Cara muito bom, mas eu queria dizer umas coisas aqui pra você a respeito disso, por exemplo, Direita é o termo geralmente utilizado para designar indivíduos e grupos relacionados com partidos políticos ou ideais considerados conservadores (em relação aos costumes) e/ou liberais (em relação à Economia), por oposição à esquerda política.
Deve a sua designação ao facto de, nos Estados Gerais franceses reunidos em 1789 (ver Revolução Francesa), os monárquicos, que apoiavam o Antigo Regime, tomarem o lugar à direita do rei. Com o tempo, o sentido de direita e esquerda foi-se relativizando para se tornar mais adequado às ideologias comparadas e ao ponto de vista de quem usa tais termos. Por exemplo, os girondinos, por serem também revolucionários, estavam à esquerda do regime social e econômico estabelecido por ocasião da revolução, mas, com o derrube do regime, passaram a ser "de direita", por oposição aos jacobinos, revolucionários mais radicais.
O termo refere-se geralmente ao conservadorismo e ao liberalismo na sua faceta econômica de livre mercado (que abrange desde o liberalismo clássico ao libertarianismo). Muitos libertários e liberais, porém, recusam o enquadramento (ver espectro político). O termo “conservador” denota a adesão a princípios e valores atemporais que devem ser conservados a despeito de toda mudança histórica, quando mais não seja porque somente neles e por eles a História adquire uma forma inteligível. Por exemplo, a noção de uma ordem divina do cosmos ou a de uma natureza humana universal e permanente.
A partir do século XX, o termo extrema-direita passou também a ser utilizado por alguns para o fascismo, bem como para grupos ultranacionalistas. Há um considerável consenso a respeito do caráter de extrema-direita dos fascismos ocidentais. Benito Mussolini, líder do fascismo italiano, declarava-se de direita.Alguns autores argumentam que os regimes totalitaristas do século XX eram de esquerda devido à economia planejada, característica de tais regimes. Essa tese tem pouco crédito perante o consenso acadêmico, embora os especialistas concordem que a definição do fascismo no espectro político é complexa.
Os direitistas podem ser divididos em vários tipos, como libertários, liberais clássicos, democratas-cristãos, conservadores, etc.
Os primeiros são liberais em relação à economia e nos costumes,alguns podendo defender algumas bandeiras comuns a parte da esquerda. Os democratas-cristãos podem ser moderadamente liberais em relação à Economia (defendendo a chamada economia social de mercado) mas conservadores nos costumes. Os conservadores tendem a combinar o conservadorismo nos costumes com uma grande diversidade de posições na área econômica, que vão do liberalismo econômico ao neomercantilismo.
O cientista político francês René Rémond propôs (em Les Droites en France), sobretudo a pensar no seu país, uma classificação tripartida:
Direita legitimista: monárquica, tradicionalista, clerical, pró-Antigo Regime
Direita orleanista:liberal e parlamentar (durante muito tempo desconfiada do sufrágio universal)
Direita bonapartista: populista e nacionalista, com atracção por lideres carismáticos e hostil ao parlamentarismo e ao "jogo dos partidos"
Já Jaime Nogueira Pinto sugere uma divisão entre "direita conservadora" e "direita revolucionária": a primeira (exemplos: o conservadorismo anglo-saxónico, a democracia-cristão europeia, grande parte das antigas ditaduras militares sul-americanas) defende que a preservação de valores intemporais (fruto da revelação religiosa ou da consagração pela história) e dos equilíbrios sociais contra a ideia de ser possivel criar uma sociedade melhor a partir de projectos teóricos e racionalistas; já a segunda (exemplos: bonapartismo, boulangismo, fascismo, peronismo, nasserismo) orienta-se por projectos de transformação social (ainda que distinto dos da esquerda), frequentemente de conteúdo nacionalista, interclassista e caudilhista.
A respeito da diversidade de posições consideradas de direita, o conservador norte-americano Thomas Sowell considera que «aquilo a que se chama Direita são simplesmente os vários e distintos oponentes da Esquerda. Esses oponentes da Esquerda podem não partilhar nenhum principio especifico, muito menos um programa comum, e podem ir desde libertários defensores do mercado livre até defensores da monarquia, da teocracia, da ditadura militar ou outros inumeráveis principios, sistemas ou agendas. O pensador britânico Edmund Burke é tido como o símbolo do início do movimento conservador anglo-saxônico, tendo sido contra a Revolução Francesa e O Terror. Mas a defesa das tradições, frente à mudança radical, data de muito antes.Os pensadores chineses Confúcio e Lao Zi ,já encarnavam, este espírito de preservação da tradição e dos costumes,além da defesa da consciência individual frente à tirania coletiva.Em seu Analectos,Confúcio afirma que "A prudência é o olho de todas as virtudes" e que "O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos outros.".Esta visão de mundo foi perseguida durante a revolução chinesa por ser considerada reacionária.
No pensamento de Hilel, o Ancião já aparecia a ideia de que fins não justificam os meios: "Não faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem a ti" era segundo Hilel a regra principal.É desta linha de pensamento, confirmada também no cristianismo pelos dez mandamentos, que aparece a ideia de que a violência imediata,ou revolucionária, não é uma forma adequada de se conquistar o bem.
Segundo Aristóteles,no livro cinco de Ética a Nicômaco, a justiça é a própria totalidade da virtude. Lembrando que uma das virtudes é a prudência[20]. Em São Tomás de Aquino a prudência também é reconhecida como virtude.O verdadeiro justa para São Tomás é a ordem criada por Deus, e a preocupação central expressa no Suma Teológica é a estrutura da realidade como criada por Deus, assim como em Santo Agostinho. É interessante notar que ,para ambos, o reino do céus nunca seria realizável na história, estando o sentido da história na meta-história. Esta rejeição ao milenarismo antecipado,e este apego a uma ordem transcendente e imutável seriam uma das bases do pensamento conservador, segundo Russell Kirk.
São Tomás e Aristóteles foram influências centrais para dois pensadores que ajudaram a formar o conservadorismo americano de hoje: Eric Voegelin e Leo Strauss.Ambos eram amigos, e foram perseguidos na Alemanha nazista, o pensamento de Leo Strauss no entanto teria ideias de expansão da democracia sobre o mundo das quais Voegelin não compartilhava. Assim Strauss ajudou a inspirar o neoconservadorismo,de pensadores como Irving Kristol já Voegelin influenciou conservadores mais tradicionais como Russell Kirk e William F. Buckley Jr..
Este ressurgimento conservador dos anos cinquenta, nos Estados Unidos, teria como um dos representantes políticos Barry Goldwater,que ajudaria a lançar Ronald Reagan à proeminência política. Esta direita anglo-saxônica além dos próprios Leo Strauss e Eric Voegelin foi bastante influenciada,segundo Russell Kirk, por autores como Samuel Taylor Coleridge, Sir Walter Scott, Alexis de Tocqueville, Gilbert Keith Chesterton, Edmund Burke, James Russell Lowell, John Henry Newman, George Santayana, Robert Frost, e T. S. Eliot.
Segundo Olavo de Carvalho o conservadorismo funda-se na admissão de que a ordem divina não pode nem ser conhecida na sua totalidade nem muito menos realizada sobre a Terra, é, em essência, um freio às ambições prometéicas do movimento revolucionário e, mais genericamente, de todos os governantes. A modéstia e a prudência, a rejeição de toda mudança radical que não possa ser revertida em caso de necessidade, a recusa de elaborar grandes projetos de futuro que impliquem um controle do processo histórico, a concentração nos problemas mais imediatos e nas iniciativas de curto prazo, tais são os caracteres permanentes da política conservadora.
No Brasil, Carlos Lacerda foi uma forte resistência às várias tentativas de instalação de um regime revolucionário. Nelson Rodrigues,Roberto Campos,Bruno Tolentino,José Pedro Galvão de Sousa,José Guilherme Merquior,José Osvaldo de Meira Penna,Jackson de Figueiredo,Gustavo Corção e Paulo Francis foram outros adversários de ideologias como o marxismo.Atualmente Ives Gandra Martins,Dom Bertrand Maria José de Orléans e Bragançae Olavo de Carvalho são exemplos de pensadores brasileiros contrários à mentalidade revolucionária.
Em geral a direta tem uma visão positiva ,como Chesterton, no que tange a tradição.Segundo o pensador inglês:" Tradição significa conceder votos à mais obscura de todas as classes: nossos ancestrais. É a democracia dos mortos. A tradição recusa submeter-se a essa arrogante oligarquia que meramente ocorre estar andando por aí".
No século XX, excetuando os Estados Unidos, onde o capitalismo foi geralmente apoiado pela maioria dos políticos e intelectuais, a mais visível distinção entre esquerda e direita aconteceu a nível da política econômica. A direita defendia o capitalismo, enquanto a esquerda defendia o socialismo e o comunismo (ou pelo menos a social-democracia, na qual o Estado outorga uma significativa distribuição da renda).
A defesa do livre mercado na direita foi amplamente influenciada pelos economistas Friedrich Hayek, Milton Friedman e Ludwig von Mises. Von Mises se notabilizou pela tesa de impossibilidade do socialismo, como economia organizada, pela falta de um cálculo de preço.A chamada escola austríaca de economia reviveu o liberalismo econômico, anteriormente defendido por intelectuais como Adam Smith, Thomas Jefferson e Benjamin Franklin. Justamente por esta influência, é muito comum entre a direita hoje a defesa da liberdade econômica.No entanto outros conservadores mais antigos como Benjamin Disraeli alternavam entre o liberalismo e o protecionismo econômico.[32][33]
O pensamento dominante da direita moderna é a preocupação com os valores tradicionais, a defesa da lei e da ordem, a preservação dos direitos individuais e a restrição do poder do Estado. Esta última prioridade está associada ao liberalismo, mas uma parte da direita rejeita as afirmações mais radicais dessa ideologia. Além disso, uma pequena parcela dos liberais não se considera de direita.
Uma outra tendência da direita, geralmente associada à direita originária dos tempos monárquicos, apoia a manutenção da ordem tradicional estabelecida, num sistema com estabilidade estrutural, ambição e solidariedade nacional.
Ambas estas tendências do pensamento de direita assumem várias formas, de modo que um indivíduo que apoia alguns dos objetivos de uma delas não apoia necessariamente todos os outros. Na política prática, há inúmeras variações na maneira como a direita se organiza para conseguir os seus objetivos básicos, e por vezes há tantas querelas no seio da direita como entre ela e a esquerda.
O conservador Benjamin Disraeli e a Rainha Vitória
Os valores e interesses políticos da direita variam com os países e com as épocas. Por outro lado, alguns políticos e pensadores de direita têm prioridades idiossincráticas. Nem sempre é possível ou sequer útil descobrir qual de dois conjuntos de crenças ou políticas está mais à direita.
Os opositores dos direitistas chamam-lhes geralmente, em sentido pejorativo, "reacionários", termo cuja origem remonta aos que reagiram contra O Terror e a Revolução Francesa.
A Teoria da Guerra Justa, dentro dos ensinamentos de Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino(que inspiraram muito o pensamento conservador e liberal clássico)constitui-se quando se verificam que:
Ronald Reagan foi uma importante figura da direita moderna
“a) o dano infligido pelo agressor à nação ou à comunidade de nações seja durável, grave e certo;
b) todos os outros meios de pôr fim a tal dano se tenham revelado impraticáveis ou ineficazes;
c) estejam reunidas as condições sérias de êxito;
d) o emprego das armas não acarrete males e desordens mais graves do que o mal a eliminar. O poderio dos meios modernos de destruição pesa muito na avaliação desta condição”.
Nos Estados Unidos, a maior parte da direita política apoia o uso de medidas militares contra organizações terroristas – termo que não se refere apenas a grupos paramilitares, como a Al-Qaeda, mas também a grupos como o Hamas e a Estados que apoiam o terrorismo, incluindo algumas ditaduras do mundo árabe. Contudo, muitos conservadores opõem-se a algumas destas campanhas, e há indivíduos considerados de esquerda que aprovam uma linha de ação mais preventiva contra o terrorismo e a ditadura, ao mesmo tempo que questionam se uma guerra, como a do Iraque, é válida.
Durante a Guerra Fria os grupos de esquerda,especialmente da chamada New Left, eram contrários as guerras contra regimes socialistas.A área de intervenção militar americana na Guerra da Coreia (guerra amplamente apoiada pela direita americana) corresponde hoje à Coreia do Sul,enquanto a área da intervenção militar chinesa corresponde hoje à Coreia do Norte[35].
O argumento utilizado pelos favoráveis à guerra,especialmente os neoconservadores, é que a linha dura é a única forma de negociar com terroristas e ditadores.No caso da Guerra do Iraque, mais de 600.000 civis iraquianos morreram no regime de Saddam Hussein antes da guerra[36],enquanto 66.081 morreram durante a guerra com os Estados Unidos, segundo arquivos divulgados por Wikileaks[37]. A direita americana apoiou durante a Guerra Fria diversos grupos autoritários anticomunistas, como a Unita, em Angola, e o regime de Augusto Pinochet, no Chile para evitar uma revolução socialista como a de Cuba, e limitar a influência imperialista soviética.
Deve a sua designação ao facto de, nos Estados Gerais franceses reunidos em 1789 (ver Revolução Francesa), os monárquicos, que apoiavam o Antigo Regime, tomarem o lugar à direita do rei. Com o tempo, o sentido de direita e esquerda foi-se relativizando para se tornar mais adequado às ideologias comparadas e ao ponto de vista de quem usa tais termos. Por exemplo, os girondinos, por serem também revolucionários, estavam à esquerda do regime social e econômico estabelecido por ocasião da revolução, mas, com o derrube do regime, passaram a ser "de direita", por oposição aos jacobinos, revolucionários mais radicais.
O termo refere-se geralmente ao conservadorismo e ao liberalismo na sua faceta econômica de livre mercado (que abrange desde o liberalismo clássico ao libertarianismo). Muitos libertários e liberais, porém, recusam o enquadramento (ver espectro político). O termo “conservador” denota a adesão a princípios e valores atemporais que devem ser conservados a despeito de toda mudança histórica, quando mais não seja porque somente neles e por eles a História adquire uma forma inteligível. Por exemplo, a noção de uma ordem divina do cosmos ou a de uma natureza humana universal e permanente.
A partir do século XX, o termo extrema-direita passou também a ser utilizado por alguns para o fascismo, bem como para grupos ultranacionalistas. Há um considerável consenso a respeito do caráter de extrema-direita dos fascismos ocidentais. Benito Mussolini, líder do fascismo italiano, declarava-se de direita.Alguns autores argumentam que os regimes totalitaristas do século XX eram de esquerda devido à economia planejada, característica de tais regimes. Essa tese tem pouco crédito perante o consenso acadêmico, embora os especialistas concordem que a definição do fascismo no espectro político é complexa.
Os direitistas podem ser divididos em vários tipos, como libertários, liberais clássicos, democratas-cristãos, conservadores, etc.
Os primeiros são liberais em relação à economia e nos costumes,alguns podendo defender algumas bandeiras comuns a parte da esquerda. Os democratas-cristãos podem ser moderadamente liberais em relação à Economia (defendendo a chamada economia social de mercado) mas conservadores nos costumes. Os conservadores tendem a combinar o conservadorismo nos costumes com uma grande diversidade de posições na área econômica, que vão do liberalismo econômico ao neomercantilismo.
O cientista político francês René Rémond propôs (em Les Droites en France), sobretudo a pensar no seu país, uma classificação tripartida:
Direita legitimista: monárquica, tradicionalista, clerical, pró-Antigo Regime
Direita orleanista:liberal e parlamentar (durante muito tempo desconfiada do sufrágio universal)
Direita bonapartista: populista e nacionalista, com atracção por lideres carismáticos e hostil ao parlamentarismo e ao "jogo dos partidos"
Já Jaime Nogueira Pinto sugere uma divisão entre "direita conservadora" e "direita revolucionária": a primeira (exemplos: o conservadorismo anglo-saxónico, a democracia-cristão europeia, grande parte das antigas ditaduras militares sul-americanas) defende que a preservação de valores intemporais (fruto da revelação religiosa ou da consagração pela história) e dos equilíbrios sociais contra a ideia de ser possivel criar uma sociedade melhor a partir de projectos teóricos e racionalistas; já a segunda (exemplos: bonapartismo, boulangismo, fascismo, peronismo, nasserismo) orienta-se por projectos de transformação social (ainda que distinto dos da esquerda), frequentemente de conteúdo nacionalista, interclassista e caudilhista.
A respeito da diversidade de posições consideradas de direita, o conservador norte-americano Thomas Sowell considera que «aquilo a que se chama Direita são simplesmente os vários e distintos oponentes da Esquerda. Esses oponentes da Esquerda podem não partilhar nenhum principio especifico, muito menos um programa comum, e podem ir desde libertários defensores do mercado livre até defensores da monarquia, da teocracia, da ditadura militar ou outros inumeráveis principios, sistemas ou agendas. O pensador britânico Edmund Burke é tido como o símbolo do início do movimento conservador anglo-saxônico, tendo sido contra a Revolução Francesa e O Terror. Mas a defesa das tradições, frente à mudança radical, data de muito antes.Os pensadores chineses Confúcio e Lao Zi ,já encarnavam, este espírito de preservação da tradição e dos costumes,além da defesa da consciência individual frente à tirania coletiva.Em seu Analectos,Confúcio afirma que "A prudência é o olho de todas as virtudes" e que "O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos outros.".Esta visão de mundo foi perseguida durante a revolução chinesa por ser considerada reacionária.
No pensamento de Hilel, o Ancião já aparecia a ideia de que fins não justificam os meios: "Não faças aos outros aquilo que não gostarias que te fizessem a ti" era segundo Hilel a regra principal.É desta linha de pensamento, confirmada também no cristianismo pelos dez mandamentos, que aparece a ideia de que a violência imediata,ou revolucionária, não é uma forma adequada de se conquistar o bem.
Segundo Aristóteles,no livro cinco de Ética a Nicômaco, a justiça é a própria totalidade da virtude. Lembrando que uma das virtudes é a prudência[20]. Em São Tomás de Aquino a prudência também é reconhecida como virtude.O verdadeiro justa para São Tomás é a ordem criada por Deus, e a preocupação central expressa no Suma Teológica é a estrutura da realidade como criada por Deus, assim como em Santo Agostinho. É interessante notar que ,para ambos, o reino do céus nunca seria realizável na história, estando o sentido da história na meta-história. Esta rejeição ao milenarismo antecipado,e este apego a uma ordem transcendente e imutável seriam uma das bases do pensamento conservador, segundo Russell Kirk.
São Tomás e Aristóteles foram influências centrais para dois pensadores que ajudaram a formar o conservadorismo americano de hoje: Eric Voegelin e Leo Strauss.Ambos eram amigos, e foram perseguidos na Alemanha nazista, o pensamento de Leo Strauss no entanto teria ideias de expansão da democracia sobre o mundo das quais Voegelin não compartilhava. Assim Strauss ajudou a inspirar o neoconservadorismo,de pensadores como Irving Kristol já Voegelin influenciou conservadores mais tradicionais como Russell Kirk e William F. Buckley Jr..
Este ressurgimento conservador dos anos cinquenta, nos Estados Unidos, teria como um dos representantes políticos Barry Goldwater,que ajudaria a lançar Ronald Reagan à proeminência política. Esta direita anglo-saxônica além dos próprios Leo Strauss e Eric Voegelin foi bastante influenciada,segundo Russell Kirk, por autores como Samuel Taylor Coleridge, Sir Walter Scott, Alexis de Tocqueville, Gilbert Keith Chesterton, Edmund Burke, James Russell Lowell, John Henry Newman, George Santayana, Robert Frost, e T. S. Eliot.
Segundo Olavo de Carvalho o conservadorismo funda-se na admissão de que a ordem divina não pode nem ser conhecida na sua totalidade nem muito menos realizada sobre a Terra, é, em essência, um freio às ambições prometéicas do movimento revolucionário e, mais genericamente, de todos os governantes. A modéstia e a prudência, a rejeição de toda mudança radical que não possa ser revertida em caso de necessidade, a recusa de elaborar grandes projetos de futuro que impliquem um controle do processo histórico, a concentração nos problemas mais imediatos e nas iniciativas de curto prazo, tais são os caracteres permanentes da política conservadora.
No Brasil, Carlos Lacerda foi uma forte resistência às várias tentativas de instalação de um regime revolucionário. Nelson Rodrigues,Roberto Campos,Bruno Tolentino,José Pedro Galvão de Sousa,José Guilherme Merquior,José Osvaldo de Meira Penna,Jackson de Figueiredo,Gustavo Corção e Paulo Francis foram outros adversários de ideologias como o marxismo.Atualmente Ives Gandra Martins,Dom Bertrand Maria José de Orléans e Bragançae Olavo de Carvalho são exemplos de pensadores brasileiros contrários à mentalidade revolucionária.
Em geral a direta tem uma visão positiva ,como Chesterton, no que tange a tradição.Segundo o pensador inglês:" Tradição significa conceder votos à mais obscura de todas as classes: nossos ancestrais. É a democracia dos mortos. A tradição recusa submeter-se a essa arrogante oligarquia que meramente ocorre estar andando por aí".
No século XX, excetuando os Estados Unidos, onde o capitalismo foi geralmente apoiado pela maioria dos políticos e intelectuais, a mais visível distinção entre esquerda e direita aconteceu a nível da política econômica. A direita defendia o capitalismo, enquanto a esquerda defendia o socialismo e o comunismo (ou pelo menos a social-democracia, na qual o Estado outorga uma significativa distribuição da renda).
A defesa do livre mercado na direita foi amplamente influenciada pelos economistas Friedrich Hayek, Milton Friedman e Ludwig von Mises. Von Mises se notabilizou pela tesa de impossibilidade do socialismo, como economia organizada, pela falta de um cálculo de preço.A chamada escola austríaca de economia reviveu o liberalismo econômico, anteriormente defendido por intelectuais como Adam Smith, Thomas Jefferson e Benjamin Franklin. Justamente por esta influência, é muito comum entre a direita hoje a defesa da liberdade econômica.No entanto outros conservadores mais antigos como Benjamin Disraeli alternavam entre o liberalismo e o protecionismo econômico.[32][33]
O pensamento dominante da direita moderna é a preocupação com os valores tradicionais, a defesa da lei e da ordem, a preservação dos direitos individuais e a restrição do poder do Estado. Esta última prioridade está associada ao liberalismo, mas uma parte da direita rejeita as afirmações mais radicais dessa ideologia. Além disso, uma pequena parcela dos liberais não se considera de direita.
Uma outra tendência da direita, geralmente associada à direita originária dos tempos monárquicos, apoia a manutenção da ordem tradicional estabelecida, num sistema com estabilidade estrutural, ambição e solidariedade nacional.
Ambas estas tendências do pensamento de direita assumem várias formas, de modo que um indivíduo que apoia alguns dos objetivos de uma delas não apoia necessariamente todos os outros. Na política prática, há inúmeras variações na maneira como a direita se organiza para conseguir os seus objetivos básicos, e por vezes há tantas querelas no seio da direita como entre ela e a esquerda.
O conservador Benjamin Disraeli e a Rainha Vitória
Os valores e interesses políticos da direita variam com os países e com as épocas. Por outro lado, alguns políticos e pensadores de direita têm prioridades idiossincráticas. Nem sempre é possível ou sequer útil descobrir qual de dois conjuntos de crenças ou políticas está mais à direita.
Os opositores dos direitistas chamam-lhes geralmente, em sentido pejorativo, "reacionários", termo cuja origem remonta aos que reagiram contra O Terror e a Revolução Francesa.
A Teoria da Guerra Justa, dentro dos ensinamentos de Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino(que inspiraram muito o pensamento conservador e liberal clássico)constitui-se quando se verificam que:
Ronald Reagan foi uma importante figura da direita moderna
“a) o dano infligido pelo agressor à nação ou à comunidade de nações seja durável, grave e certo;
b) todos os outros meios de pôr fim a tal dano se tenham revelado impraticáveis ou ineficazes;
c) estejam reunidas as condições sérias de êxito;
d) o emprego das armas não acarrete males e desordens mais graves do que o mal a eliminar. O poderio dos meios modernos de destruição pesa muito na avaliação desta condição”.
Nos Estados Unidos, a maior parte da direita política apoia o uso de medidas militares contra organizações terroristas – termo que não se refere apenas a grupos paramilitares, como a Al-Qaeda, mas também a grupos como o Hamas e a Estados que apoiam o terrorismo, incluindo algumas ditaduras do mundo árabe. Contudo, muitos conservadores opõem-se a algumas destas campanhas, e há indivíduos considerados de esquerda que aprovam uma linha de ação mais preventiva contra o terrorismo e a ditadura, ao mesmo tempo que questionam se uma guerra, como a do Iraque, é válida.
Durante a Guerra Fria os grupos de esquerda,especialmente da chamada New Left, eram contrários as guerras contra regimes socialistas.A área de intervenção militar americana na Guerra da Coreia (guerra amplamente apoiada pela direita americana) corresponde hoje à Coreia do Sul,enquanto a área da intervenção militar chinesa corresponde hoje à Coreia do Norte[35].
O argumento utilizado pelos favoráveis à guerra,especialmente os neoconservadores, é que a linha dura é a única forma de negociar com terroristas e ditadores.No caso da Guerra do Iraque, mais de 600.000 civis iraquianos morreram no regime de Saddam Hussein antes da guerra[36],enquanto 66.081 morreram durante a guerra com os Estados Unidos, segundo arquivos divulgados por Wikileaks[37]. A direita americana apoiou durante a Guerra Fria diversos grupos autoritários anticomunistas, como a Unita, em Angola, e o regime de Augusto Pinochet, no Chile para evitar uma revolução socialista como a de Cuba, e limitar a influência imperialista soviética.