Color TV-Game 6 era um videogame que contava com seis versões alternativas do jogo Pong, conhecidas como Light Tennis. Lançado em 1977 no Japão, o sistema foi desenvolvido em parceria com a Mitsubishi Electronics e marcou a primeira incursão da Nintendo no mundo dos consoles de mesa. Conheça sua história completa.
Fundada em 1889, a Nintendo já havia desbravado diversos mercados antes de apostar nos videogames. Foram décadas de trabalho com baralhos de Hanafuda, venda de arroz instantâneo, administração de redes de hotéis e táxis, e até mesmo atuação como fabricante de brinquedos.
Apenas em 1977, Hiroshi Yamauchi, então presidente da companhia, reconheceu o potencial dos videogames e lançou o Color TV-Game 6, dando início à longa e bem-sucedida trajetória que muitos creem, equivocadamente, ter começado apenas no Game & Watch, em 1980 ou no NES, em 1983.
O aparelho aproveitava o sucesso alcançado pelo fliperama Pong, lançado pela Atari em 1972, e apostava em meia dúzia de variações do clássico game de tênis para dois jogadores. Como o mercado norte-americano já estava era bem explorado por empresas como a Atari, Coleco, Magnavox e Channel F, a Nintendo preferiu lançar os aparelhos da linha Color TV-Game apenas no Japão, onde a concorrência era menor.
A decisão foi acertada, já que o primeiro Color TV-Game vendeu mais de 1 milhão de unidades, e ganhou três sucessores: o Color TV-Game 15 (em 1978, com 15 versões de Light Tennis), Color TV-Racing 112 (ainda em 1978, dessa vez um jogo de corrida) e, finalmente, Color TV-Game Block Kuzushi (de 1979, inspirado em Breakout).
Mas os primeiros consoles foram vendidos sem retorno financeiro para a empresa. Yamauchi acreditava que aparelhos similares não faziam grande sucesso devido ao alto custo para o consumidor. Dessa maneira, o presidente da Nintendo exigiu que o Color TV-Game 6 fosse o sistema mais barato do mercado, aceitando o prejuízo até que o preço do desenvolvimento fosse reduzido, uma filosofia da Nintendo que ainda perdura atualmente.
A Mitsubishi planejava lançar um aparelho de videogame em parceria com a Systek, mas como não deu certo, restou à desenvolvedora de carros buscar ajuda nos escritórios da Nintendo em Quioto, no Japão.
O acordo com Hiroshi Yamauchi foi um sucesso. Assim, a Mitsubishi Electronics forneceu o processador e alguns componentes técnicos para tornar o Color TV-Game 6 em realidade, e a Nintendo ficou responsável pelo visual, design e desenvolvimento dos jogos
Diferente dos próximos investimentos da Nintendo, o Color TV-Game 6 não trazia entradas para cartuchos nem joysticks separados da carcaça do aparelho. O console contava apenas com um jogo, Light Tennis, pré-instalado na memória.
A edição mais famosa era alaranjada e tinha um cabo de força e de vídeo, mas também havia uma versão mais rara que funcionava com seis pilhas AA, identificada pelo revestimento em cor branca.
Independente do modelo, os seis botões na parte frontal do console permitiam modificar sutilmente a jogabilidade básica do clone de Pong. Era possível mudar o tamanho dos personagens do primeiro e/ou segundo jogador, alterar a velocidade de deslocamento da bolinha e até mesmo acrescentar um novo par de raquetes no meio da quadra.
Justificando o nome do console, também era possível alterar a cor da quadra de verde para laranja ou azul. Por fim, também podia inserir obstáculos no meio da tela a fim de atrapalhar os dois usuários. As raquetes eram movidas por duas alavancas localizadas nas extremidades do aparelho, o que obrigava os dois jogadores a sentarem bem próximos ao videogame.
As versões seguintes do Color TV-Game trouxeram avanços significativos que influenciaram o futuro da Nintendo como produtora de consoles. Já no Color TV-Game 15 havia joysticks ligados ao videogame por longos cabos, permitindo aos jogadores sentarem mais longe do aparelho
As vendas expressivas abriram as portas para que a Nintendo pudesse investir nos fliperamas que lhe deram fama. Em 1979 foi lançado o arcade Radar Scope e, em 1980, foi a vez dos portáteis Game & Watch alcançarem o estrelato.
Fonte: Techtudo e Nintendo Oldschool
Fundada em 1889, a Nintendo já havia desbravado diversos mercados antes de apostar nos videogames. Foram décadas de trabalho com baralhos de Hanafuda, venda de arroz instantâneo, administração de redes de hotéis e táxis, e até mesmo atuação como fabricante de brinquedos.
Apenas em 1977, Hiroshi Yamauchi, então presidente da companhia, reconheceu o potencial dos videogames e lançou o Color TV-Game 6, dando início à longa e bem-sucedida trajetória que muitos creem, equivocadamente, ter começado apenas no Game & Watch, em 1980 ou no NES, em 1983.
O aparelho aproveitava o sucesso alcançado pelo fliperama Pong, lançado pela Atari em 1972, e apostava em meia dúzia de variações do clássico game de tênis para dois jogadores. Como o mercado norte-americano já estava era bem explorado por empresas como a Atari, Coleco, Magnavox e Channel F, a Nintendo preferiu lançar os aparelhos da linha Color TV-Game apenas no Japão, onde a concorrência era menor.
A decisão foi acertada, já que o primeiro Color TV-Game vendeu mais de 1 milhão de unidades, e ganhou três sucessores: o Color TV-Game 15 (em 1978, com 15 versões de Light Tennis), Color TV-Racing 112 (ainda em 1978, dessa vez um jogo de corrida) e, finalmente, Color TV-Game Block Kuzushi (de 1979, inspirado em Breakout).
Mas os primeiros consoles foram vendidos sem retorno financeiro para a empresa. Yamauchi acreditava que aparelhos similares não faziam grande sucesso devido ao alto custo para o consumidor. Dessa maneira, o presidente da Nintendo exigiu que o Color TV-Game 6 fosse o sistema mais barato do mercado, aceitando o prejuízo até que o preço do desenvolvimento fosse reduzido, uma filosofia da Nintendo que ainda perdura atualmente.
A Mitsubishi planejava lançar um aparelho de videogame em parceria com a Systek, mas como não deu certo, restou à desenvolvedora de carros buscar ajuda nos escritórios da Nintendo em Quioto, no Japão.
O acordo com Hiroshi Yamauchi foi um sucesso. Assim, a Mitsubishi Electronics forneceu o processador e alguns componentes técnicos para tornar o Color TV-Game 6 em realidade, e a Nintendo ficou responsável pelo visual, design e desenvolvimento dos jogos
Diferente dos próximos investimentos da Nintendo, o Color TV-Game 6 não trazia entradas para cartuchos nem joysticks separados da carcaça do aparelho. O console contava apenas com um jogo, Light Tennis, pré-instalado na memória.
A edição mais famosa era alaranjada e tinha um cabo de força e de vídeo, mas também havia uma versão mais rara que funcionava com seis pilhas AA, identificada pelo revestimento em cor branca.
Independente do modelo, os seis botões na parte frontal do console permitiam modificar sutilmente a jogabilidade básica do clone de Pong. Era possível mudar o tamanho dos personagens do primeiro e/ou segundo jogador, alterar a velocidade de deslocamento da bolinha e até mesmo acrescentar um novo par de raquetes no meio da quadra.
Justificando o nome do console, também era possível alterar a cor da quadra de verde para laranja ou azul. Por fim, também podia inserir obstáculos no meio da tela a fim de atrapalhar os dois usuários. As raquetes eram movidas por duas alavancas localizadas nas extremidades do aparelho, o que obrigava os dois jogadores a sentarem bem próximos ao videogame.
As versões seguintes do Color TV-Game trouxeram avanços significativos que influenciaram o futuro da Nintendo como produtora de consoles. Já no Color TV-Game 15 havia joysticks ligados ao videogame por longos cabos, permitindo aos jogadores sentarem mais longe do aparelho
As vendas expressivas abriram as portas para que a Nintendo pudesse investir nos fliperamas que lhe deram fama. Em 1979 foi lançado o arcade Radar Scope e, em 1980, foi a vez dos portáteis Game & Watch alcançarem o estrelato.
Fonte: Techtudo e Nintendo Oldschool