Conhecido por disparar críticas ao Brasil e a seus lutadores, o americano Chael Sonnen foi escolhido para ser o técnico de uma equipe do reality show "The Ultimate Fighter Brasil", e viverá alguns meses no país em 2014.
Nesta entrevista concedida à Folha, por telefone, discute sua desconfiança em relação à segurança no Brasil, o risco de sofrer um atentado e o técnico do time rival, Wanderlei Silva.
Leia mais sobre lutas
*
Folha - Você se sente seguro no Brasil?
Chael Sonnen - Não.
Você confia na segurança?
Não. Terei uma particular.
Você fez ataques ao Brasil. Acredita que alguém pode pegar uma arma e te dar um tiro?
[Silêncio] Eu... Eu não tinha pensado em tiros, mas acho possível. Estava mais preocupado com a possibilidade de um linchamento, talvez um ataque com faca. Mas acho que é possível, sim.
Você pediu medidas extras de segurança ao UFC no Brasil?
Sim.
De que tipo?
Grandes medidas estão sendo tomadas. [O presidente do UFC] Dana White toma conta desse tipo de coisa. As medidas que ele sugeriu são muito sofisticadas, mais do que eu poderia sugerir. Mas eu entendo que nem nos EUA estou totalmente a salvo.
Se acha que é tão perigoso, por que está vindo para o Brasil?
Porque eu sou um gangster, não vivo com medo. Faço o que eu quero, onde eu quero. Mas gostaria de ir à praia.
Você disse coisas muito desagradáveis sobre Anderson Silva, mas agora diz que o quer em sua equipe. Sua fala tem razões promocionais apenas?
Não. Eu não promovo lutas. Não estou vendendo lutas. Quanto ao Anderson, ele tem que estar presente. Não importa se na minha equipe ou na de Wanderlei, Anderson tem muito a oferecer. Se estivéssemos competindo a conversa seria totalmente diferente. Mas ele é uma figura importante, especialmente para os brasileiros.
Você disse que iria mandar para cá produtos que não existiam aqui, como sabonete e computador. Vai colocar esses itens na sua bagagem?
Estava errado. Há as duas coisas aí. Mas você acha que não tenho nada melhor para fazer do que ficar aqui sentado falando do país para o qual nós [americanos] enviamos os computadores? Estou feliz por termos feito isso.
Você pareceu tímido no vídeo em que Wanderlei fala para você parar de falar mal do Brasil ou poderia ficar sem os dentes...
Você tem que compreender algo. Primeiro, eu não entendi uma palavra do que ele disse [em inglês] e nem você entendeu.
Mas eu...
[Interrompendo] Wanderlei legendou aquele vídeo porque resmungou de um jeito tão feio que ninguém entendeu. Eu não entendi o que ele disse até ter assistido o vídeo [com as legendas].
Total Créditos da entrevista a FOLHA DE SÃO PAULO
Nesta entrevista concedida à Folha, por telefone, discute sua desconfiança em relação à segurança no Brasil, o risco de sofrer um atentado e o técnico do time rival, Wanderlei Silva.
Leia mais sobre lutas
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Folha - Você se sente seguro no Brasil?
Chael Sonnen - Não.
Você confia na segurança?
Não. Terei uma particular.
Você fez ataques ao Brasil. Acredita que alguém pode pegar uma arma e te dar um tiro?
[Silêncio] Eu... Eu não tinha pensado em tiros, mas acho possível. Estava mais preocupado com a possibilidade de um linchamento, talvez um ataque com faca. Mas acho que é possível, sim.
Você pediu medidas extras de segurança ao UFC no Brasil?
Sim.
De que tipo?
Grandes medidas estão sendo tomadas. [O presidente do UFC] Dana White toma conta desse tipo de coisa. As medidas que ele sugeriu são muito sofisticadas, mais do que eu poderia sugerir. Mas eu entendo que nem nos EUA estou totalmente a salvo.
Se acha que é tão perigoso, por que está vindo para o Brasil?
Porque eu sou um gangster, não vivo com medo. Faço o que eu quero, onde eu quero. Mas gostaria de ir à praia.
Você disse coisas muito desagradáveis sobre Anderson Silva, mas agora diz que o quer em sua equipe. Sua fala tem razões promocionais apenas?
Não. Eu não promovo lutas. Não estou vendendo lutas. Quanto ao Anderson, ele tem que estar presente. Não importa se na minha equipe ou na de Wanderlei, Anderson tem muito a oferecer. Se estivéssemos competindo a conversa seria totalmente diferente. Mas ele é uma figura importante, especialmente para os brasileiros.
Você disse que iria mandar para cá produtos que não existiam aqui, como sabonete e computador. Vai colocar esses itens na sua bagagem?
Estava errado. Há as duas coisas aí. Mas você acha que não tenho nada melhor para fazer do que ficar aqui sentado falando do país para o qual nós [americanos] enviamos os computadores? Estou feliz por termos feito isso.
Você pareceu tímido no vídeo em que Wanderlei fala para você parar de falar mal do Brasil ou poderia ficar sem os dentes...
Você tem que compreender algo. Primeiro, eu não entendi uma palavra do que ele disse [em inglês] e nem você entendeu.
Mas eu...
[Interrompendo] Wanderlei legendou aquele vídeo porque resmungou de um jeito tão feio que ninguém entendeu. Eu não entendi o que ele disse até ter assistido o vídeo [com as legendas].
Total Créditos da entrevista a FOLHA DE SÃO PAULO