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A lei da natureza humana = [ GRANDE MURALHA D PALAVRAS] + [Apenas para nerds machos]

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+6
Bonatti
Henrico D. Santo
Imperfect
Reznov
Melhor nick da historia!!
Putz Grila!
10 participantes

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Achei interessante


O CERTO E O ERRADO COMO CHAVES PARA A COMPREENSÃO DO SENTIDO DO
UNIVERSO
1. A LEI DA NATUREZA HUMANA
Todo o mundo já viu pessoas discutindo. Às vezes, a discussão soa engraçada; em outras, apenas desagradável.
Como quer que soe, acredito que podemos aprender algo muito importante ouvindo os tipos de coisas que elas
dizem. Dizem, por exemplo: "Você gostaria que fizessem o mesmo com você?"; "Desculpe, esse banco é meu, eu
sentei aqui primeiro"; "Deixe-o em paz, que ele não lhe está fazendo nada de mal"; "Por que você teve de entrar
na frente?"; "Dê-me um pedaço da sua laranja, pois eu lhe dei um pedaço da minha"; e "Poxa, você prometeu!"
Essas coisas são ditas todos os dias por pessoas cultas e incultas, por adultos e crianças.
O que me interessa em todos estes comentários é que o homem que os faz não está apenas expressando o
quanto lhe desagrada o comportamento de seu interlocutor; está também fazendo apelo a um padrão de comportamento que o outro deveria conhecer. E esse outro raramente responde: "Ao inferno com o padrão!" Quase sempre tenta provar que sua atitude não infringiu este padrão, ou que, se infringiu, ele tinha uma desculpa muito
especial para agir assim. Alega uma razão especial, em seu caso particular, para não ceder o lugar à pessoa que
ocupou o banco primeiro, ou alega que a situação era muito diferente quando ele ganhou aquele gomo de laranja,
ou, ainda, que um fato novo o desobriga de cumprir o prometido. Está claro que os envolvidos na discussão
conhecem uma lei ou regra de conduta leal, de comportamento digno ou moral, ou como quer que o queiramos
chamar, com a qual efetivamente concordam. E eles conhecem essa lei. Se não conhecessem, talvez lutassem
como animais ferozes, mas não poderiam "discutir" no sentido humano desta palavra. A intenção da discussão é
mostrar que o outro está errado. Não haveria sentido em demonstrá-lo se você e ele não tivessem algum tipo de
consenso sobre o que é certo e o que é errado, da mesma forma que não haveria sentido em marcar a falta de um
jogador de futebol sem que houvesse uma concordância prévia sobre as regras do jogo. Ora, essa lei ou regra do
certo e do errado era chamada de Lei Natural. Hoje em dia, quando falamos das "leis naturais", quase sempre nos
referimos a coisas como a gravitação, a hereditariedade ou as leis da química. Porém, quando os pensadores do
passado chamavam a lei do certo e do errado de "Lei Natural", estava implícito que se tratava da Lei da Natureza
Humana. A ideia era a seguinte: assim como os corpos são regidos pela lei da gravitação, e os organismos, pelas
leis da biologia, assim também a criatura chamada "homem" possui uma lei própria - com a grande diferença de
que os corpos não são livres para escolher se vão obedecer à lei da gravitação ou não, ao passo que o homem
pode escolher entre obedecer ou desobedecer à Lei da Natureza Humana.
Examinemos a questão sob outro prisma. Todo homem está continuamente sujeito a diversos conjuntos
de leis, mas a apenas um ele é livre para desobedecer. Enquanto corpo, ele é regido pela gravitação e não pode
desobedecê-la; se ficar suspenso no ar, sem apoio, fatalmente cairá como cairia uma pedra. Enquanto organismo,
está sujeito a diversas leis biológicas, às quais, como os animais, não pode desobedecer. Em outras palavras, o
homem não pode desobedecer às leis que tem em comum com os outros seres; mas a lei própria da natureza humana, a lei que não é compartilhada nem pelos animais, nem pelos vegetais, nem pelos seres inorgânicos, a esta
lei o ser humano pode desobedecer, se assim quiser. Essa lei era chamada de Lei Natural porque as pessoas
pensavam que todos a conheciam naturalmente e não precisavam que outros a ensinassem. Isso, evidentemente,
não significava que não se pudesse encontrar, aqui e ali, um indivíduo que a ignorasse, assim como existem
indivíduos daltônicos ou desafinados. Considerando a raça humana em geral, no entanto, as pessoas pensavam
que a ideia humana de comportamento digno ou decente era óbvia para todos. E acredito que essas pessoas tinham razão. Se assim não fosse, as coisas que dizemos a respeito da guerra não teriam sentido nenhum. Se o
Certo não for uma entidade real, que os nazistas, lá no fundo, conhecem tão bem quanto nós e têm o dever de
praticar, qual o sentido de dizer que o inimigo está errado? Se eles não têm nenhuma noção daquilo que
chamamos de Certo, talvez tivéssemos de combatê-los do mesmo jeito, mas não poderíamos culpá-los pelas suas
ações, da mesma forma que não podemos culpar um homem por ter nascido com os cabelos louros ou castanhos.
Sei que certas pessoas afirmam que a ideia de uma Lei Natural ou lei de dignidade de comportamento,
conhecida de todos os homens, não tem fundamento, porque as diversas civilizações e os povos das diversas
épocas tiveram doutrinas morais muito diferentes.
10Mas isso não é verdade. E certo que existem diferenças entre as doutrinas morais dos diversos povos,
mas elas nunca chegaram a constituir algo que se assemelhasse a uma diferença total. Se alguém se der ao trabalho de comparar os ensinamentos morais dos antigos egípcios, dos babilónios, dos hindus, dos chineses, dos
gregos e dos romanos, ficará surpreso, isto sim, com o imenso grau de semelhança que eles têm entre si e também com nossos próprios ensinamentos morais. Reuni alguns desses dados concordantes no apêndice que escrevi para um outro livro, chamado The Abolition of Man [A abolição do homem]. Porém, para os fins que agora
temos em vista, basta perguntar ao leitor como seria uma moralidade totalmente diferente da que conhecemos.
Imagine um país que admirasse aquele que foge do campo de batalha, ou em que um homem se orgulhasse de
trair as pessoas que mais lhe fizeram bem. O leitor poderia igualmente imaginar um país em que dois e dois são
cinco. Os povos discordaram a respeito de quem são as pessoas com quem você deve ser altruísta - sua família,
seus compatriotas ou todo o género humano; mas sempre concordaram em que você não deve colocar a si
mesmo em primeiro lugar. O egoísmo nunca foi admirado. Os homens divergiram quanto ao número de esposas
que podiam ter, se uma ou quatro; mas sempre concordaram em que você não pode simplesmente ter qualquer
mulher que lhe apetecer.
O mais extraordinário, porém, é que, sempre que encontramos um homem a afirmar que não acredita na
existência do certo e do errado, vemos logo em seguida este mesmo homem mudar de opinião. Ele pode não
cumprir a palavra que lhe deu, mas, se você fizer a mesma coisa, ele lhe dirá "Não é justo!" antes que você possa
dizer "Cristóvão Colombo". Um país pode dizer que os tratados de nada valem; porém, no momento seguinte,
porá sua causa a perder afirmando que o tratado específico que pretende romper não é um tratado justo. Se os
tratados de nada valem, se não existe um certo e um errado — em outras palavras, se não existe uma Lei Natural
-, qual a diferença entre um tratado justo e um injusto? Será que, agindo assim, eles não deixam o rabo à mostra
e demonstram que, digam o que disserem, conhecem a Lei Natural tanto quanto qualquer outra pessoa? Parece,
portanto, que só nos resta aceitar a existência de um certo e um errado. As pessoas podem volta e meia se
enganar a respeito deles, da mesma forma que às vezes erram numa soma; mas a existência de ambos não
depende de gostos pessoais ou de opiniões, da mesma forma que um cálculo errado não invalida a tabuada. Se
concordamos com estas premissas, posso passar à seguinte: nenhum de nós realmente segue à risca a Lei
Natural. Se existir uma exceção entre os leitores, me desculpo. Será mais proveitoso que essa pessoa leia outro
livro, pois nada do que vou falar lhe diz respeito. Feita a ressalva, volto aos leitores comuns.
Espero que vocês não se irritem com o que vou dizer. Não estou fazendo uma pregação, e Deus sabe que
não pretendo ser melhor do que ninguém. Só estou tentando chamar a atenção para um fato: o de que, neste ano,
neste mês ou, com maior probabilidade, hoje mesmo, todos nós deixamos de praticar a conduta que gostaríamos
que os outros tivessem em relação a nós. Podemos apresentar mil e uma desculpas por termos agido assim. Você
se impacientou com as crianças porque estava cansado; não foi muito correto naquela questão de dinheiro -
questão que já quase fugiu da memória -porque estava com problemas financeiros; e aquilo que prometeu para
fulano ou sicrano, ah!, nunca teria prometido se soubesse como estaria ocupado nos últimos dias. Quanto a seu
modo de tratar a esposa (ou o marido), a irmã (ou o irmão) — se eu soubesse o quanto eles são irritantes, não me
surpreenderia; e, afinal de contas, quem sou eu para me intrometer? Não sou diferente. Ou seja, nem sempre
consigo cumprir a Lei Natural, e, quando alguém me adverte de que a descumpri, me vem à cabeça um rosário
de desculpas que dá várias voltas ao redor do pescoço. A pergunta que devemos fazer não é se essas desculpas
são boas ou más. O que importa é que elas dão prova da nossa profunda crença na Lei Natural, quer tenhamos
consciência de acreditar nela, quer não. Se não acreditássemos na boa conduta, por que a ânsia de encontrar
justificativas para qualquer deslize? A verdade é que acreditamos a tal ponto na decência e na dignidade, e
sentimos com tanta força a pressão da Soberania da Lei, que não temos coragem de encarar o fato de que a
transgredimos. Logo, tentamos transferir para os outros a responsabilidade pela transgressão. Perceba que é só
para o mau comportamento que nos damos ao trabalho de encontrar tantas explicações. São somente as
fraquezas que procuramos justificar pelo cansaço, pela preocupação ou pela fome. Nossas boas qualidades,
atribuímo-las a nós mesmos.
São essas, pois, as duas ideias centrais que pretendia expor. Primeiro, a de que os seres humanos, em todas
as regiões da Terra, possuem a singular noção de que devem comportar-se de uma certa maneira, e, por mais que
tentem, não conseguem se livrar dessa noção. Segundo, que na prática não se comportam dessa maneira. Os
homens conhecem a Lei Natural e transgridem-na. Esses dois fatos são o fundamento de todo pensamento claro a
respeito de nós mesmos e do universo em que vivemos.

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Não sou macho o bastante para escalar esse grande muro de texto.

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Depois dessa me sinto uma lady

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irei ler quando tiver tempo...

Imperfect

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Marcado pra ler mais tarde, me parece muito interessante.

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Estou lendo um livro e esse é o primeiro capitulo....sempre pensei isso, mas n com essas palavras Rindo

o Autor é CS lewis

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Melhor nick da historia!! escreveu:
Não sou macho o bastante para escalar esse grande muro de texto.

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Bom texto porra.

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Putz Grila! escreveu:
Estou lendo um livro e esse é o primeiro capitulo....sempre pensei isso, mas n com essas palavras Rindo

o Autor é CS lewis


Nome do livro pls. Lewis é fodão!

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Bonatti escreveu:
Melhor nick da historia!! escreveu:
Não sou macho o bastante para escalar esse grande muro de texto.

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Dopefish escreveu:
Putz Grila! escreveu:
Estou lendo um livro e esse é o primeiro capitulo....sempre pensei isso, mas n com essas palavras Rindo

o Autor é CS lewis


Nome do livro pls. Lewis é fodão!


Cristianismo Puro e Simples

PDF DOWNLOAD

LINK DE VENDA

Cristianismo Puro e Simples Durante a Segunda Guerra Mundial, a BBC convidou C. S. Lewis para fazer uma série de palestras pelo rádio. Foram programas que, ao final, deram um sentido novo à vida de milhares de adultos de todas as classes e profissões. O livro Cristianismo puro e simples, que colige essas preleções legendárias, veio a ser considerado a mais popular e acessível de todas as obras de Lewis, lembrando-nos daquilo que é mais importante na vida e apontando-nos o caminho da alegria e do contentamento. Esta edição de qüinquagésimo aniversário nos recorda de uma ocasião em que C. S. Lewis foi capaz de dar conforto e consolação a milhões de pessoas num tempo de guerra e de incertezas; mas suas palavras são tão pertinentes agora quanto em qualquer outra época.

Editora: WMF
Autor: C.S. LEWIS
ISBN: 9788578271725
Origem: Nacional
Ano: 2009
Edição: 3
Número de páginas: 336
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

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Putz Grila! escreveu:
Dopefish escreveu:
Putz Grila! escreveu:
Estou lendo um livro e esse é o primeiro capitulo....sempre pensei isso, mas n com essas palavras Rindo

o Autor é CS lewis


Nome do livro pls. Lewis é fodão!


Cristianismo Puro e Simples

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LINK DE VENDA

Cristianismo Puro e Simples Durante a Segunda Guerra Mundial, a BBC convidou C. S. Lewis para fazer uma série de palestras pelo rádio. Foram programas que, ao final, deram um sentido novo à vida de milhares de adultos de todas as classes e profissões. O livro Cristianismo puro e simples, que colige essas preleções legendárias, veio a ser considerado a mais popular e acessível de todas as obras de Lewis, lembrando-nos daquilo que é mais importante na vida e apontando-nos o caminho da alegria e do contentamento. Esta edição de qüinquagésimo aniversário nos recorda de uma ocasião em que C. S. Lewis foi capaz de dar conforto e consolação a milhões de pessoas num tempo de guerra e de incertezas; mas suas palavras são tão pertinentes agora quanto em qualquer outra época.

Editora: WMF
Autor: C.S. LEWIS
ISBN: 9788578271725
Origem: Nacional
Ano: 2009
Edição: 3
Número de páginas: 336
Acabamento: Brochura
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Pegarei...

Vc sabe que o Lewis só foi atrás do cristianismo pq o Tolkien encheu muito o saco dele né? Rindo

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Eu acho que estou no lugar errado rimkuk

Aki tem muitas pessoas cultas.

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@dope

Como assim encheu o saco? o tolkien era cristão tb Rindo ?

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