Um grupo civil lançou a "Campanha contra o sexo com robôs", que visa a combater relações sexuais "artificiais, antiéticas e amorais".
A campanha, criada pelos especialistas em Ética Kathleen Richardson, da De Montfort University (Inglaterra), e Erik Billing, da Universidade de Skövde (Suécia), tem como alvo, além dos robôs, as bonecas hiperrealistas dos dois sexos.
Em entrevista à BBC, Kathleen disse que os robôs "contribuem para a degradação das relações entre homens e mulheres, adultos e crianças, homens e homens e mulheres e mulheres". No site do grupo, há mais defesa da tese:
"Acreditamos que o desenvolvimento desses robôs do sexo faz das mulheres e das crianças objetos. O desenvolvimento desse robôs do sexo e as ideias que apoiam a sua produção mostram os imensos horrores ainda presentes no mundo da prostituição, que é construído sobre a 'percebida' inferioridade de mulheres e crianças e, assim, justificam o uso delas como objetos sexuais".
A empresa americana True Companion diz estar produzindo comercialmente "o primeiro robô do sexo". Roxxxy custará cerca de R$ 26,5 mil e já tem milhares de pedidos. O protótipo foi lançado em 2010, em uma exposição da indústria do entretenimento adulto em Las Vegas (EUA). O criador, o engenheiro Douglas Hine, incrementou Roxxy com inteligência artificial e pele humana sintética.
Em um mundo menos tecnológico, as bonecas hiperrealistas, sem inteligência artificial mas com detalhes sexuais bem próximos da realidade, já têm grande aceitação no mercado.
No livro "Love and Sex with Robots", o autor David Levy afirma que as relações entre humanos e robôs estão se tornando mais comuns e, até 2050, serão consideradas normais. O artista Stacy Leigh, que trabalha com modelos hiperrealistas, afirma que "no futuro, amaremos robôs". Alguns teóricos do tema afirmam que atividade sexual com robôs poderá ser a solução para a superpopulação mundial. Pelo menos, por enquanto, é difícil imaginar que eles possam engravidar.
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