A internet adora duas coisas: a “Tecnologia da Moda” e buzzwords. Quando ambas colidem em uma tempestade perfeita, o resultado costuma ser épico. Ao menos na mente das pessoas, claro.
Uma dessas tecnologias da moda que existe desde sempre é a Realidade Virtual. Todo mundo sonha com um holodeck, ou ao menos um dreamatorium. No final topamos até Minority Report, que na prática vira o Kinect, sofre um downgrade pra Leap Motion e ninguém usa.
Um dos brinquedos da moda é o tal Oculus Rift, um equipamento de realidade virtual e imagens 3D que luta desesperadamente para fugir do gueto de brinquedo de gamer. Tem conseguido, toda hora surge um projeto interessante usando o Rift, e os melhores trabalham com a prima pobre mas limpinha da Realidade Virtual, a Realidade Aumentada. Agora um pessoal está experimentando unir drones e Oculus Rift, criando uma ferramenta de telepresença (esse texto vai explodir de buzzwords).
A execução foi bem-feita, mas é uma das interfaces menos intuitivas do Universo. Nós fazemos o tempo todo movimentos autônomos com a cabeça, tentando identificar movimento e sons. Se alguém chama, a reação natural é virarmos a cabeça na direção da pessoa.
Toda nossa movimentação é feita com pernas. E sabe o motivo de termos uma coordenação excelente usando volantes, manches e joysticks?
É porque não faz muito tempo que paramos de usar os braços para saltar de galho em galho. O uso de telepresença em equipamentos militares não é novidade, em um Apache AH-64 o piloto utiliza um monóculo com realidade aumentada e quando ele gira a cabeça, o canhão de 30 mm acompanha.
Pilotar usando uma tela 2D é possível mas qualquer drone se beneficiaria muito de um Oculus Rift, com câmeras girando permitindo 360 graus de visão. Isso sim é um uso excelente. Provavelmente o pessoal do projeto vai se tocar, voltar pros joysticks e deixar a cabeça cumprir sua função original: servir de suporte pros olhos.
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