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Direitices...

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Grau Hut
12 participantes

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Dopefish escreveu:
Cara, eu não sei pq esse choro todo quando atribuem uma ideologia a um espectro político. Não é pq o nazismo seja de esquerda/direita que um cara de esquerda/direita automaticamente vira um assassino de minorias.

Vamos parar com esse negócio de generalização pq generalizar é coisa da esquerda :troll:


leia o que eu li e verá que não estou generalizando (falei inclusive "ESSA direita"). Minha crítica está sendo especificamente contra esse grupo, o qual parece estar crescendo. Não é direcionada, por exemplo, contra o pessoal do Instituto Liberal, os quais apesar de eu não concordar com os posicionamentos e modelos defendidos, nunca vi pedindo intervenção militar nem dizendo algo bom da ditadura militar. O que escrevi não se refere aos liberais- democratas SÉRIOS, por exemplo. Não concordo e me oponho intelectualmente ao Instituto Liberal, mas procure em todos os meus posts e veja se em algum momento fiz algum ataque a eles (desconsidere alguma eventual piada... aí é porque a zoeira não tem limites Rindo )

A reportagem de onde tirei a foto tinham outras fotos de outras pessoas de direita que eu não me irritei. teve uma dizendo "não ao bolivarianismo. Sim a democracia e liberdade" (ou algo assim). Esse posicionamento dela é de liberal clássico, a prióri. A maior crítica que eu posso fazer é que ela sabe ou entende bem pouco de bolivarianismo para achar que ele é incompatível com democracia ou liberdade. A principal crítica de matriz liberal ao bolivarianismo é que no bolivarianismo temos de fato um Estado  forte e que interfere mais na vida do país do que um liberal (ou mais ainda um neoliberal) defende.

Quanto a generalizar ser coisa de esquerda... leva a mal não... isso é muito mais coisa de direita... já teve gente de direita dizendo que eu "sou do PT" por ser de esquerda, mesmo eu sendo esquerda independente que no geral está na oposição ao PT. Aqui no Brasil então, a maioria das pessoas acha que se você é de esquerda você é petista, e se você critica a direita (ou o Aécio, no momento específico atual) você está defendendo o PT. Um conhecido meu veio dizer que eu estava defendendo o PT por repassar um texto do Elio Gaspari onde ele fala da corrupção dos tempos FHC e da impunidade sobre os corruptos. O próprio Élio Gaspari em nenhum momento eximiu o PT ou disse que o PT não tinha corrupção, mas relembrou o passado do PSDB. E para esse indivíduo em especial (que votou no Aécio) por repassar o texto, eu estava defendendo o PT.
E olha que no 2o turno eu votei nulo :tudobem:

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Guitto escreveu:
Do jeito que o governo do PT chama de classe média quem ganha qualquer 150 conto, até eu devo ser elite perante eles, hahahaha!


Esse é um ponto que eu venho criticando bastante no PT. O PT muitas vezes está prejudicando a pequena classe média (que é composta por trabalhadores), o pequeno funcionário público, o profissional liberal pequeno e/ou em começo de carreira.
E todos eles são, na minha concepção trabalhadores e não membros da elite.
Mas isso se liga a demagogia e assistencialismo que se tornaram muletas para a permanência do PT no poder.

Última edição por Grau Hut em Ter 18 Nov 2014, 13:07, editado 1 vez(es)

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Guitto escreveu:
"Vamos matar pelo capitalismo!!!"

Nunca ouvi/li isso em lugar algum.


Bom, não com essas palavras mas você pode achar com facilidade a declaração de um general norte- americano durante a Guerra do Vietnã de que foi preciso queimar a vila (com napalm, diga-se de passagem) para salvá-la.
Fora isso não esqueça que os EUA podem não ter dito isso publicamente ou da forma que você falou, mas estiveram por baixo dos panos para retirar do poder Salvador Allende, presidente socialista democrático do Chile eleito democraticamente, a qual resultou na morte de Allende e de centenas de outros.
fora isso a Naomi Klein mostra muito bem que muitas vezes, apesar dos discursos do Milton Friedmann sobre liberdade, seus paradigmas neoliberais da Escola de Chicago só foram de fato inseridos sob ditaduras de direita, como a de Suharto na Indonésia. Procure ler "A Doutrina do Choque- A Ascenção do Capitalismo de Desastre". E nem venha dizer que se nega a ler um livro de um intelectual de esquerda! Eu estou lendo um livro sobre o Keynes no momento! Rindo

E se tiver curiosidade, procure no Google sobre a Operação Fúria Urgente e a invasão de Granada por parte dos EUA e seus parceiros menores (Jamaica,etc).

descriptionDireitices... - Página 2 EmptyRe: Direitices...

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Reznov escreveu:
Grau Hut escreveu:
VRebuli escreveu:
Mó mentira a faixa: O comunismo matou muito mais! :troll:


Eu não vejo muito sentido em ficar fazendo uma pilha de corpos para os dois lados ficarem acusando o outro de ter uma pilha maior, porém de acordo com os livros "O Livro Negro do Capitalismo" e o "Livro Negro do Comunismo" o saldo seria de cerca de 106 milhões de mortos na conta do capitalismo e cerca de 100 milhões na conta do socialismo/ comunismo. O capitalismo ganha no quesito "causou mais mortes diretas & indiretas", levando em consideração o trabalho apresentado em ambos os livros, mesmo que por bem pouco (aquilo que em corrida de cavalos se chamava de "vencer por um nariz"). E não se está levando em conta apenas o nazi- fascismo, mas também as democracias liberais. No entanto acho que independente do "vencedor", ambos acumularam erros enormes.

Ambos os livros foram escritos por vários profissionais respeitados, e obviamente ambos foram geradores de polêmicas, com críticas mútuas (algumas com mais, outras com menos embasamento). O engraçado é que no Brasil os dois foram publicados, enquanto nos EUA só foi publicado o "Livro Negro do Comunismo".
'MURICA!!!!!


Eu entendo que o numero está relacionado a crimes de cunho político certo?


Também, mas não necessariamente. Estão relacionados também a atividades econômicas (como tráfico negreiro durante a época do capitalismo mercantilista, uma atividade que a Inglaterra participou MUITO e de onde saiu boa parte dos recursos acumulados por ela para dar o pontapé inicial em sua poderosa industrialização), ou até a subprodutos de ações políticas e econômicas (mortes causadas por miséria, fome e pobreza, ou devido a "fome artificial/ induzida", como rolou na Ucrânia sob influência soviética, quando uma quantidade absurda de grãos produzidos pela Ucrânia eram levados para Moscou, pois Moscou estaca sob os olhares do mundo, e a Ucrânia ficava em uma situação bem séria).

O termo é esquisito, e não significa que a fome dos ucranianos era "de mentirinha", e sim que a fome não foi gerada por uma crise econômica ou um problema ambiental (seca, etc) e sim que originalmente eles tinham comida, mas a fome acabou acontecendo devido a algum fator político-econômico, sendo portanto "artificial", "induzida".

Obviamente os livros tem seus senões, como por exemplo em "Livro Negro do comunismo" um dos autores coloca na conta do socialismo real as mortes que rolaram na China durante a ocupação japonesa da 2o Guerra- sendo que a Revolução Chinesa é de 1949!
O "Livro Negro do Capitalismo" recebeu críticas por parte da esquerda e da direita também:
a) a esquerda criticou o fato de que os próprios autores falam que a lista é PARCIAL. A esquerda como um todo queria que eles continuassem e fizessem uma lista maior, que existia material para isso, etc.
É aquele lance de fazer duas pilhas de corpos e dizer que a do oponente é maior que a sua...

b) A direita criticou que eles pegaram coisas que não se ligam ao "capitalismo', e sim a própria história e desenvolvimento da civilização ocidental.
A resposta da esquerda foi de que eles, a direita, estavam considerando Capitalismo apenas o mundo pós- revolução industrial, enquanto já era possível encontrar características capitalistas antes, inclusive existindo linhas que tratam o Mercantilismo como prática capitalismo, embora não industrial ("Capitalismo Mercantil"), além de que tais práticas ajudaram, mesmo que indiretamente o capitalismo industrial (como os lucros do tráfico negreiro que a Inglaterra teve, como comentei acima).
Obviamente isso tudo está aberto a crítica, pois aí entra na questão acadêmica dos modelos, conceitos usados, definições e linhas teóricas, políticas e históricas seguidas pelo intelectual. Pode e deve ser criticado e debatido, pois isso é a essência do mundo acadêmico e intelectual.

Só não é legal apenas rotular como "ideológico" (como se a direita também não o fosse) ou como atitude ideológica mal intencionada, como a Veja fez ao falar de "O Livro Negro do Capitalismo". Você pode não concordar com a definição "Capitalismo Mercantil" e criticá-la, mas existem linhas históricas e de pensamento que trabalham com esse viés, não é apenas um argumento retórico falso usado exclusivamente para fins de ataque contra a direita e contra o capitalismo.

Também não é legal publicar um livro e não publicar o outro, como as editoras dos EUA fizeram. Isso é comportamento ideológico-politiqueiro e manipulador, não academicamente ou intelectualmente sério. Na França ambos os livros foram publicados, lidos, criticados e debatidos. No Brasil também. Nos EUA, que se diz a "a terra da liberdade e democracia", não...

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Grau Hut escreveu:
Reznov escreveu:
Grau Hut escreveu:
VRebuli escreveu:
Mó mentira a faixa: O comunismo matou muito mais! :troll:


Eu não vejo muito sentido em ficar fazendo uma pilha de corpos para os dois lados ficarem acusando o outro de ter uma pilha maior, porém de acordo com os livros "O Livro Negro do Capitalismo" e o "Livro Negro do Comunismo" o saldo seria de cerca de 106 milhões de mortos na conta do capitalismo e cerca de 100 milhões na conta do socialismo/ comunismo. O capitalismo ganha no quesito "causou mais mortes diretas & indiretas", levando em consideração o trabalho apresentado em ambos os livros, mesmo que por bem pouco (aquilo que em corrida de cavalos se chamava de "vencer por um nariz"). E não se está levando em conta apenas o nazi- fascismo, mas também as democracias liberais. No entanto acho que independente do "vencedor", ambos acumularam erros enormes.

Ambos os livros foram escritos por vários profissionais respeitados, e obviamente ambos foram geradores de polêmicas, com críticas mútuas (algumas com mais, outras com menos embasamento). O engraçado é que no Brasil os dois foram publicados, enquanto nos EUA só foi publicado o "Livro Negro do Comunismo".
'MURICA!!!!!


Eu entendo que o numero está relacionado a crimes de cunho político certo?


Também, mas não necessariamente. Estão relacionados também a atividades econômicas (como tráfico negreiro durante a época do capitalismo mercantilista, uma atividade que a Inglaterra participou MUITO e de onde saiu boa parte dos recursos acumulados por ela para dar o pontapé inicial em sua poderosa industrialização), ou até a subprodutos de ações políticas e econômicas (mortes causadas por miséria, fome e pobreza, ou devido a "fome artificial/ induzida", como rolou na Ucrânia sob influência soviética, quando uma quantidade absurda de grãos produzidos pela Ucrânia eram levados para Moscou, pois Moscou estaca sob os olhares do mundo, e a Ucrânia ficava em uma situação bem séria).

O termo é esquisito, e não significa que a fome dos ucranianos era "de mentirinha", e sim que a fome não foi gerada por uma crise econômica ou um problema ambiental (seca, etc) e sim que originalmente eles tinham comida, mas a fome acabou acontecendo devido a algum fator político-econômico, sendo portanto "artificial", "induzida".

Obviamente os livros tem seus senões, como por exemplo em "Livro Negro do comunismo" um dos autores coloca na conta do socialismo real as mortes que rolaram na China durante a ocupação japonesa da 2o Guerra- sendo que a Revolução Chinesa é de 1949!
O "Livro Negro do Capitalismo" recebeu críticas por parte da esquerda e da direita também:
a) a esquerda criticou o fato de que os próprios autores falam que a lista é PARCIAL. A esquerda como um todo queria que eles continuassem e fizessem uma lista maior, que existia material para isso, etc.
É aquele lance de fazer duas pilhas de corpos e dizer que a do oponente é maior que a sua...

b) A direita criticou que eles pegaram coisas que não se ligam ao "capitalismo', e sim a própria história e desenvolvimento da civilização ocidental.
A resposta da esquerda foi de que eles, a direita, estavam considerando Capitalismo apenas o mundo pós- revolução industrial, enquanto já era possível encontrar características capitalistas antes, inclusive existindo linhas que tratam o Mercantilismo como prática capitalismo, embora não industrial ("Capitalismo Mercantil"), além de que tais práticas ajudaram, mesmo que indiretamente o capitalismo industrial (como os lucros do tráfico negreiro que a Inglaterra teve, como comentei acima).
Obviamente isso tudo está aberto a crítica, pois aí entra na questão acadêmica dos modelos, conceitos usados, definições e linhas teóricas, políticas e históricas seguidas pelo intelectual. Pode e deve ser criticado e debatido, pois isso é a essência do mundo acadêmico e intelectual.

Só não é legal apenas rotular como "ideológico" (como se a direita também não o fosse) ou como atitude ideológica mal intencionada, como a Veja fez ao falar de "O Livro Negro do Capitalismo". Você pode não concordar com a definição "Capitalismo Mercantil" e criticá-la, mas existem linhas históricas e de pensamento que trabalham com esse viés, não é apenas um argumento retórico falso usado exclusivamente para fins de ataque contra a direita e contra o capitalismo.

Também não é legal publicar um livro e não publicar o outro, como as editoras dos EUA fizeram. Isso é comportamento ideológico-politiqueiro e manipulador, não academicamente ou intelectualmente sério. Na França ambos os livros foram publicados, lidos, criticados e debatidos. No Brasil também. Nos EUA, que se diz a "a terra da liberdade e democracia", não...


Pra mim este termo é associado apenas a eventos políticos e não econômicos. Seria como culpar nós brasileiros pelo assassinato de milhares de índios durante a colonização.

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Grau Hut escreveu:
Dopefish escreveu:
Cara, eu não sei pq esse choro todo quando atribuem uma ideologia a um espectro político. Não é pq o nazismo seja de esquerda/direita que um cara de esquerda/direita automaticamente vira um assassino de minorias.

Vamos parar com esse negócio de generalização pq generalizar é coisa da esquerda :troll:


leia o que eu li e verá que não estou generalizando (falei inclusive "ESSA direita"). Minha crítica está sendo especificamente contra esse grupo, o qual parece estar crescendo. Não é direcionada, por exemplo, contra o pessoal do Instituto Liberal, os quais apesar de eu não concordar com os posicionamentos e modelos defendidos, nunca vi pedindo intervenção militar nem dizendo algo bom da ditadura militar. O que escrevi não se refere aos liberais- democratas SÉRIOS, por exemplo. Não concordo e me oponho intelectualmente ao Instituto Liberal, mas procure em todos os meus posts e veja se em algum momento fiz algum ataque a eles (desconsidere alguma eventual piada... aí é porque a zoeira não tem limites Rindo )

A reportagem de onde tirei a foto tinham outras fotos de outras pessoas de direita que eu não me irritei. teve uma dizendo "não ao bolivarianismo. Sim a democracia e liberdade" (ou algo assim). Esse posicionamento dela é de liberal clássico, a prióri. A maior crítica que eu posso fazer é que ela sabe ou entende bem pouco de bolivarianismo para achar que ele é incompatível com democracia ou liberdade. A principal crítica de matriz liberal ao bolivarianismo é que no bolivarianismo temos de fato um Estado  forte e que interfere mais na vida do país do que um liberal (ou mais ainda um neoliberal) defende.

Quanto a generalizar ser coisa de esquerda... leva a mal não... isso é muito mais coisa de direita... já teve gente de direita dizendo que eu "sou do PT" por ser de esquerda, mesmo eu sendo esquerda independente que no geral está na oposição ao PT. Aqui no Brasil então, a maioria das pessoas acha que se você é de esquerda você é petista, e se você critica a direita (ou o Aécio, no momento específico atual) você está defendendo o PT. Um conhecido meu veio dizer que eu estava defendendo o PT por repassar um texto do Elio Gaspari onde ele fala da corrupção dos tempos FHC e da impunidade sobre os corruptos. O próprio Élio Gaspari em nenhum momento eximiu o PT ou disse que o PT não tinha corrupção, mas relembrou o passado do PSDB. E para esse indivíduo em especial (que votou no Aécio) por repassar o texto, eu estava defendendo o PT.
E olha que no 2o turno eu votei nulo :tudobem:


Meu primeiro ponto não foi um ataque, foi só um comentário. Serve para qualquer lado que brigue por causa disso.

A ultima frase eu falei na brincadeira, pra encher o saco mesmo...mas acontece muito com o pessoal geralmente de esquerda chamar qualquer coisa de "fascismo". Normalmente a pessoa não sabe o que é fascismo, e utiliza essa palavra pra designar quem não concorda com ela...é um tipo de generalização muito comum mesmo. Infelizmente (ou felizmente) na política não é tudo "preto no branco".

[sarcasmo]Seu fascista.[/sarcasmo]

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Reznov escreveu:
Grau Hut escreveu:
Reznov escreveu:
Grau Hut escreveu:
VRebuli escreveu:
Mó mentira a faixa: O comunismo matou muito mais! :troll:


Eu não vejo muito sentido em ficar fazendo uma pilha de corpos para os dois lados ficarem acusando o outro de ter uma pilha maior, porém de acordo com os livros "O Livro Negro do Capitalismo" e o "Livro Negro do Comunismo" o saldo seria de cerca de 106 milhões de mortos na conta do capitalismo e cerca de 100 milhões na conta do socialismo/ comunismo. O capitalismo ganha no quesito "causou mais mortes diretas & indiretas", levando em consideração o trabalho apresentado em ambos os livros, mesmo que por bem pouco (aquilo que em corrida de cavalos se chamava de "vencer por um nariz"). E não se está levando em conta apenas o nazi- fascismo, mas também as democracias liberais. No entanto acho que independente do "vencedor", ambos acumularam erros enormes.

Ambos os livros foram escritos por vários profissionais respeitados, e obviamente ambos foram geradores de polêmicas, com críticas mútuas (algumas com mais, outras com menos embasamento). O engraçado é que no Brasil os dois foram publicados, enquanto nos EUA só foi publicado o "Livro Negro do Comunismo".
'MURICA!!!!!


Eu entendo que o numero está relacionado a crimes de cunho político certo?


Também, mas não necessariamente. Estão relacionados também a atividades econômicas (como tráfico negreiro durante a época do capitalismo mercantilista, uma atividade que a Inglaterra participou MUITO e de onde saiu boa parte dos recursos acumulados por ela para dar o pontapé inicial em sua poderosa industrialização), ou até a subprodutos de ações políticas e econômicas (mortes causadas por miséria, fome e pobreza, ou devido a "fome artificial/ induzida", como rolou na Ucrânia sob influência soviética, quando uma quantidade absurda de grãos produzidos pela Ucrânia eram levados para Moscou, pois Moscou estaca sob os olhares do mundo, e a Ucrânia ficava em uma situação bem séria).

O termo é esquisito, e não significa que a fome dos ucranianos era "de mentirinha", e sim que a fome não foi gerada por uma crise econômica ou um problema ambiental (seca, etc) e sim que originalmente eles tinham comida, mas a fome acabou acontecendo devido a algum fator político-econômico, sendo portanto "artificial", "induzida".

Obviamente os livros tem seus senões, como por exemplo em "Livro Negro do comunismo" um dos autores coloca na conta do socialismo real as mortes que rolaram na China durante a ocupação japonesa da 2o Guerra- sendo que a Revolução Chinesa é de 1949!
O "Livro Negro do Capitalismo" recebeu críticas por parte da esquerda e da direita também:
a) a esquerda criticou o fato de que os próprios autores falam que a lista é PARCIAL. A esquerda como um todo queria que eles continuassem e fizessem uma lista maior, que existia material para isso, etc.
É aquele lance de fazer duas pilhas de corpos e dizer que a do oponente é maior que a sua...

b) A direita criticou que eles pegaram coisas que não se ligam ao "capitalismo', e sim a própria história e desenvolvimento da civilização ocidental.
A resposta da esquerda foi de que eles, a direita, estavam considerando Capitalismo apenas o mundo pós- revolução industrial, enquanto já era possível encontrar características capitalistas antes, inclusive existindo linhas que tratam o Mercantilismo como prática capitalismo, embora não industrial ("Capitalismo Mercantil"), além de que tais práticas ajudaram, mesmo que indiretamente o capitalismo industrial (como os lucros do tráfico negreiro que a Inglaterra teve, como comentei acima).
Obviamente isso tudo está aberto a crítica, pois aí entra na questão acadêmica dos modelos, conceitos usados, definições e linhas teóricas, políticas e históricas seguidas pelo intelectual. Pode e deve ser criticado e debatido, pois isso é a essência do mundo acadêmico e intelectual.

Só não é legal apenas rotular como "ideológico" (como se a direita também não o fosse) ou como atitude ideológica mal intencionada, como a Veja fez ao falar de "O Livro Negro do Capitalismo". Você pode não concordar com a definição "Capitalismo Mercantil" e criticá-la, mas existem linhas históricas e de pensamento que trabalham com esse viés, não é apenas um argumento retórico falso usado exclusivamente para fins de ataque contra a direita e contra o capitalismo.

Também não é legal publicar um livro e não publicar o outro, como as editoras dos EUA fizeram. Isso é comportamento ideológico-politiqueiro e manipulador, não academicamente ou intelectualmente sério. Na França ambos os livros foram publicados, lidos, criticados e debatidos. No Brasil também. Nos EUA, que se diz a "a terra da liberdade e democracia", não...


Pra mim este termo é associado apenas a eventos políticos e não econômicos. Seria como culpar nós brasileiros pelo assassinato de milhares de índios durante a colonização.


Eu entendo seu ponto de vista, daí porque falei que ambos os livros tem pontos questionáveis.

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Dopefish escreveu:
Meu primeiro ponto não foi um ataque, foi só um comentário. Serve para qualquer lado que brigue por causa disso.

A ultima frase eu falei na brincadeira, pra encher o saco mesmo...mas acontece muito com o pessoal geralmente de esquerda chamar qualquer coisa de "fascismo". Normalmente a pessoa não sabe o que é fascismo, e utiliza essa palavra pra designar quem não concorda com ela...é um tipo de generalização muito comum mesmo. Infelizmente (ou felizmente) na política não é tudo "preto no branco".

[sarcasmo]Seu fascista.[/sarcasmo]


Cara, eu detesto esse lance de qualquer coisa chamar de "fascista"... é o troço mais "comunista-de-corredor-de-faculdade" que existe...

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bjdomagrO escreveu:
Engraçado esses "protestos" da elite haeuheauhieuahiuaehua

tri bem embasado


Não entendo uma coisa.Teve uma manifestação dias antes dessa e ninguém falou nada,manifestação do "povão" segundo alguns.

Ai quando a "elite" se manifesta,eles são fascistas??É proibido eles se manifestarem?


Odeio guerra de classes.

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VirtualBoy escreveu:
bjdomagrO escreveu:
Engraçado esses "protestos" da elite haeuheauhieuahiuaehua

tri bem embasado


Não entendo uma coisa.Teve uma manifestação dias antes dessa e ninguém falou nada,manifestação do "povão" segundo alguns.

Ai quando a "elite" se manifesta,eles são fascistas??É proibido eles se manifestarem?


Odeio guerra de classes.


Em geral não se critica o fato deles se manifestarem, mas sim a falta de argumentos, argumentos desconexos/ incoerentes ou direitismo estilo Rodrigo Constantino.
Esse vídeo obviamente pegou o pior dos depoimentos, mas infelizmente tem muita gente pensando assim (já ouvi no dia-a-dia várias declarações semelhantes). Ao se ver esse vídeo deve-se ter em mente que foi feito por eleitores do PT para desqualificar eleitores do Aécio. Estava no contexto de disputa eleitoral.

Eu usei para ilustrar o ponto que é o que eu realmente critico atualmente: gente que está declamando um revisionismo canhestro sobre a ditadura militar e usando isso como argumento para pedir intervencionismo militar, ou até a volta da ditadura- posicionamentos que eu acho que muita gente de direita deve estar de cabelo em pé, pois ser de direita não é sinônimo de ser pró- ditadura (um liberal clássico, por exemplo, seria terminantemente contra, como o economista Francisco de Araújo Santos, professor aposentado da UFRGS), mas a imagem que a galerinha do vídeo passa vai afetar a imagem da direita como um todo.

A direita quer fazer passeata e manifestação contra o PT? Não tenho nada contra. Acho plenamente justo. A democracia é lugar de conflito mesmo e esse grupo tem o mesmo direito que qualquer um para se manifestar, desde que se tenha argumentos e críticas cabíveis, pois a maioria das "críticas" que escuto são ecos das parlapatices de um Rodrigo Constantino, repetidas ao estilo papagaiada.  Dizer que o PT transformou o Brasil em uma "ditadura comunista" é de uma tolice plena, demonstrando desconhecimento do básico de História, Sociologia e Teoria e Ciência política. Defender intervenção militar e ditadura militar como solução para "a corrupção" e "o estado como as coisas estão" é pior ainda- na melhor das hipóteses só pode ser considerado muita ingenuidade, por se ter uma visão idealizada e ingênua das forças armadas.

P.S: Luta de classes e conflito de classes é um conceito bem mais profundo do que as pessoas pensão (muitas vezes são os próprios militantes de esquerda que simplificam ou distorcem o conceito, e propagam imagens demasiadamente simplistas, até caricatas), e não foi o PT que criou "a luta de classes" no Brasil. A luta de classes não pode ser criada por um grupo específico. É algo sistêmico, inerente as especificações do sistema quanto a organização do trabalho, divisão da riqueza, etc.
Dizer que o PT "dividiu" o Brasil é ao mesmo tempo defender uma visão ingênua (que os militares tentavam sempre reforçar) de que o Brasil é um país unido, sem conflitos ou diferenças marcantes, de que "tudo estava bem até o PT chegar no poder" e de que éramos "um povo unido, solidário uns com os outros".
Vou colocar dois textos de um mesmo autor que li tem pouco tempo e que toca nesses ponto. Obviamente não está sendo apresentado com teor de "verdade absoluta e inquestionável", estando completamente aberto a crítica e discussão.

descriptionDireitices... - Página 2 Emptytexto 1 de Rogério Jordão

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Problema brasileiro não é a “divisão”, mas a intolerância
texto de Rogério Jordão

Acho oca a expressão “país dividido” que se espalhou para “explicar” o cenário pós-eleitoral. A começar porque a ideia parte da premissa de que a “nação” pode ser UMA. Como se existisse uma síntese nacional, um TODO com o qual todos os brasileiros pudessem se identificar, sem distinções ou “divisões” (em plena era das redes sociais, do boom de imagens, informações e quetais).
Prefiro imaginar a “nação” brasileira cindida no interior de si própria. O país não está dividido, ele é dividido. Fragmentado, em disputas permanentes de grupos, classes, gerações ou o que seja – e isto não é uma ameaça, pelo contrário, é a força da sociedade. Morei seis meses nos Estados Unidos e jamais vi uma sociedade tão fragmentada (no sentido de INDIVIDUALIZDA) como a americana – e tão forte.
Para encaminhar o argumento: acho que o problema mesmo é a intolerância. Não tolerar o outro, o jeito do outro, a cultura do outro. Penso nas intolerâncias cotidianas no Brasil. Na dificuldade que uma mulher tem, por exemplo, de se vestir como quer e andar na rua. Observada, cantada, espiada e como é comum, também agredida fisicamente. O homem que olha a mulher na rua está invadindo o espaço privado dela. É uma espécie de intolerância que permeia todas as nossas relações sociais: contra as mulheres, contra os gays (não podem se beijar em público; sofrem agressões verbais e físicas), contra os negros (um homem negro dirigindo um carro tem mais chances de ser parado pela polícia do que um homem branco, isto é intolerância, é não aceitar, não permitir, que o outro seja o que é).
Não será o chacoalhar disso tudo o que se reflete nas ruas? Algo que mexe com tudo e com tantos ao mesmo tempo e agora, como um terremoto cultural-político? Parte da tal MUDANÇA que os políticos tentaram captar na TV nos últimos meses?
Nestes termos a intolerância brasileira é cordial. A palavra vem de coração: impulso tanto de amor como de ira, paixão e fúria. A ‘cordialidade brasileira’ acontece quando este impulso passa da esfera privada para a pública. Você não pode ser assim porque eu (o antigo coronel; o homem; o patriarca; aquele que manda) não quero, embora às vezes eu possa até querer. Cordialidade. O nosso inferno.
Siga-me no Twitter (@rogerjord)

FONTE: https://br.noticias.yahoo.com/blogs/rogerio-jordao/problema-brasileiro-nao-e-a-divisao-mas-a-125816747.html

descriptionDireitices... - Página 2 Emptytexto 2 de Rogério Jordão

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Dilma ganhou por mérito próprio
texto de Rogério Jordão

Dilma ganhou na urna por um triz, mas por mérito próprio. Seu principal mérito, ou de sua campanha, foi o de ter elevado a avaliação positiva de governo, de um índice de 32% de ótimo-bom (antes da propaganda na TV) para 46% na véspera das eleições, conforme o Ibope. A aprovação de como ela governa o país saltou de 47% para 58%. Com esses índices, talvez tenha indagado o eleitor, por que mudar?
Quando começou a campanha a baixa aprovação ao governo, que despencou após as manifestações de junho de 2013, era vista como o calcanhar de Aquiles de Dilma. Isto, aliado ao desejo por mudança expresso por mais de 70% dos eleitores nas pesquisas, colocava Dilma como uma candidata que dificilmente enfrentaria com sucesso um segundo turno. Os acontecimentos tomaram outro rumo. Foi uma vitória apertada, mas inconteste.
De alguma maneira a campanha de Dilma convenceu a maioria dos eleitores de que ela expressa a mudança que se quer no país, mudança que segundo a narrativa governista na TV começou em 2002 com a eleição de Lula e significa (em termos amplos) uma longa caminhada rumo a um país socialmente menos desigual. Goste-se ou mão, acredite-se ou não nisso, foi a mensagem abraçada pela maioria dos eleitores.
Da disputa sai o país dividido? Acredito que não.
Há muitas divergências no Brasil, é claro. Talvez fragmentação traduza melhor a realidade política do que “divisão”, pois esta palavra carrega em si uma carga de conflito que vai além da resolução por vias pacíficas ou democráticas. O Brasil não vive uma situação de conflagração nesses termos (isto envolveria certamente choques de interesses econômicos sequer aventados em 2014). Viveu, isso sim, três meses de vivência democrática, que em nosso país, como muita coisa, é também carnavalizada, nos seus arroubos, encenações públicas e exageros, tão nossos.
Nos próximos dias viveremos a nossa quarta-feira de cinzas da campanha eleitoral. A vida continua, com suas belezas e dificuldades.
Siga-me no twitter! (@rogerjord)

FONTE: https://br.noticias.yahoo.com/blogs/rogerio-jordao/dilma-ganhou-por-merito-proprio-231438524.html#more-id

descriptionDireitices... - Página 2 EmptyRe: Direitices...

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Tem pontos que o R. Jordão defende que eu não concordo, outros em que discordo parcialmente, mas esse trecho em especial é bem próximo da minha própria opinião:

"Da disputa sai o país dividido? Acredito que não.
Há muitas divergências no Brasil, é claro. Talvez fragmentação traduza melhor a realidade política do que “divisão”, pois esta palavra carrega em si uma carga de conflito que vai além da resolução por vias pacíficas ou democráticas. O Brasil não vive uma situação de conflagração nesses termos (isto envolveria certamente choques de interesses econômicos sequer aventados em 2014). Viveu, isso sim, três meses de vivência democrática, que em nosso país, como muita coisa, é também carnavalizada, nos seus arroubos, encenações públicas e exageros, tão nossos."

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Sei lá, pra mim esses eleitores fundamentalistas e extremistas queimaram o filme do Aécio com muita gente, fogo amigo mesmo. O Lula chegou ao poder justamente pregando o diálogo, o respeito aos contratos firmados, enfim, o Lula paz e amor foi a derrocada da ala radical do PT. 
Aí um brasileiro médio escuta esse discurso cheio de ódio e ideias extremas, o cara fica com um pé atrás, porque se o Aécio tem um discurso e os eleitores dele tem outro, dá muita margem pra interpretação. Ninguém quer gente desequilibrada no poder.

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Crude Dude escreveu:
Sei lá, pra mim esses eleitores fundamentalistas e extremistas queimaram o filme do Aécio com muita gente, fogo amigo mesmo. O Lula chegou ao poder justamente pregando o diálogo, o respeito aos contratos firmados, enfim, o Lula paz e amor foi a derrocada da ala radical do PT. 
Aí um brasileiro médio escuta esse discurso cheio de ódio e ideias extremas, o cara fica com um pé atrás, porque se o Aécio tem um discurso e os eleitores dele tem outro, dá muita margem pra interpretação. Ninguém quer gente desequilibrada no poder.


Belo exemplo. Eu mesmo, quase deixei de votar no Aécio quando o Feliciano lhe declarou apoio.

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