Priscilla Carnaval já largou por cima na carreira. Foi terceira colocada no Mundial de bicicross, em 2002, antes de completar nove anos.
Veloz, saltou alto. Chegou a ser sexta do mundo na categoria júnior aos 17, em 2011.
Como nas provas de BMX que disputa, está perto da queda a qualquer momento.
Hoje, aos 19, ela vê a Olimpíada do Rio, em 2016, como linha de chegada ao mesmo tempo em que ficou sem técnico e sem patrocinador.
Priscilla não recebeu a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte neste ano por um erro dela mesma. A ciclista tem direito a R$ 1.850 mensais.
Segundo o governo, está em aberto a prestação de contas da bolsa que ela recebeu em 2011 e, por isso, ainda não recebeu o benefício em 2013. A advogada Lenice Stevaux, mãe da atleta, disse que entregou o último documento que faltava neste mês.
Em setembro, ela teve duas grandes quedas. Na pista, quebrou a mão esquerda. Fora, perdeu o treinador francês Thomas Allier.
Bicampeão mundial, ele a conheceu nos seis meses em que ela morou no centro de treinamento da União Ciclística Internacional, na Suíça, em 2011, bancada pelo Comitê Olímpico Brasileiro.
Desde então, Priscilla pagava cerca de 400 euros (R$ 1.200) mensais para Allier acompanhá-la nas competições fora do Brasil. Quando estava em Sorocaba (a 99 km de São Paulo), ela enviava vídeos gravados pelo irmão, e o técnico francês retornava com comentários e uma planilha de treinamento.
A parceria acabou há cerca de dois meses pois Priscilla parou de pagá-lo em junho. Ele enviou planilhas em julho e agosto, de graça.
Agora, o irmão Douglas, 21, é o técnico dela.
Já peças para a bicicleta ela compra fiado, e paga depois com os prêmios das corridas.
"Dá pra conseguir uma medalha em 2016 se tiver bom treinador e participar das competições internacionais. Sem isso, é complicado", disse Priscilla, que vai trancar o curso de arquitetura em 2014 para se dedicar ao esporte.
"Está desesperador. Se fosse pela razão, tinha parado."
Ela conta que para disputar da Copa do Mundo na Holanda, este ano, a mãe gastou R$ 8.000. Por falta de verba, a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) diz que bancou a ida apenas de Renato Rezende, melhor atleta do país, para esta etapa.
O repasse da Lei Piva para a CBC em 2013 foi de R$ 2,6 milhões. Em outubro, a entidade fechou patrocínio de R$ 17 milhões com a Caixa até 2016. Segundo a entidade, isso ajudará mais atletas a viajarem para o exterior em 2014.
Os obstáculos dos últimos meses derrubaram Priscilla no ranking mundial (28ª). Pela primeira vez no ano, semana passada, perdeu o posto de melhor brasileira para Bianca Quinalha (24ª).
De novo, ela espera se levantar.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2013/11/1376530-revelacao-do-bmx-fica-sem-bolsa-sem-patrocinio-e-perde-tecnico-rumo-a-rio-2016.shtml
Veloz, saltou alto. Chegou a ser sexta do mundo na categoria júnior aos 17, em 2011.
Como nas provas de BMX que disputa, está perto da queda a qualquer momento.
Hoje, aos 19, ela vê a Olimpíada do Rio, em 2016, como linha de chegada ao mesmo tempo em que ficou sem técnico e sem patrocinador.
Priscilla não recebeu a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte neste ano por um erro dela mesma. A ciclista tem direito a R$ 1.850 mensais.
Segundo o governo, está em aberto a prestação de contas da bolsa que ela recebeu em 2011 e, por isso, ainda não recebeu o benefício em 2013. A advogada Lenice Stevaux, mãe da atleta, disse que entregou o último documento que faltava neste mês.
Em setembro, ela teve duas grandes quedas. Na pista, quebrou a mão esquerda. Fora, perdeu o treinador francês Thomas Allier.
Bicampeão mundial, ele a conheceu nos seis meses em que ela morou no centro de treinamento da União Ciclística Internacional, na Suíça, em 2011, bancada pelo Comitê Olímpico Brasileiro.
Desde então, Priscilla pagava cerca de 400 euros (R$ 1.200) mensais para Allier acompanhá-la nas competições fora do Brasil. Quando estava em Sorocaba (a 99 km de São Paulo), ela enviava vídeos gravados pelo irmão, e o técnico francês retornava com comentários e uma planilha de treinamento.
A parceria acabou há cerca de dois meses pois Priscilla parou de pagá-lo em junho. Ele enviou planilhas em julho e agosto, de graça.
Agora, o irmão Douglas, 21, é o técnico dela.
Já peças para a bicicleta ela compra fiado, e paga depois com os prêmios das corridas.
"Dá pra conseguir uma medalha em 2016 se tiver bom treinador e participar das competições internacionais. Sem isso, é complicado", disse Priscilla, que vai trancar o curso de arquitetura em 2014 para se dedicar ao esporte.
"Está desesperador. Se fosse pela razão, tinha parado."
Ela conta que para disputar da Copa do Mundo na Holanda, este ano, a mãe gastou R$ 8.000. Por falta de verba, a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) diz que bancou a ida apenas de Renato Rezende, melhor atleta do país, para esta etapa.
O repasse da Lei Piva para a CBC em 2013 foi de R$ 2,6 milhões. Em outubro, a entidade fechou patrocínio de R$ 17 milhões com a Caixa até 2016. Segundo a entidade, isso ajudará mais atletas a viajarem para o exterior em 2014.
Os obstáculos dos últimos meses derrubaram Priscilla no ranking mundial (28ª). Pela primeira vez no ano, semana passada, perdeu o posto de melhor brasileira para Bianca Quinalha (24ª).
De novo, ela espera se levantar.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2013/11/1376530-revelacao-do-bmx-fica-sem-bolsa-sem-patrocinio-e-perde-tecnico-rumo-a-rio-2016.shtml