Ao longo dos últimos meses a Nintendo tem estado numa guerra fria com os hackers, lançado actualizações regulares de segurança para a Nintendo Switch numa tentativa de se antecipar aos hackers e corrigir vulnerabilidades na consola.
Parece que os hackers ganharam a corrida e descobriram uma vulnerabilidade nas consolas Nintendo Switch que não pode ser corrigida por actualização. A única solução seria uma recolha de todas as consolas vendidas até agora, o que nos parece altamente improvável.
In utterly, completely unrelated news, here's a sneak peak at a totally brand new Zelda game coming soon to Nintendo Switch. pic.twitter.com/5FwyBX7L1y
— fail0verflow (@fail0verflow) 23 de abril de 2018
A vulnerabilidade é inerente ao chip Tegra X1 da Nividia e consiste em recorrer ao modo de recuperação USB dentro do Chip para correr código personalizado, o que futuramente deverá permitir a instalação de software Homebrew e até de jogos pirata.
O único obstáculo é que para forçar o chip a entrar no modo de recuperação USB é preciso criar um curto circuito na ligação do Joy-Con. O grupo Fail0verflow já arranjou uma solução para isso, criando um pequeno dispositivo que faz o efeito desejado.
O exploit, apelidado de Fusée Gelée (em português, foguete congelado), continuará a existir em todas as consolas actuais independentemente das actualizações que a Nintendo possa lançar, afirma o grupo.
A Nintendo poderá corrigir a falha (que está no próprio hardware) numa revisão de hardware à Nintendo Switch, o que significa que o modelo original da consola vai provavelmente aumentar de valor no mercado de segunda mão.
Desde que a vulnerabilidade foi descoberta, os hackers deitaram mãos à obra e já conseguiram colocar o Linux a correr na consola, bem como o emulador Dolphin, que permite correr jogos da GameCube.
Fonte: Eurogamer