O mundo dos games costuma ser muito duro com as empresas que cometem o equívoco de colocar no mercado algo ruim, mas basta que um jogo delas faça sucesso para que todos queiram saber o que os responsáveis tem a dizer sobre o futuro da indústria e não seria diferente com a Rovio, estúdio finlandês que conquistou muitos fãs graças a um jogo lançado inicialmente para os celulares, o Angry Bird.
Durante uma palestra Peter Vesterbacka, um dos responsáveis pelo estúdio disse que toda a inovação que costumávamos ver nos jogos eletrônicos está sendo implementada nos títulos criados para plataformas móveis e o motivo para este fenômeno estaria na agilidade que as produtoras encontram ali, seja lançados os jogos propriamente dito ou expansões para eles. Para ele, os tablets continuam crescendo quando o assunto são os games, os consoles estão morrendo e não há mais espaço para o modelo de jogos que custam mais de US$ 40 e são difíceis de serem atualizados.
O executivo ainda declarou não gostar do termo “jogo casual”, alegando que ninguém diz que assistiu um “filme casual” e defende seu ponto de vista dizendo que um jogador do Angry Birds pode estar tão envolvido e viciado com o jogo quanto qualquer outro gamer e deu como exemplo já ter sido testemunha de pessoas que fizeram seus celulares voarem pela sala só porque não conseguiram passar de uma determinada fase.
Talvez ele tenha razão em relação a uma mudança no preço cobrado pelos jogos atualmente, mas também é fácil alguém dizer que ganha dinheiro com títulos a US$ 0,99 quando se consegue dezenas de milhões de cópias vendidas, o que está muito longe da realidade da maior parte das desenvolvedoras. Além disso, como vender tão barato um jogo que custou 40, 50 milhões de dólares para ser desenvolvido?
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