“Tá no Ar” faz crítica rápida, mas certeira dos absurdos da TV
Mauricio Stycer 11/04/2014 00:48
Uma chamada exibida pouco antes da estreia advertiu o espectador sobre o ritmo de “Tá no Ar: a TV na TV: “O programa pula de canal em canal sem sair da Globo”.
Com a proposta de rir do universo da televisão, o humorístico criado por Marcius Melhem e Marcelo Adnet tentou oferecer ao público, em sua estreia, uma experiência drástica: ficar diante de um aparelho de TV, mas sem poder algum sobre o controle remoto, que freneticamente passa de uma emissora para outra.
“Tá no Ar'' se propõe a resgatar uma velha tradição de programas de humor da emissora, presente desde a década de 60, com foco na crítica bem-humorada ao universo da televisão — “TV0 – TV1″, “Satiricom'', “TV Pirata'', entre outros.
Melhem e Adnet fizeram paródias de várias publicidades famosas (Friboi, Ipiranga, Nextel), piadas com a apelação na TV (“Audiência tá subindo? Bota mais bunda!”), auto-ironia (com Ricardo Macchi falando do seu talento) e até brincadeira com um pronunciamento da presidente Dilma.
Com três aparições, o personagem que encarnou o “crítico da Globo'' acabou sendo um dos destaques do programa. Nordestino, irado, falando diante de uma câmera tremida, ele reproduziu o discurso mais óbvio, sem sutileza, que se propaga nas redes sociais contra a emissora.
Outra atração de peso foi a boa paródia aos programas policiais vespertinos, chamado “Jardim Urgente”. Com o apresentador gritando “foca em mim”, o quadro tratou como caso policial grave a história de uma criança que destruiu um castelinho de areia na praia. “Por isso sou a favor da redução da maioridade penal”, disse o apresentador.
Uma versão de Silvio Santos apareceu brevemente na tela, vivido por Adnet, dizendo: “O que eu tô fazendo neste canal? Tá errado”. Espero que reapareça com mais calma. Também torço para que o programa exiba um segundo episódio da trepidante série “Pesca Mortal''.
A melhor piada, na minha opinão, acabou sendo a versão do seriado “House”, na qual Melhem viveu o médico “Dr. SUS”. Diante dos casos mais graves e horrendos que atendeu no hospital, ele repetia sempre o mesmo diagnóstico: “É virose”.
“Tá no Ar” repetiu, em forma de piada, uma crítica recorrente dos fãs de Adnet, segundo a qual ele era melhor nos tempos da MTV. Foi uma estreia muito boa, mas o ritmo acelerado demais fez a Globo ficar um pouco com a cara da MTV.
http://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/2014/04/11/ta-no-ar-faz-critica-rapida-mas-certeira-dos-absurdos-da-tv/
Peguei o finzinho do programa e até curti. Grobo parece que deu carta branca pro Adnet fazer o que bem entender no programa. Até Jesus cantando rap rolou (prum canal tão católico com a Grobo até estranhei isso).
E citaram até o caso da Sherazade, onde um apresentador de telejornal dá uma opinião sobre um lance, e aí todo mundo ali no programa, pára pra criticar a opinião dele e no fim, ele é demitido no ar. rsrsrs