“A decisão do STF é motivo para o povo brasileiro comemorar. O povo não aguenta mais essa agonia”, celebrou o então presidente do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
O comentário foi feito após o STF rejeitar, em 23 de setembro de 1992, mandado de segurança do governo Fernando Collor contra as regras do processo de impeachment.
Lula e outros oposicionistas, como José Dirceu, Fernando Henrique Cardoso e Ulysses Guimarães, acompanharam do plenário do Supremo a derrota do presidente.
Um dia após entregar sua defesa na Câmara, campo onde a vitória parecia improvável, Collor apostava suas fichas na batalha jurídica. Por 8 a 1, o STF rejeitou pedido para que o voto do afastamento de Collor fosse secreto.
Por 6 a 3, decidiu não autorizar rito mais demorado de tramitação do processo na Câmara. O governo sonhava em deixar a votação para depois das eleições municipais, em 3 de outubro, quando deputados poderiam ser menos sensíveis à pressão das ruas.
Com a disputa agora restrita à Câmara, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), aliado de Collor, definia a estratégia: “Obstruir. Mandar nossa tropa para casa e só voltar dia 4 de outubro”.
Amigo do presidente, Paulo Octavio (PRN-DF) parecia otimista. “Vamos pôr 200 votos colloridos no plenário”, disse o deputado, que 18 anos depois renunciaria ao cargo de governador interino do DF após o mensalão do DEM.
Ulysses previa diferente: “O governo acabou”.
Naquele mesmo dia, no Planalto, o presidente participava de uma cerimônia esvaziada. O ministro da Agricultura, Antônio Cabrera, tentou animar o ambiente, dizendo que o país “precisa de uma vacina contra a tristeza”.
Collor não esboçou reação.
Fonte: http://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/2016/04/06/povo-nao-aguenta-mais-essa-agonia-cobrou-lula-durante-processo-contra-collor/
O comentário foi feito após o STF rejeitar, em 23 de setembro de 1992, mandado de segurança do governo Fernando Collor contra as regras do processo de impeachment.
Lula e outros oposicionistas, como José Dirceu, Fernando Henrique Cardoso e Ulysses Guimarães, acompanharam do plenário do Supremo a derrota do presidente.
Um dia após entregar sua defesa na Câmara, campo onde a vitória parecia improvável, Collor apostava suas fichas na batalha jurídica. Por 8 a 1, o STF rejeitou pedido para que o voto do afastamento de Collor fosse secreto.
Por 6 a 3, decidiu não autorizar rito mais demorado de tramitação do processo na Câmara. O governo sonhava em deixar a votação para depois das eleições municipais, em 3 de outubro, quando deputados poderiam ser menos sensíveis à pressão das ruas.
Com a disputa agora restrita à Câmara, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), aliado de Collor, definia a estratégia: “Obstruir. Mandar nossa tropa para casa e só voltar dia 4 de outubro”.
Amigo do presidente, Paulo Octavio (PRN-DF) parecia otimista. “Vamos pôr 200 votos colloridos no plenário”, disse o deputado, que 18 anos depois renunciaria ao cargo de governador interino do DF após o mensalão do DEM.
Ulysses previa diferente: “O governo acabou”.
Naquele mesmo dia, no Planalto, o presidente participava de uma cerimônia esvaziada. O ministro da Agricultura, Antônio Cabrera, tentou animar o ambiente, dizendo que o país “precisa de uma vacina contra a tristeza”.
Collor não esboçou reação.
Fonte: http://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/2016/04/06/povo-nao-aguenta-mais-essa-agonia-cobrou-lula-durante-processo-contra-collor/