Um dos desejos mais profundos de muitos seres humanos é o de ludibriar a morte, ou seja, de conseguir a vida eterna. Hoje, as nossas descobertas na área da medicina mostram que é extremamente difícil, para não dizer impossível, manter o corpo funcionando para sempre. Mas será mesmo impossível ser imortal? Bom, eis aqui um camarada que, segundo reza a lenda, conseguiu esse feito...
Um homem de notável inteligência, origem misteriosa e hábitos excêntricos, que intrigava vários de seus contemporâneos e que continua surpreendendo estudiosos até os dias de hoje. O chamado Conde de St Germain é uma das figuras mais fascinantes do século XVIII. Relatos clamam que St. Germain foi alquimista, pianista, violinista, inventor, aventureiro, químico, compositor amador, charlatão e freqüente presença em várias cortes européias.
Teria convivido com grandes figuras como o Rei Luís XV da França, Madame de Pompadour, Catarina a Grande da Rússia, o filósofo francês Voltaire, Frederico o Grande da Prússia e muitos outros. Estaria sempre com a aparência de um homem de 45 anos um pouco rechonchudo, mesmo que várias décadas tivessem se passado. Possuiria incríveis conhecimentos de história e outros assuntos, além de supostamente produzir um elixir da imortalidade que explicaria sua sobre-humana disposição. Há teorias que afirmam até que o Conde de St Germain era na verdade um extraterrestre visitando nosso planeta. O que pode ser surpreendente mesmo para muitos é o fato do Conde ter realmente existido. Há evidências históricas, como correspondências, anotações e até um suposto retrato, que provam a existência de uma pessoa que seria a base de todos esses mitos.
Mesmo assim, não há nada que possa ser inteiramente provado sobre o Conde, salvo que gostava de criar uma aura de mistério diante de quem o conhecia.A primeira teoria, que supostamente foi confirmada pelo próprio Conde em uma conversa com o Príncipe Karl de Hesse-Kassel, Governador de Schleswig-Holstein e seu principal pupilo em seus últimos anos de vida, é a de que St Germain era filho do Príncipe Francis II Rákóczi, da Transilvânia, com sua primeira esposa. Chegou-se até a afirmar que seu nome verdadeiro seria Rákóczi Lipót Lajos György József Antal. Infelizmente, não há como se confirmar essa teoria, já que o próprio Conde não era uma fonte muito confiável.
A segunda teoria afirma que Saint Germain era um filho ilegítimo da rainha da Espanha e viúva de Carlos II, Maria Anna. Além dessas duas, outras hipóteses populares para a origem dessa figura variam desde que ele era o Judeu Errante (outra figura que também merece post aqui no Medo B!), que era o filho de um mercador russo ou até que seria um tal de Signor Gualdi, um cantor que surpreendera Viena em 1687. O ano de nascimento do Conde também cria bastante polêmica. Algumas fontes apontam para 1712, já outras sugerem que seria 1690. Como tudo que cerca essa figura, a data precisa é algo bastante incerto.
Só podemos afirmar com certeza sobre o Conde de Saint Germain em 1745, quando ele é mencionado em uma carta enviada por Horace Walpole, o 4° Conde de Orford, para Horace Mann, um famoso educador americano. Eis aqui o trecho em que o St. Germain é mencionado:
"O reitor de Edinborough está com a custódia de um mensageiro, e outro dia, eles apreenderam um homem estranho, que atende pelo nome de Conde St-Germain. Ele esteve aqui nestes dois anos, não vai dizer quem ele é ou de onde é, mas professa duas coisas muito surpreendentes, o primeiro que este não é seu nome verdadeiro, e a segunda que ele nunca teve qualquer relacionamento, ou desejo de ter qualquer relacionamento com qualquer mulher - ou melhor, nem com qualquer outro tipo de pessoa. Ele canta, toca no violino maravilhosamente, compõe, é louco, e não muito sensato. Ele é chamado de um italiano, um espanhol, um polonês, um alguém que casou com uma mulher de grande fortuna no México e fugiu com as suas jóias para Constantinopla, um padre, um violinista, um nobre vasto. O Príncipe de Gales teve uma insaciável curiosidade sobre ele, mas em vão. No entanto, nada foi feito contra ele, ele é libertado, e o que me convence de que ele não é um cavalheiro, fica aqui, e fala de ele ter sido preso como espião.”
No ano seguinte a este, em 1746, o Conde apresenta algumas de suas músicas em Londres. Depois disso, ele desapareceria dos registros por 12 anos, até reaparecer em Versalhes em 1758, sendo apresentado à Corte de Luís XV pelo Marechal de Belle-Isle, afirmando ter boa qualidade de pigmentos para tecido para oferecer à França, e sendo alojado no Chateau de Chambord. Também ali na França iria estimular rumores a seu respeito, apesar de ter passado lá um período de apenas dois anos. Foi o suficiente para atrair a atenção do Rei e de sua amante, Madame de Pompadour e ingressar em seu círculo de amigos íntimos, o que imediatamente alarmou o ministro Choiseul. O ministro temia que a presença de um homem de origem desconhecida tão próximo ao rei poderia ser uma ameaça à segurança de Luís. Quando St.Germain é mandado para Amsterdã, Choiseul então ordena sua prisão, mas ele consegue escapar para a Inglaterra. O filósofo Voltaire discutiu a façanha do Conde com Frederico, o Grande, rei da Prússia, por intermédio de cartas. A conversa contida nelas prova que os dois não eram apegados a St.Germain como outrem poderia pensar - Frederico inclusive se referiu a ele como "uma piada".
Posteriormente, Saint Germain passaria pela Holanda até São Petersburgo na Rússia, curiosamente no mesmo período em que houve o golpe de estado que colocou Catarina, a Grande, no poder, não havendo provas de que ele se envolveu no evento. Depois de um ano foi para a Bélgica, onde adotou o nome de Surmont e tentou mais uma vez fazer negócios com o Estado. Apesar de aparentemente as transações comerciais não terem dado muito certo, registros de reuniões do ministro belga Karl Cobenzl com Saint Germain sobreviveram nos arquivos do governo. Lá Karl afirma ter descoberto sobre o “ilustre nascimento” do Conde (infelizmente, ele não nos narra qual seria) e ter testemunhado algumas de suas experiências alquímicas.
Depois de mais um longo desaparecimento de 11 anos, Saint Germain reaparece na Bavária, em relatos de um cavalheiro chamado Freiherr Reinhard Gemmingen-Guttenberg. Freiherr afirma ter conhecido o Conde como um italiano já idoso, fabricante de tintas e filantropo, com um uniforme de general do exército russo no armário. O relato, porém, foi escrito 37 anos depois de tal encontro ter acontecido, o que coloca um pouco em dúvida a veracidade dos fatos de Freiherr.
Dois anos mais tarde, o Conde está na Alemanha (Prússia, na época), sob o nome de Conde Welldone. Mais uma vez, ele oferece mercadorias ao estado como cosméticos, vinhos, marfim, papel, licores e claro, tintas para tecido. Todas as negociações foram documentadas e aparentam ser legítimas, apesar de Saint Germain exagerar em seus encontros com os emissários do rei Frederico sobre suas viagens e seus conhecimentos de alquimia. É nesse período que o Conde conhece seu discípulo, o Príncipe Karl, e começa a ensiná-lo química e a distribuir medicamentos à base de ervas aos pobres.
Depois de cinco anos nessa longa rotina, em 27 de fevereiro de 1784, o Conde veio a falecer (supostamente) de tuberculose. O relato de um médico presente durante a cena leva ao mundo a notícia de sua morte, mas ela não foi suficiente pra apagar da história seu legado: relatos de aparições de Sr.Germain em diversas localidades "desmentiram" tal fato. Anos depois da suposta “morte” de Saint Germain, ele começou a ser avistado em vários lugares. Fora visto no Egito por tropas de Napoleão, teria ensinado segredos de ocultismo a Helena Blavatsky, e teria até alertado Maria Antonieta sobre a vindoura revolução francesa antes que acontecesse. Napoleão III teria um dossiê com todas as aparições do Conde, mas este infelizmente se perdeu em um incêndio.
Uma das explicações sobre a suposta “imortalidade” do Conde seria a de que ele fora bastante parodiado por atores, mímicos e palhaços, além de alguns escritores de imaginação fértil que o tornaram personagem de suas histórias (inclusive, Saint Germain é um vampiro em uma série de livros recente) e vários outros Saint Germains reais com quem ele foi confundido, como por exemplo, o general francês Claude-Louis de Saint Germain, que também era conde; Pierre-Renault de Saint Germain, governador de Calcutá em 1750; e Robert-François Quesnay de Saint Germain, que foi muito ativo em sociedades secretas. Histórias do Conde na Índia, ou como General da Prússia, ou participando de seitas podem ter sido inspiradas nessas pessoas reais (e com vidas mais documentadas). Também vale a pena mencionar o jovem Richard Chanfray, que depois de uma juventude problemática, problemas de amnésia e até uma tentativa de suicídio, teve vários sonhos nos quais foi convencido ser o Conde de Saint Germain, e passou a agir como o mesmo desde então.
Então, quais seriam os supostos poderes do Conde de Saint Germain? Aparentemente ele era um alquimista bastante capaz, tendo inclusive a capacidade de transformar metais em ouro, o que explicaria sua riqueza aparentemente infinita. Raramente comia em público, e supostamente possuía um elixir capaz de dar a vida eterna. Adorava jóias, tendo inclusive algumas dentro de seus sapatos, e costumava dar diamantes de presente às pessoas que simpatizava. Era um suposto membro de muitas confrarias e sociedades secretas, da Rosa Cruz à Maçonaria, e teria sido até um templário. Era um excelente pintor e músico, tinha conhecimentos sobre os mais variados temas, principalmente história, e era de uma educação fina e típica da aristocracia. Aparentemente nunca se envolveu ou se interessou romanticamente por ninguém, seja homem ou mulher, e parecia ter perpetuamente 45 anos de idade. Muitos outros poderes foram atribuídos a ele, desde ler mentes até encantar cobras, escrever com as duas mãos e até provocar os piores tipos de pesadelos nas pessoas.
Isso, claro, sem esquecer as teorias malucas como as que afirmam que ele seria um emissário da deusa Vênus, ou mesmo um alienígena venusiano disfarçado na Terra (Nota da Autora: Ah, como eu queria que isso fosse invenção minha...). Outras dizem que Saint Germain habita uma caverna de cristais rosa em Wyoming, ou que teria participado da Independência Americana, criado a bandeira dos Estados Unidos e sido até mesmo o fundador dos Escoteiros.
Talvez o que aja de mais fascinante na vida do Conde de Saint Germain é como lenda e realidade se confundem em sua trajetória. Não importa se ele apenas convenceu várias pessoas de que era imortal, ou se realmente tem esse dom; O Conde já alcançou a imortalidade por si só nas lendas e mitos que o rodeiam. E no fim, ele pode até mesmo estar lendo esse texto... Quem sabe?
Um homem de notável inteligência, origem misteriosa e hábitos excêntricos, que intrigava vários de seus contemporâneos e que continua surpreendendo estudiosos até os dias de hoje. O chamado Conde de St Germain é uma das figuras mais fascinantes do século XVIII. Relatos clamam que St. Germain foi alquimista, pianista, violinista, inventor, aventureiro, químico, compositor amador, charlatão e freqüente presença em várias cortes européias.
Teria convivido com grandes figuras como o Rei Luís XV da França, Madame de Pompadour, Catarina a Grande da Rússia, o filósofo francês Voltaire, Frederico o Grande da Prússia e muitos outros. Estaria sempre com a aparência de um homem de 45 anos um pouco rechonchudo, mesmo que várias décadas tivessem se passado. Possuiria incríveis conhecimentos de história e outros assuntos, além de supostamente produzir um elixir da imortalidade que explicaria sua sobre-humana disposição. Há teorias que afirmam até que o Conde de St Germain era na verdade um extraterrestre visitando nosso planeta. O que pode ser surpreendente mesmo para muitos é o fato do Conde ter realmente existido. Há evidências históricas, como correspondências, anotações e até um suposto retrato, que provam a existência de uma pessoa que seria a base de todos esses mitos.
Mesmo assim, não há nada que possa ser inteiramente provado sobre o Conde, salvo que gostava de criar uma aura de mistério diante de quem o conhecia.A primeira teoria, que supostamente foi confirmada pelo próprio Conde em uma conversa com o Príncipe Karl de Hesse-Kassel, Governador de Schleswig-Holstein e seu principal pupilo em seus últimos anos de vida, é a de que St Germain era filho do Príncipe Francis II Rákóczi, da Transilvânia, com sua primeira esposa. Chegou-se até a afirmar que seu nome verdadeiro seria Rákóczi Lipót Lajos György József Antal. Infelizmente, não há como se confirmar essa teoria, já que o próprio Conde não era uma fonte muito confiável.
A segunda teoria afirma que Saint Germain era um filho ilegítimo da rainha da Espanha e viúva de Carlos II, Maria Anna. Além dessas duas, outras hipóteses populares para a origem dessa figura variam desde que ele era o Judeu Errante (outra figura que também merece post aqui no Medo B!), que era o filho de um mercador russo ou até que seria um tal de Signor Gualdi, um cantor que surpreendera Viena em 1687. O ano de nascimento do Conde também cria bastante polêmica. Algumas fontes apontam para 1712, já outras sugerem que seria 1690. Como tudo que cerca essa figura, a data precisa é algo bastante incerto.
Só podemos afirmar com certeza sobre o Conde de Saint Germain em 1745, quando ele é mencionado em uma carta enviada por Horace Walpole, o 4° Conde de Orford, para Horace Mann, um famoso educador americano. Eis aqui o trecho em que o St. Germain é mencionado:
"O reitor de Edinborough está com a custódia de um mensageiro, e outro dia, eles apreenderam um homem estranho, que atende pelo nome de Conde St-Germain. Ele esteve aqui nestes dois anos, não vai dizer quem ele é ou de onde é, mas professa duas coisas muito surpreendentes, o primeiro que este não é seu nome verdadeiro, e a segunda que ele nunca teve qualquer relacionamento, ou desejo de ter qualquer relacionamento com qualquer mulher - ou melhor, nem com qualquer outro tipo de pessoa. Ele canta, toca no violino maravilhosamente, compõe, é louco, e não muito sensato. Ele é chamado de um italiano, um espanhol, um polonês, um alguém que casou com uma mulher de grande fortuna no México e fugiu com as suas jóias para Constantinopla, um padre, um violinista, um nobre vasto. O Príncipe de Gales teve uma insaciável curiosidade sobre ele, mas em vão. No entanto, nada foi feito contra ele, ele é libertado, e o que me convence de que ele não é um cavalheiro, fica aqui, e fala de ele ter sido preso como espião.”
No ano seguinte a este, em 1746, o Conde apresenta algumas de suas músicas em Londres. Depois disso, ele desapareceria dos registros por 12 anos, até reaparecer em Versalhes em 1758, sendo apresentado à Corte de Luís XV pelo Marechal de Belle-Isle, afirmando ter boa qualidade de pigmentos para tecido para oferecer à França, e sendo alojado no Chateau de Chambord. Também ali na França iria estimular rumores a seu respeito, apesar de ter passado lá um período de apenas dois anos. Foi o suficiente para atrair a atenção do Rei e de sua amante, Madame de Pompadour e ingressar em seu círculo de amigos íntimos, o que imediatamente alarmou o ministro Choiseul. O ministro temia que a presença de um homem de origem desconhecida tão próximo ao rei poderia ser uma ameaça à segurança de Luís. Quando St.Germain é mandado para Amsterdã, Choiseul então ordena sua prisão, mas ele consegue escapar para a Inglaterra. O filósofo Voltaire discutiu a façanha do Conde com Frederico, o Grande, rei da Prússia, por intermédio de cartas. A conversa contida nelas prova que os dois não eram apegados a St.Germain como outrem poderia pensar - Frederico inclusive se referiu a ele como "uma piada".
Posteriormente, Saint Germain passaria pela Holanda até São Petersburgo na Rússia, curiosamente no mesmo período em que houve o golpe de estado que colocou Catarina, a Grande, no poder, não havendo provas de que ele se envolveu no evento. Depois de um ano foi para a Bélgica, onde adotou o nome de Surmont e tentou mais uma vez fazer negócios com o Estado. Apesar de aparentemente as transações comerciais não terem dado muito certo, registros de reuniões do ministro belga Karl Cobenzl com Saint Germain sobreviveram nos arquivos do governo. Lá Karl afirma ter descoberto sobre o “ilustre nascimento” do Conde (infelizmente, ele não nos narra qual seria) e ter testemunhado algumas de suas experiências alquímicas.
Depois de mais um longo desaparecimento de 11 anos, Saint Germain reaparece na Bavária, em relatos de um cavalheiro chamado Freiherr Reinhard Gemmingen-Guttenberg. Freiherr afirma ter conhecido o Conde como um italiano já idoso, fabricante de tintas e filantropo, com um uniforme de general do exército russo no armário. O relato, porém, foi escrito 37 anos depois de tal encontro ter acontecido, o que coloca um pouco em dúvida a veracidade dos fatos de Freiherr.
Dois anos mais tarde, o Conde está na Alemanha (Prússia, na época), sob o nome de Conde Welldone. Mais uma vez, ele oferece mercadorias ao estado como cosméticos, vinhos, marfim, papel, licores e claro, tintas para tecido. Todas as negociações foram documentadas e aparentam ser legítimas, apesar de Saint Germain exagerar em seus encontros com os emissários do rei Frederico sobre suas viagens e seus conhecimentos de alquimia. É nesse período que o Conde conhece seu discípulo, o Príncipe Karl, e começa a ensiná-lo química e a distribuir medicamentos à base de ervas aos pobres.
Depois de cinco anos nessa longa rotina, em 27 de fevereiro de 1784, o Conde veio a falecer (supostamente) de tuberculose. O relato de um médico presente durante a cena leva ao mundo a notícia de sua morte, mas ela não foi suficiente pra apagar da história seu legado: relatos de aparições de Sr.Germain em diversas localidades "desmentiram" tal fato. Anos depois da suposta “morte” de Saint Germain, ele começou a ser avistado em vários lugares. Fora visto no Egito por tropas de Napoleão, teria ensinado segredos de ocultismo a Helena Blavatsky, e teria até alertado Maria Antonieta sobre a vindoura revolução francesa antes que acontecesse. Napoleão III teria um dossiê com todas as aparições do Conde, mas este infelizmente se perdeu em um incêndio.
Uma das explicações sobre a suposta “imortalidade” do Conde seria a de que ele fora bastante parodiado por atores, mímicos e palhaços, além de alguns escritores de imaginação fértil que o tornaram personagem de suas histórias (inclusive, Saint Germain é um vampiro em uma série de livros recente) e vários outros Saint Germains reais com quem ele foi confundido, como por exemplo, o general francês Claude-Louis de Saint Germain, que também era conde; Pierre-Renault de Saint Germain, governador de Calcutá em 1750; e Robert-François Quesnay de Saint Germain, que foi muito ativo em sociedades secretas. Histórias do Conde na Índia, ou como General da Prússia, ou participando de seitas podem ter sido inspiradas nessas pessoas reais (e com vidas mais documentadas). Também vale a pena mencionar o jovem Richard Chanfray, que depois de uma juventude problemática, problemas de amnésia e até uma tentativa de suicídio, teve vários sonhos nos quais foi convencido ser o Conde de Saint Germain, e passou a agir como o mesmo desde então.
Então, quais seriam os supostos poderes do Conde de Saint Germain? Aparentemente ele era um alquimista bastante capaz, tendo inclusive a capacidade de transformar metais em ouro, o que explicaria sua riqueza aparentemente infinita. Raramente comia em público, e supostamente possuía um elixir capaz de dar a vida eterna. Adorava jóias, tendo inclusive algumas dentro de seus sapatos, e costumava dar diamantes de presente às pessoas que simpatizava. Era um suposto membro de muitas confrarias e sociedades secretas, da Rosa Cruz à Maçonaria, e teria sido até um templário. Era um excelente pintor e músico, tinha conhecimentos sobre os mais variados temas, principalmente história, e era de uma educação fina e típica da aristocracia. Aparentemente nunca se envolveu ou se interessou romanticamente por ninguém, seja homem ou mulher, e parecia ter perpetuamente 45 anos de idade. Muitos outros poderes foram atribuídos a ele, desde ler mentes até encantar cobras, escrever com as duas mãos e até provocar os piores tipos de pesadelos nas pessoas.
Isso, claro, sem esquecer as teorias malucas como as que afirmam que ele seria um emissário da deusa Vênus, ou mesmo um alienígena venusiano disfarçado na Terra (Nota da Autora: Ah, como eu queria que isso fosse invenção minha...). Outras dizem que Saint Germain habita uma caverna de cristais rosa em Wyoming, ou que teria participado da Independência Americana, criado a bandeira dos Estados Unidos e sido até mesmo o fundador dos Escoteiros.
Talvez o que aja de mais fascinante na vida do Conde de Saint Germain é como lenda e realidade se confundem em sua trajetória. Não importa se ele apenas convenceu várias pessoas de que era imortal, ou se realmente tem esse dom; O Conde já alcançou a imortalidade por si só nas lendas e mitos que o rodeiam. E no fim, ele pode até mesmo estar lendo esse texto... Quem sabe?