Depois de afirmar que o dinheiro público de São Paulo seria utilizado somente nas obras do entorno e de acessibilidade ao futuro estádio do Corinthians, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, em São Paulo, que haverá investimento estatal no "evento" de abertura da Copa do Mundo e as arquibancadas provisórias serão construídas com dinheiro do Estado e de futuros parceiros. Porém, elas serão desmontadas tão logo acabe o mundial. Segundo Alckmin, ao Corinthians não restará nem mesmo um parafuso comprado com o dinheiro público.
"Ainda é cedo para se falar em valores, mas é de nosso interesse que a abertura da Copa do Mundo seja realizada em São Paulo. Para isso, vamos investir para que isso seja viável. Caberá ao Estado financiar essas arquibancadas móveis, que depois serão retiradas. Assim como acontece em outros eventos como a Fórmula 1, a Fórmula Indy e a Virada Cultural", disse.
Para o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado, Emanuel Fernandes, não é correto dizer que há investimento em um estádio particular. "O Corinthians terá o seu estádio para 48 mil pessoas. O que nós estamos fazendo é viabilizar a abertura da Copa do Mundo em São Paulo. Acreditávamos que essas arquibancadas já estavam no montante que a construtora Odebrecht utilizaria para erguer o estádio, mas não estava. O que estamos fazendo, então, é dar a viabilidade financeira para isso".
Alckmin disse que o Estado procurará parceiros e que não sabe ainda quanto terá de desembolsar até a finalização do estádio, prevista para o fim de 2013.
"Se São Paulo for escolhida para a abertura da Copa, decisão que a Fifa tomará em outubro, iremos atrás de parceiros. Nós queremos que a cidade e o Estado aproveitem essa oportunidade de aparecer para o mundo. O Estado vai ajudar, mas não ficará nem um parafuso do que for investido nessa obra privada. São Paulo se comprometeu com ajudar para ser sede da abertura, já em 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar o Mundial", disse.
Fonte: Terra