Os games mudam, novas séries surgem e novos personagens se tornam gigantes e amados por todos, mas o mundo dos games ainda para e presta atenção quando uma das grandes séries da Nintendo ganha uma nova entrada. Com The Legend Of Zelda: Skyward Sword, Eiji Aonuma (diretor) e Shigeru Myamoto (criador da série e produtor) pretendem fechar o ciclo do Wii com chave de ouro, trazendo um estilo artístico único, controle de movimento total com motion plus e uma história que promete amarrar várias pontas soltas na debatidíssima linha do tempo da série Zelda (que, aliás, ainda vai ganhar um texto aqui).
O game conta a história de Zelda e Link, que desta vez são habitantes de Skyloft, um lindo e pacífico reino flutuante que existe acima das nuvens. Quando Zelda é seqüestrada e levada para o misterioso e terrível mundo abaixo das nuvens, Link parte em busca da amiga de infância (e possível interesse romântico como é indicado por um dos trailers oficiais). O misterioso mundo da superfície é nada menos que Hyrule, o mundo de ambientação de quase todos os outros games da série, os habitantes de Skyloft vivem isolados nos céus e conhecem Hyrule apenas por lendas. Ajudando Link na sua jornada está Fi, cumprindo a função de conselheira inaugurada por Navi em Ocarina of Time. Fi é a personificação da Goddes Sword, espada usada por Link no game e que segundo os criadores, será transformada na Master Sword no decorrer da trama. A garota/espada tem uma aparência interessante, que mescla um visual robótico e místico, além de falas interessantes e cheias de pompa.
Zelda, ela mesma, aparece diferente, mais brincalhona e normal e menos” princesa inabalável” como em Twilight Princess. Essa parece ser a versão mais viva da personagem, que, embora ainda seja seqüestrada como nos outros games, aparece mais bem construída e com muito mais personalidade.
Skyward Sword é o primeiro Zelda inteiramente desenvolvido para Nintendo Wii – lembrando que Twilight Princess começou no Gamecube e foi migrado – e por isso a maior novidade está nos controles, inteiramente desenvolvidos em torno da captura de movimentos do Wii motion plus. O controle do Wii é usado para voar – balançando o controle o pássaro bate asas – atirar com arco e estilingue – como já fizemos em Twilight Princess, mas com muito mais precisão – usar chicote e muitos outros itens. Para jogar as clássicas bombas da série agora é possível fazer um movimento de “rolar” como com uma bola de boliche. Uma das adições interessantes é um besouro voador, cujo vôo é controlado com o Wii Remote e que pode ser usado para recolher itens ou ativar alavancas distantes.
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=8Zm1tLH1Oks
A resolução de puzzles também foi feita com o motion plus em mente. Num dos trailers vemos Link manipulando um objeto tridimensional para que caiba corretamente na fenda de uma porta, agindo como chave. O Wii remote ainda é usado para o que a Nintendo denominou “dowsing“: apontando a espada numa visão em primeira pessoa, podemos usá-la para localizar itens escondidos e outros objetos. Andar na corda bamba, se balançar numa corda, a Nintendo construiu esse jogo para mostrar o poder da captura de movimento do Wii e parece ter feito com polimento o suficiente para tirar o preconceito de quem não gosta de se afastar dos joysticks tradicionais.
Algumas mudanças no ritmo do jogo foram criadas, como por exemplo a introdução de save points, nos quais poderemos salvar nosso progresso e transitar entre o mundo da superfície e Skyloft, a terra natal de Link. Em Skyloft o jogador tem acesso a mercadores e diversos personagens com informações. Uma barra de Stamina (“resistência” o circulo verde que aparece nos videos de gameplay) tambem foi adicionada junto com a possibilidade de Link correr e escalar mais rápido, até o limite do cansaço. O herói nunca se cansou em outro jogo da série, mas todos os sites e revistas que testaram gostaram muito da adição. Outra novidade que deve fazer os fãs de outros RPGs sorrirem de orelha a orelha é a introdução de um sistema de evolução das armas e itens realizado através de um dos mercadores de Skyloft. Recolhendo itens pelo cenário e ao derrotar inimigos, podemos usá-los para tornar itens mais fortes e reparar o escudo quando ele for danificado por inimigos. Confira no trailer abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=V0luFJcguoM&feature=player_embedded
Mesmo com tantas mecânicas novas e interessantes, a verdadeira estrela do game é o combate com a espada. Usando a tecnologia de reconhecimento de movimentos aprimorada do motion plus cada movimento realizado com a espada conta. Não basta mais só dar uma balançada no controle para que Link ataque (o que é divertido em Twilight Princess, mas bem menos do que se esperava na época) sendo necessário pensar na direção de cada golpe. Os inimigos são todos desenhados em torno dessa mecânica e são com puzzles vivos se defendendo ativamente com armas, dando aberturas em momentos certos ou necessitando de golpes específicos para serem derrotados. Em demos divulgados até agora vemos uma Hidra que só pode ser derrotada por um ataque horizontal que corte as três cabeças de uma vez e um aranha que tem de ser virada com um ataque de baixo para cima e então receber uma estocada na barriga exposta.
O estilo artístico já deu o que falar (discutimos mais sobre ele neste artigo sobre gráficos e estilo) e consiste de certa maneira numa síntese de várias outras entradas da série. Os modelos de personagem ficam num meio termo entre o realismo de Twilight Princess e os modelos cartunescos e exagerados de Wind Waker. O mais impressionante é a paleta de cores, que, alem de lembrar as cores vivas de A Link to The Past, foi inspirada em pintores impressionistas como Monet e Cezanne. O resultado são gráficos lindos com um estilo bastante único, que tanto supera limitações técnicas do Wii quanto se destaca por sua beleza indiscutível. O game ainda conta pela primeira vez com trilha sonora inteiramente orquestrada, embora sem dublagens
Afirmado por Myamoto como o mais antigo na linha do tempo da série Zelda, Skyward Sword promete revelar a origem de muitos detalhes dos games. Caepora Gabora, a coruja sábia que auxiliava o Link de Ocarina of Time, deve ter sua origem explicada, assim como a já citada Master Sword e mesmo os imortais trajes de herói de Link. Um novo antagonista principal é apresentado, o maldoso e arrogante Lorde Ghirahim que nos trechos apresentados está ativamente perseguindo Zelda e se opondo a Link. A batalha divulgada contra esse inimigo impressiona, se baseando inteiramente no controle de movimento e dependendo de bons reflexos e estratégia da parte do jogador.
The Legend of Zelda: Skyward Sword sera lançado para Nintendo Wii no dia 20 de novembro e promete valer cada centavo do preço, com mais de 100 horas de conteúdo anunciadas por Shigeru Myamoto. Além de parecer genial, o game ainda conta com uma edição de colecionador que vem acompanhada de um Wii Remote dourado com o brasão de Hyrule e um CD com músicas clássicas da série totalmente orquestradas. No ano do 25º aniversário de The Legend of Zelda, os fãs parecem ganhar de presente um game maravilhoso, que tem tirado suspiros de vários sites e revistas especializadas e que vai tirar nossa paz e nos dar momentos de glória mais uma vez.
FONTE: http://www.ahorda.com.br/games/the-legend-of-zelda-skyward-sword-varios-motivos-para-se-empolgar-com-o-novo-game-da-serie-da-nintendo