Bom, aproveitei uma temporada de desenterradas e revisitei o jogo, terminando pela primeira vez. Curto, dá pra terminar a campanha em um dia ou dois.
Como todo mundo sabe, é um jogo com gameplay relativamente raso, e visualmente bem bonito. Quando há sequências de hordas, ou ondas seguidas, fica um pouco repetitivo mesmo. Mas o jogo consegue quebrar isso quase sempre, inserindo seções em que se controla um pelotão (com mecânicas de escudo e lanças), um pouco de exploração para pegar colecionáveis e desbloquear extras, cutscenes, ou até algumas seções meio tower defense, com uso de balistas.
O combate é baseado em combos, e quando o inimigo fica com pouca energia, pode-se acionar uma execução, que consiste em uma sequência de QTEs, que recompensa com mais ou menos pontos se realizada com sucesso. Pode-se escolher o destino desses pontos a qualquer momento da partida pelo D-PAD, e também há um menu onde pode-se evoluir a energia e outras habilidades.
Cada inimigo tem uma estratégia particular para se enfrentar, então enfrentar grupos é mais um exercício mental do que de habilidade manual. Há momentos que que o timing é bastante exigente, talvez sejam os momentos mais difíceis do jogo.
O jogo usa cutscenes pre-renderizadas, o que a princípio parece negativo e pouco usado nas gerações recentes. Mas isso é contornado quando se percebe que isso permite que as cenas sejam bem caprichadas na captura facial e labial - o que não passa batido nas cenas com os irmãos Commodus e Basilius, cujos atores capricharam bastante na interpretação, parecendo que a tecnologia os favorece em especial.
A história melhora conforme progride, complicando a guerra entre Roma e os bárbaros celtas, contexto em que o protagonista Nero busca vingar sua família, inserindo conflitos políticos internos e intervenção dos deuses. Das cenas que mais me marcaram, estão o a batalha aos pés do boneco de vime, toda a parte que se luta no coliseu, e a sequência final de Marius.
Grande mérito da história e dos gráficos também está na variedade de cenários. Mesmo locais revisitados voltam com apresentações diferentes.
A parte técnica da versão PC é bem discutível, mesmo com PCs mais robustos o jogo sofre com stutterings, e até jogadores que conseguem fazer o jogo utilizar mais do processador simplesmente abrindo o programa Origin. Mas nada que impossibilite a jogar.
O MP ainda não destrinchei, depois comento caso eu jogue.
RESUMO: um jogo claramente feito pra demonstrar o poder visual do início da geração e da engine da Crytek, mas que perde pontos no gameplay, e que exige uma certa insistência para se chegar aos momentos mais legais.
Fotos da jogatina, perdão pelo motion blur: