Pedro Henrique Lutti Lippe
Do UOL, em São Paulo
03/05/2017 04h00
A Nintendo acredita que o Switch pode igualar o fenômeno Wii em total de vendas, e tem números para reforçar o argumento.
Desacreditado por analistas, o console foi lançado no início de março, e em menos de um mês já beirava a marca das 3 milhões de unidades vendidas. É a plataforma Nintendo que mais vendeu na estreia. Em resposta, a empresa acelerou as linhas de produção e aumentou as expectativas de vendas para o primeiro ano.
Não é absurdo pensar que até março de 2018 o Switch já terá vendido mais que o Wii U ao longo de toda a sua vida.
E é justamente o legado do Wii U que pesava contra o novo videogame antes dele tornar-se realidade. Afinal, a Nintendo vinha de seu maior fracasso desde o Virtual Boy.
"O caminho que a Nintendo pode tomar para ter um novo console de sucesso não é claro," disse em abril de 2016, ao GamesIndustry.biz, o analista da EEDAR Patrick Walker. "O mercado é limitado demais para um console que tem como principal forte as marcas da Nintendo, e jogos controlados por movimento evoluíram de uma febre mainstream para um nicho. Encontrar um mercado para um terceiro console HD será um desafio."
Outro analista, Michael Pachter afirmou na época que a Nintendo tinha perdido muito espaço para PlayStation e Xbox, e que recuperá-lo seria muito difícil.
Ao longo de todo o ano passado, analistas ainda ecoavam o sentimento de que o Switch não estaria pronto a tempo de seu lançamento, que já era previsto para março.
Não houve adiamento: o console já é uma realidade, e vem conquistando jogadores que há tempos tinham abandonado a Nintendo. Pergunte para qualquer um deles, e os dois motivos por trás da virada que a marca sofreu são claros.
Em primeiro lugar, jogos. Os dois primeiros grandes lançamentos do Switch, "The Legend of Zelda: Breath of the Wild" e "Mario Kart 8 Deluxe", são os dois lançamentos de 2017 mais bem avaliados no site agregador de notas Metacritics.
Para o público, pouco importa se os dois jogos também têm versões para o Wii U. Afinal, o Switch tem um segundo trunfo: seu conceito vitorioso.
.
Jogar no Switch é legal e diferente - o suficiente para fazer com que quem jogue fale com os amigos sobre a experiência.
A Nintendo ainda não errou com o Switch, e o calendário de próximos lançamentos para o sistema mostra que a sequência vitoriosa deve continuar. "Minecraft", "ARMS" e "Splatoon 2" irão manter a atenção voltada para o console pelos próximos meses, e pouco a pouco a Nintendo provará que há, sim, espaço para terceira plataforma HD no mercado.
https://jogos.uol.com.br/ultimas-noticias/2017/05/03/de-desacreditado-a-fenomeno-de-vendas-como-o-nintendo-switch-virou-o-jogo.htm
Do UOL, em São Paulo
03/05/2017 04h00
A Nintendo acredita que o Switch pode igualar o fenômeno Wii em total de vendas, e tem números para reforçar o argumento.
Desacreditado por analistas, o console foi lançado no início de março, e em menos de um mês já beirava a marca das 3 milhões de unidades vendidas. É a plataforma Nintendo que mais vendeu na estreia. Em resposta, a empresa acelerou as linhas de produção e aumentou as expectativas de vendas para o primeiro ano.
Não é absurdo pensar que até março de 2018 o Switch já terá vendido mais que o Wii U ao longo de toda a sua vida.
E é justamente o legado do Wii U que pesava contra o novo videogame antes dele tornar-se realidade. Afinal, a Nintendo vinha de seu maior fracasso desde o Virtual Boy.
"O caminho que a Nintendo pode tomar para ter um novo console de sucesso não é claro," disse em abril de 2016, ao GamesIndustry.biz, o analista da EEDAR Patrick Walker. "O mercado é limitado demais para um console que tem como principal forte as marcas da Nintendo, e jogos controlados por movimento evoluíram de uma febre mainstream para um nicho. Encontrar um mercado para um terceiro console HD será um desafio."
Outro analista, Michael Pachter afirmou na época que a Nintendo tinha perdido muito espaço para PlayStation e Xbox, e que recuperá-lo seria muito difícil.
Ao longo de todo o ano passado, analistas ainda ecoavam o sentimento de que o Switch não estaria pronto a tempo de seu lançamento, que já era previsto para março.
Não houve adiamento: o console já é uma realidade, e vem conquistando jogadores que há tempos tinham abandonado a Nintendo. Pergunte para qualquer um deles, e os dois motivos por trás da virada que a marca sofreu são claros.
Em primeiro lugar, jogos. Os dois primeiros grandes lançamentos do Switch, "The Legend of Zelda: Breath of the Wild" e "Mario Kart 8 Deluxe", são os dois lançamentos de 2017 mais bem avaliados no site agregador de notas Metacritics.
Para o público, pouco importa se os dois jogos também têm versões para o Wii U. Afinal, o Switch tem um segundo trunfo: seu conceito vitorioso.
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Jogar no Switch é legal e diferente - o suficiente para fazer com que quem jogue fale com os amigos sobre a experiência.
A Nintendo ainda não errou com o Switch, e o calendário de próximos lançamentos para o sistema mostra que a sequência vitoriosa deve continuar. "Minecraft", "ARMS" e "Splatoon 2" irão manter a atenção voltada para o console pelos próximos meses, e pouco a pouco a Nintendo provará que há, sim, espaço para terceira plataforma HD no mercado.
https://jogos.uol.com.br/ultimas-noticias/2017/05/03/de-desacreditado-a-fenomeno-de-vendas-como-o-nintendo-switch-virou-o-jogo.htm