do prédio, trazendo talento que não temos dentro do estúdio, que tem conhecimento específico de hardware, e eles estão aqui para ajudar”, declarou Darrell Gallagher, chefe dos estúdios ocidentais da Square Enix, à Game Informer. “Tem sido uma grande parceria até agora”.
Gallagher não entrou em maiores detalhes envolvendo o acordo entre a Square Enix e a Microsoft, mas representantes da empresa japonesa e da Crystal Dynamics já indicaram que há uma data de validade para esta transação.
Até lá, porém, não há planos oficiais de levar a nova aventura de Lara Croft para outras plataformas.
“Rise of the Tomb Raider” será lançado no fim de 2015 para Xbox 360 e Xbox One.
Algumas imagens:
Fonte: http://jogos.uol.com.br/xboxone/previas/rise-of-the-tomb-raider.htm