Não, este não é um artigo sobre a origem do universo opondo religião e ciência.
Decidi escrevê-lo porque há umas semanas atrás a Nintendo anunciou a sequela de um clássico da Super Nintendo, e, apesar da notícia ter sido bem recebida pela comunidade, não pude deixar de reparar em algumas vozes de protesto que se levantaram, acusando a Nintendo de "milking" ou de "não saber fazer outra coisa", apesar de A Link to the Past, aos 22 anos, já ter idade suficiente para beber legalmente nos Estados Unidos.
Isto não acontece apenas na Eurogamer Portugal; existe uma minoria que acha realmente que tudo o que a Nintendo faz é lançar os mesmos jogos vezes sem conta e que a empresa não cria nada de novo desde que lançou a NES.
Sei bem que isto é uma tremenda estupidez mas despertou-me alguma curiosidade e fui tentar perceber e explicar o porquê de haver quem pense desta forma.
Divergências criativas
Cheguei à conclusão que o "problema" de muitos dos críticos da Nintendo vem do facto de a empresa utilizar as mesmas IPs em vez de desenvolver novas séries, uma filosofia criativa que causa uma certa confusão a alguns jogadores, especialmente aos mais novos.
Podemos afirmar que a Nintendo aposta mais na evolução das suas IPs do que na criação de novas: boa parte do catálogo de qualquer consola da Nintendo é composta por jogos que tiveram origem na NES ou Super Nintendo. A estratégia passa por ir adicionando novas mas poucas IPs a cada geração e ir construindo sobre o sucesso delas.
A Nintendo tem um punhado de franchises que dispensa apresentações e que, por norma, acompanha todas as suas consolas: Mario, Mario Kart, Mario Party, Zelda, Metroid, Kirby, Animal Crossing, Fire Emblem, Star Fox, etc.. Salvo raras excepções, a Nintendo lança 1 ou 2 jogos de cada uma destas séries por geração. Nenhuma consola da Nintendo tem mais do que um Mario Kart ou um Animal Crossing.
Outras franchises, como F-Zero, Wave Race ou Kid Icarus, até saltam gerações e, por muito que os fãs o peçam, a Nintendo prefere mantê-las guardadas até achar que está na hora de as reanimar, evitando que se desgastem com lançamentos anuais ou bianuais.
Se 1 ou 2 jogos a cada 6 anos é milking, em que categoria encaixam Assassin's Creed, Call of Duty, Final Fantasy ou Resident Evil?
Não são precisos jogos todos os anos para se construírem personagens carismáticas. Algumas destas são mais velhas do que muitos de vocês.
Porque é que a Nintendo prefere usar as mesmas franchises ao longo dos anos em vez de criar novas a cada geração?
Porque os seus fãs esperam estes jogos.
Este argumento podia ser usado, e com razão, para qualquer outra empresa mas isto é especialmente relevante para a Nintendo.
Quem compra uma consola da Nintendo, fá-lo porque quer jogar estas franchises. Também existem jogos third party, naturalmente, mas são muito mais abundantes nas concorrentes da Nintendo e toda a gente sabe disso. As séries carismáticas da Nintendo acompanham muitos jogadores desde pequenos e ninguém está à espera de mudanças radicais na sua fórmula.
Da mesma foram, dizer que Mario é sempre o mesmo jogo sobre "um canalizador que tem de salvar uma princesa" é uma parvoíce. Quem algum dia jogou Mario(talvez 100% de vocês) nem se apercebe que esse objectivo existe. Mario é completamente sobre jogabilidade, sobre novas formas de se jogar.
É, com toda a certeza, a série mais importante da história dos videojogos. Super Mario Bros. revolucionou os jogos em 2D assim como Super Mario 64 os 3D. Pelo meio recebemos Super Mario Bros 3 e Super Mario World, dois títulos que introduziram progressão não linear em jogos de plataformas, cuja fórmula culminou no 64. E já jogaram Super Mario Galaxy? Não é à toa que é jogo com a melhor pontuação de todos os tempos.
Com os anos, Zelda passou para o 3D, viu novos itens, formas de resolver os puzzles e os mundos mudaram. A sua base permanecer relativamente inalterada: uma aventura com puzzles e progressão não linear. No trailer do novo Zelda podemos ver mecânicas únicas que vão ser introduzidas por cima da velha e familiar fórmula. Os novos elementos são uma evolução saudável e bem-vinda a um jogo que é, praticamente, um género dentro de si mesmo.
Mudando a fórmula, muda tudo e a série perde o seu público. Vejam bem o que tem acontecido com Resident Evil ou Final Fantasy depois de se tornarem, respectivamente, um shooter e uma salgalhada sem qualquer sentido.
Majora's Mask foi completamente diferente de Ocarina of Time mas basta olhar para a imagem para ver que é mesmo Zelda.
Assim como os fãs da Nintendo esperam Zelda, Mario e Metroid, os da Xbox contam com Halo e os da PlayStation com Gran Turismo e God of War. A diferença é que a Nintendo tem muito mais franchises de longa duração e não as explora tão exaustivamente como o que acontece com as séries da concorrência(só esta geração, saíram 6 Halos diferentes na Xbox 360 e a PS3 teve 4 lançamentos de God of War).
Na verdade, a filosofia das concorrentes da Nintendo é claramente diferente. Olhando para o catálogo da PlayStation 3, vemos que muito poucas séries vêm desde os tempos da PlayStation original(só me lembro mesmo de Gran Turismo e Twisted Metal).
Isto acontece porque a Sony aposta mais na criação de novas séries para acompanhar cada uma das suas consolas em vez de as fazer evoluir ao longo dos tempos. Séries como Resistance, Motorstorm, Little Big Planet ou inFamous nasceram na PlayStation 3, assim como na PlayStation 2 nasceu Jak & Daxter e na PlayStation 1 MediEvil, Tombi e outros bons jogos.
Isto parece estar a mudar; a Sony apercebeu-se da popularidade de algumas destas séries e, embora a revelação da PlayStation 4 tenha trazido novas IPs(Knack e Driveclub), pelo menos inFamous e Killzone estão de regresso, tal como God of War regressou à PlayStation 3 apesar de se ter estreado na sua irmã mais velha. Mesmo as séries exclusivas da PlayStation 3 que enumerei receberam versões para consolas portáteis, na mesma linha do que a Nintendo sempre fez.
Ao pé das suas rivais, a Microsoft ainda é nova nestas andanças mas podemos dizer, com alguma segurança, que encaixa no perfil da Nintendo: Forza, Halo e Fable vão acompanhar todas as suas consolas. A diferença é que as suas IPs são em número bem mais reduzido e parece não existir um grande esforço para mudar essa situação.
Pontos fortes e fracos
A estratégia evolutiva tem um claro ponto forte: cria familiaridade com o público. Como referi, as pessoas compram consolas da Nintendo de propósito para jogar Mario, Zelda e companhia. O público gosta tanto destes personagens que basta um novo título para as vendas de hardware dispararem. Basta ver a performance de uma consola portátil sempre que sai um novo Pokémon ou de uma caseira quando é lançado um Mario ou Super Smash Brothers.
A 3DS já é a consola mais vendida em todo o mundo mas cheira-me que o seu domínio vai ser esmagador assim que esta dupla chegar.
Um aspecto menos positivo, que não considero uma fraqueza, é o facto de que quem compra uma consola da Nintendo é obrigado a mentalizar-se que não vai receber tantas novas IPs como quem compra uma nova PlayStation ou Xbox(a não ser que se tenham em conta jogos como Wii Fit que, apesar de não se encaixar nos gostos dos leitores da Eurogamer, vendeu uns milhões valentes de Wiis).
A Nintendo 64 trouxe Super Smash Brothers e Animal Crossing(no Japão), Pikmin e Luigi's Mansion chegaram com a GameCube, a Wii trouxe Wii Sports e Xenoblade. São jogos muito bons mas também são muito poucos.
Do lado da "criação", o principal ponto positivo é termos jogos "novinhos" sempre que compramos uma consola nova. Muitos jogadores fartam-se de jogar sempre a mesma coisa(já não suporto Gears of War e o meu ponto de saturação de God of War chegou logo no segundo jogo) pelo que é uma lufada de ar fresco receber coisas novas e originais a cada 6 ou 7 anos.
Graças a esta estratégia recebemos na PlayStation boas trilogias da Naughy Dog a cada geração(Crash, Jak, Uncharted) mas também fomos obrigados a dizer adeus a séries muito boas, como MediEvil, PaRappa the Rapper, Tombi, Syphon Filter, Jak, etc.. Uncharted já se deve ter juntado a esta lista e ainda não demos por isso.
Ainda se lembram de mim?
Outro ponto negativo é a pouca familiaridade que as séries ganham com o público quando não têm espaço para se desenvolverem. A Sony esperava que o seu PlayStation All-Stars Battle Royale tivesse junto dos seus fãs um efeito similar ao de Super Smash Brothers mas nada poderia estar mais longe da realidade porque boa parte do seu roster é composto por perfeitos desconhecidos da maioria do público(incluir personagens de FPSs é só encher chouriços).
Conclusão
Chateia-me sempre ouvir dizer que a Nintendo não evolui e que é uma empresa presa à glória do passado. Apesar de não ser uma vaca sagrada nem estar imune a críticas, acusar a Nintendo de falta de criatividade e exploração dos seus fãs é um absurdo.
A Nintendo tem as franchises mais importantes da história e, no fundo, é graças a ela que esta indústria existe.
Sim, o Link e o Mario continuam a ter que salvar uma princesa e sim, há 100 novos Pokémons para apanhar e uma dívida para pagar no Animal Crossing mas isto é apenas um olhar muito, muito superficial sobre séries que têm sido refinadas ao longo de muitos anos, algumas delas décadas.
Da próxima vez que forem jogar a versão deste ano de Assassin's Creed, FIFA ou Call of Duty, ponham algum do preconceito em relação à Nintendo de lado e experimentem um dos "muitos" Zeldas ou Marios que nunca tiveram a oportunidade de jogar.
Aposto que se vão divertir como não o faziam há anos e nem vão dar por isso.
Fonte
Decidi escrevê-lo porque há umas semanas atrás a Nintendo anunciou a sequela de um clássico da Super Nintendo, e, apesar da notícia ter sido bem recebida pela comunidade, não pude deixar de reparar em algumas vozes de protesto que se levantaram, acusando a Nintendo de "milking" ou de "não saber fazer outra coisa", apesar de A Link to the Past, aos 22 anos, já ter idade suficiente para beber legalmente nos Estados Unidos.
Isto não acontece apenas na Eurogamer Portugal; existe uma minoria que acha realmente que tudo o que a Nintendo faz é lançar os mesmos jogos vezes sem conta e que a empresa não cria nada de novo desde que lançou a NES.
Sei bem que isto é uma tremenda estupidez mas despertou-me alguma curiosidade e fui tentar perceber e explicar o porquê de haver quem pense desta forma.
Divergências criativas
Cheguei à conclusão que o "problema" de muitos dos críticos da Nintendo vem do facto de a empresa utilizar as mesmas IPs em vez de desenvolver novas séries, uma filosofia criativa que causa uma certa confusão a alguns jogadores, especialmente aos mais novos.
Podemos afirmar que a Nintendo aposta mais na evolução das suas IPs do que na criação de novas: boa parte do catálogo de qualquer consola da Nintendo é composta por jogos que tiveram origem na NES ou Super Nintendo. A estratégia passa por ir adicionando novas mas poucas IPs a cada geração e ir construindo sobre o sucesso delas.
A Nintendo tem um punhado de franchises que dispensa apresentações e que, por norma, acompanha todas as suas consolas: Mario, Mario Kart, Mario Party, Zelda, Metroid, Kirby, Animal Crossing, Fire Emblem, Star Fox, etc.. Salvo raras excepções, a Nintendo lança 1 ou 2 jogos de cada uma destas séries por geração. Nenhuma consola da Nintendo tem mais do que um Mario Kart ou um Animal Crossing.
Outras franchises, como F-Zero, Wave Race ou Kid Icarus, até saltam gerações e, por muito que os fãs o peçam, a Nintendo prefere mantê-las guardadas até achar que está na hora de as reanimar, evitando que se desgastem com lançamentos anuais ou bianuais.
Se 1 ou 2 jogos a cada 6 anos é milking, em que categoria encaixam Assassin's Creed, Call of Duty, Final Fantasy ou Resident Evil?
Não são precisos jogos todos os anos para se construírem personagens carismáticas. Algumas destas são mais velhas do que muitos de vocês.
Porque é que a Nintendo prefere usar as mesmas franchises ao longo dos anos em vez de criar novas a cada geração?
Porque os seus fãs esperam estes jogos.
Este argumento podia ser usado, e com razão, para qualquer outra empresa mas isto é especialmente relevante para a Nintendo.
Quem compra uma consola da Nintendo, fá-lo porque quer jogar estas franchises. Também existem jogos third party, naturalmente, mas são muito mais abundantes nas concorrentes da Nintendo e toda a gente sabe disso. As séries carismáticas da Nintendo acompanham muitos jogadores desde pequenos e ninguém está à espera de mudanças radicais na sua fórmula.
Da mesma foram, dizer que Mario é sempre o mesmo jogo sobre "um canalizador que tem de salvar uma princesa" é uma parvoíce. Quem algum dia jogou Mario(talvez 100% de vocês) nem se apercebe que esse objectivo existe. Mario é completamente sobre jogabilidade, sobre novas formas de se jogar.
É, com toda a certeza, a série mais importante da história dos videojogos. Super Mario Bros. revolucionou os jogos em 2D assim como Super Mario 64 os 3D. Pelo meio recebemos Super Mario Bros 3 e Super Mario World, dois títulos que introduziram progressão não linear em jogos de plataformas, cuja fórmula culminou no 64. E já jogaram Super Mario Galaxy? Não é à toa que é jogo com a melhor pontuação de todos os tempos.
Com os anos, Zelda passou para o 3D, viu novos itens, formas de resolver os puzzles e os mundos mudaram. A sua base permanecer relativamente inalterada: uma aventura com puzzles e progressão não linear. No trailer do novo Zelda podemos ver mecânicas únicas que vão ser introduzidas por cima da velha e familiar fórmula. Os novos elementos são uma evolução saudável e bem-vinda a um jogo que é, praticamente, um género dentro de si mesmo.
Mudando a fórmula, muda tudo e a série perde o seu público. Vejam bem o que tem acontecido com Resident Evil ou Final Fantasy depois de se tornarem, respectivamente, um shooter e uma salgalhada sem qualquer sentido.
Majora's Mask foi completamente diferente de Ocarina of Time mas basta olhar para a imagem para ver que é mesmo Zelda.
Assim como os fãs da Nintendo esperam Zelda, Mario e Metroid, os da Xbox contam com Halo e os da PlayStation com Gran Turismo e God of War. A diferença é que a Nintendo tem muito mais franchises de longa duração e não as explora tão exaustivamente como o que acontece com as séries da concorrência(só esta geração, saíram 6 Halos diferentes na Xbox 360 e a PS3 teve 4 lançamentos de God of War).
Na verdade, a filosofia das concorrentes da Nintendo é claramente diferente. Olhando para o catálogo da PlayStation 3, vemos que muito poucas séries vêm desde os tempos da PlayStation original(só me lembro mesmo de Gran Turismo e Twisted Metal).
Isto acontece porque a Sony aposta mais na criação de novas séries para acompanhar cada uma das suas consolas em vez de as fazer evoluir ao longo dos tempos. Séries como Resistance, Motorstorm, Little Big Planet ou inFamous nasceram na PlayStation 3, assim como na PlayStation 2 nasceu Jak & Daxter e na PlayStation 1 MediEvil, Tombi e outros bons jogos.
Isto parece estar a mudar; a Sony apercebeu-se da popularidade de algumas destas séries e, embora a revelação da PlayStation 4 tenha trazido novas IPs(Knack e Driveclub), pelo menos inFamous e Killzone estão de regresso, tal como God of War regressou à PlayStation 3 apesar de se ter estreado na sua irmã mais velha. Mesmo as séries exclusivas da PlayStation 3 que enumerei receberam versões para consolas portáteis, na mesma linha do que a Nintendo sempre fez.
Ao pé das suas rivais, a Microsoft ainda é nova nestas andanças mas podemos dizer, com alguma segurança, que encaixa no perfil da Nintendo: Forza, Halo e Fable vão acompanhar todas as suas consolas. A diferença é que as suas IPs são em número bem mais reduzido e parece não existir um grande esforço para mudar essa situação.
Pontos fortes e fracos
A estratégia evolutiva tem um claro ponto forte: cria familiaridade com o público. Como referi, as pessoas compram consolas da Nintendo de propósito para jogar Mario, Zelda e companhia. O público gosta tanto destes personagens que basta um novo título para as vendas de hardware dispararem. Basta ver a performance de uma consola portátil sempre que sai um novo Pokémon ou de uma caseira quando é lançado um Mario ou Super Smash Brothers.
A 3DS já é a consola mais vendida em todo o mundo mas cheira-me que o seu domínio vai ser esmagador assim que esta dupla chegar.
Um aspecto menos positivo, que não considero uma fraqueza, é o facto de que quem compra uma consola da Nintendo é obrigado a mentalizar-se que não vai receber tantas novas IPs como quem compra uma nova PlayStation ou Xbox(a não ser que se tenham em conta jogos como Wii Fit que, apesar de não se encaixar nos gostos dos leitores da Eurogamer, vendeu uns milhões valentes de Wiis).
A Nintendo 64 trouxe Super Smash Brothers e Animal Crossing(no Japão), Pikmin e Luigi's Mansion chegaram com a GameCube, a Wii trouxe Wii Sports e Xenoblade. São jogos muito bons mas também são muito poucos.
Do lado da "criação", o principal ponto positivo é termos jogos "novinhos" sempre que compramos uma consola nova. Muitos jogadores fartam-se de jogar sempre a mesma coisa(já não suporto Gears of War e o meu ponto de saturação de God of War chegou logo no segundo jogo) pelo que é uma lufada de ar fresco receber coisas novas e originais a cada 6 ou 7 anos.
Graças a esta estratégia recebemos na PlayStation boas trilogias da Naughy Dog a cada geração(Crash, Jak, Uncharted) mas também fomos obrigados a dizer adeus a séries muito boas, como MediEvil, PaRappa the Rapper, Tombi, Syphon Filter, Jak, etc.. Uncharted já se deve ter juntado a esta lista e ainda não demos por isso.
Ainda se lembram de mim?
Outro ponto negativo é a pouca familiaridade que as séries ganham com o público quando não têm espaço para se desenvolverem. A Sony esperava que o seu PlayStation All-Stars Battle Royale tivesse junto dos seus fãs um efeito similar ao de Super Smash Brothers mas nada poderia estar mais longe da realidade porque boa parte do seu roster é composto por perfeitos desconhecidos da maioria do público(incluir personagens de FPSs é só encher chouriços).
Conclusão
Chateia-me sempre ouvir dizer que a Nintendo não evolui e que é uma empresa presa à glória do passado. Apesar de não ser uma vaca sagrada nem estar imune a críticas, acusar a Nintendo de falta de criatividade e exploração dos seus fãs é um absurdo.
A Nintendo tem as franchises mais importantes da história e, no fundo, é graças a ela que esta indústria existe.
Sim, o Link e o Mario continuam a ter que salvar uma princesa e sim, há 100 novos Pokémons para apanhar e uma dívida para pagar no Animal Crossing mas isto é apenas um olhar muito, muito superficial sobre séries que têm sido refinadas ao longo de muitos anos, algumas delas décadas.
Da próxima vez que forem jogar a versão deste ano de Assassin's Creed, FIFA ou Call of Duty, ponham algum do preconceito em relação à Nintendo de lado e experimentem um dos "muitos" Zeldas ou Marios que nunca tiveram a oportunidade de jogar.
Aposto que se vão divertir como não o faziam há anos e nem vão dar por isso.
Fonte