Fonte, G1.
Uma aula apresentação envolvendo quatro artistas nus chamou a atenção de estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus. A performance ocorreu na quarta-feira (21) durante o projeto ' Café com Artes', espécie de acolhida aos calouros no curso de Licenciatura de Artes Plásticas da Universidade.
Em entrevista ao G1, o idealizador da apresentação, Fabiano Barros, contou que a ideia do projeto é mostrar na prática como funciona a técnica de monotipia. Segundo ele, a mostra surgiu a partir de um trabalho feito para a universidade e teve a autorização professor Doutor do Departamento de Artes da Ufam, Otoni Mesquita.
"Em 2009 eu fiz um trabalho com monotipia do corpo humano, processo de passar tinta em alguma textura e carimbar numa superfície. O professor Otoni sugeriu apresentar o projeto no 'Café' e resolvi, além de apresentá-lo, mostrar como foi feito", explicou o artista plástico.
Fabiano Barros contou que convidou três amigos, entre eles um aluno da universidade, para participar da performance. "Fizemos uma pequena reunião e concordamos em ficar pelados, porque no processo a roupa só iria atrapalhar".
O aluno do 4° período de Língua e Literatura Francesa, Bruno Davila se sentiu desconfortável assistindo à apresentação artística. "Achei constrangedor. As pessoas não estão acostumadas com esse tipo de coisa. Apoio quase todas as manifestações de arte na Universidade, mas essa foi meio tensa", declarou o estudante.
"Uma das funções do curso de artes plásticas é justamente refletir sobre o corpo, o lugar do corpo na sociedade contemporânea, em que contexto ele se insere e como se dá a relação do homem com o próprio corpo, portanto, nada melhor do que apresentar aos calouros uma atividade como essa, e a própria repercussão que o caso está gerando já é insumo para mais reflexão", disse o aluno do curso de jornalismo Alan Gomes.
Para a chefe do Departamento de Artes, Denize Piccolotto, comentários negativos a respeito da nudez são oriundos de pessoas que não entendem os valores artísticos contemporâneos. Fabiano Barros faz intervenções artísticas na Universidade há muitos anos, de acordo com a chefe de departamento, e é respeitado pelos professores da Instituição.
"Nós organizamos esta festa e estávamos cientes de tudo, nada foi aleatório. Infelizmente nem chegou a acontecer o nu artístico, já que os alunos usaram tapa sexo e estavam com o corpo pintado. Eu acho que falar mal disso, em pleno século XXI, é um exagero por parte de pessoas que desconhecem o valor e o significado da arte", disse a professora.
Apesar das críticas, o autor da apresentação disse que o momento foi especial. "Nós conseguimos dar um teor de profissionalismo ao trabalho muito grande. Foi muito especial. Os professores que assistiram apertaram nossas mãos e nos elogiaram pela coragem".
Sobre as manifestações contra à monotipia, o ex-aluno da Universidade do Amazonas disse: "Quem só viu as fotos nas redes sociais, deve ter ficado no mínimo curioso. Ninguém esperava um trabalho tão audacioso, porque 99% das pessoas têm medo ou repulsa ao nu, a beleza natural", disse o artista.
Uma aula apresentação envolvendo quatro artistas nus chamou a atenção de estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus. A performance ocorreu na quarta-feira (21) durante o projeto ' Café com Artes', espécie de acolhida aos calouros no curso de Licenciatura de Artes Plásticas da Universidade.
Em entrevista ao G1, o idealizador da apresentação, Fabiano Barros, contou que a ideia do projeto é mostrar na prática como funciona a técnica de monotipia. Segundo ele, a mostra surgiu a partir de um trabalho feito para a universidade e teve a autorização professor Doutor do Departamento de Artes da Ufam, Otoni Mesquita.
"Em 2009 eu fiz um trabalho com monotipia do corpo humano, processo de passar tinta em alguma textura e carimbar numa superfície. O professor Otoni sugeriu apresentar o projeto no 'Café' e resolvi, além de apresentá-lo, mostrar como foi feito", explicou o artista plástico.
Fabiano Barros contou que convidou três amigos, entre eles um aluno da universidade, para participar da performance. "Fizemos uma pequena reunião e concordamos em ficar pelados, porque no processo a roupa só iria atrapalhar".
O aluno do 4° período de Língua e Literatura Francesa, Bruno Davila se sentiu desconfortável assistindo à apresentação artística. "Achei constrangedor. As pessoas não estão acostumadas com esse tipo de coisa. Apoio quase todas as manifestações de arte na Universidade, mas essa foi meio tensa", declarou o estudante.
"Uma das funções do curso de artes plásticas é justamente refletir sobre o corpo, o lugar do corpo na sociedade contemporânea, em que contexto ele se insere e como se dá a relação do homem com o próprio corpo, portanto, nada melhor do que apresentar aos calouros uma atividade como essa, e a própria repercussão que o caso está gerando já é insumo para mais reflexão", disse o aluno do curso de jornalismo Alan Gomes.
Para a chefe do Departamento de Artes, Denize Piccolotto, comentários negativos a respeito da nudez são oriundos de pessoas que não entendem os valores artísticos contemporâneos. Fabiano Barros faz intervenções artísticas na Universidade há muitos anos, de acordo com a chefe de departamento, e é respeitado pelos professores da Instituição.
"Nós organizamos esta festa e estávamos cientes de tudo, nada foi aleatório. Infelizmente nem chegou a acontecer o nu artístico, já que os alunos usaram tapa sexo e estavam com o corpo pintado. Eu acho que falar mal disso, em pleno século XXI, é um exagero por parte de pessoas que desconhecem o valor e o significado da arte", disse a professora.
Apesar das críticas, o autor da apresentação disse que o momento foi especial. "Nós conseguimos dar um teor de profissionalismo ao trabalho muito grande. Foi muito especial. Os professores que assistiram apertaram nossas mãos e nos elogiaram pela coragem".
Sobre as manifestações contra à monotipia, o ex-aluno da Universidade do Amazonas disse: "Quem só viu as fotos nas redes sociais, deve ter ficado no mínimo curioso. Ninguém esperava um trabalho tão audacioso, porque 99% das pessoas têm medo ou repulsa ao nu, a beleza natural", disse o artista.