Feliz aniversário de 10 anos, GameCube. Ninguém te deu uma festa?
O pequeno Cubo da Nintendo é, na minha opinião, o console mais erronaeamente desrespeitado na história dos videogames. Faziam piada porque ele era uma caixinha roxa que rodava um jogo do Luigi, quando a maioria queria mesmo jogar GTA III em um PlayStation 2 preto.
As pessoas pensavam, naquela época, que era uma estupidez o GameCube ter um Zelda com cara de desenho animado. E transformar Metroid em um shooter em primeira pessoa? Parecia uma ideia pior ainda (eu culpo as “pessoas” porque, claro, eu nunca pensei nada disso. Nunca!).
Ah, o GameCube. Aquele suspiro na guerra dos consoles. Ele contribuiu para um momento cultural em que a Nintendo se tornou irrelevante. Uma era que deixou Shigeru Miyamoto “muito triste”.
Esse “mamãe quero ser PlayStation”, com disquinhos diferentes e cartões de memória… ele tinha que estragar tudo, não é?
Mas, veja só: o GameCube era incrível. Aquele Zelda estranho? É adorado por uma legião hoje em dia – apesar das navegações e da quest da Triforce. O Metroid em primeira pessoa? Jogo do Ano. Em junho de 2010, a Nintendo mostrou que estava fazendo Luigi’s Mansion 2 para o 3DS e, de repente, as pessoas ficaram todas nostálgicas com o primeiro jogo. Aquele jogo de lançamento do Cubo e que, bem, nem era tão bom assim.
O pequeno Cubo da Nintendo é, na minha opinião, o console mais erronaeamente desrespeitado na história dos videogames. Faziam piada porque ele era uma caixinha roxa que rodava um jogo do Luigi, quando a maioria queria mesmo jogar GTA III em um PlayStation 2 preto.
As pessoas pensavam, naquela época, que era uma estupidez o GameCube ter um Zelda com cara de desenho animado. E transformar Metroid em um shooter em primeira pessoa? Parecia uma ideia pior ainda (eu culpo as “pessoas” porque, claro, eu nunca pensei nada disso. Nunca!).
Ah, o GameCube. Aquele suspiro na guerra dos consoles. Ele contribuiu para um momento cultural em que a Nintendo se tornou irrelevante. Uma era que deixou Shigeru Miyamoto “muito triste”.
Esse “mamãe quero ser PlayStation”, com disquinhos diferentes e cartões de memória… ele tinha que estragar tudo, não é?
Mas, veja só: o GameCube era incrível. Aquele Zelda estranho? É adorado por uma legião hoje em dia – apesar das navegações e da quest da Triforce. O Metroid em primeira pessoa? Jogo do Ano. Em junho de 2010, a Nintendo mostrou que estava fazendo Luigi’s Mansion 2 para o 3DS e, de repente, as pessoas ficaram todas nostálgicas com o primeiro jogo. Aquele jogo de lançamento do Cubo e que, bem, nem era tão bom assim.
O GameCube foi lançado com um Star Wars incrível chamado Rogue Leader (a Batalha de Endor, galera!). Ele tinha Eternal Darkness e Resident Evil 4, que estão entre os melhores games de terror entre as pessoas que não endeusam Silent Hill 2. Ele tinha tanta coisa boa, que eu já ia me esquecendo de Viewtiful Joe.
Mas o GameCube não era só essas maravilhas. Ele foi assombrado por secas e por Star Fox terríveis. Tinha um Mario Kart inferior (ou as pessoas pararam de odiá-lo, também?) e seu sucessor de Super Mario 64 foi tão decepcionante quanto um sucessor de Super Mario 64 poderia ser.
O maior problema do GameCube, porém, é que ele não era tão “cool” quanto o PlayStation 2, já que ficou sem vários jogos excelentes enquanto era conduzido por uma Nintendo doida o suficiente para lançar um Zelda multiplayer que precisava de quatro Game Boy Advances para funcionar, assim como um Pac-Man que precisava de um desses. Esse último jogo foi o grande chamariz da empresa em uma E3 do passado. Que desastre!
Mas o PlayStation 2 já está morto – há pouco tempo, mas ainda assim – então o GameCube não precisa mais sofrer com as comparações entre os dois. Em vez disso, podemos comemorar que hoje faz 10 anos que pudemos comprar nosso primeiro cubo roxo. A Nintendo fez um console excelente que tinha alguns games ótimos. Ela fez o último (e o primeiro?) console que foi concebido para ser admirado, e não escondido. Esqueça a discussão sobre games serem arte ou não: o console inteiro era uma obra de arte.
Mas o GameCube não era só essas maravilhas. Ele foi assombrado por secas e por Star Fox terríveis. Tinha um Mario Kart inferior (ou as pessoas pararam de odiá-lo, também?) e seu sucessor de Super Mario 64 foi tão decepcionante quanto um sucessor de Super Mario 64 poderia ser.
O maior problema do GameCube, porém, é que ele não era tão “cool” quanto o PlayStation 2, já que ficou sem vários jogos excelentes enquanto era conduzido por uma Nintendo doida o suficiente para lançar um Zelda multiplayer que precisava de quatro Game Boy Advances para funcionar, assim como um Pac-Man que precisava de um desses. Esse último jogo foi o grande chamariz da empresa em uma E3 do passado. Que desastre!
Mas o PlayStation 2 já está morto – há pouco tempo, mas ainda assim – então o GameCube não precisa mais sofrer com as comparações entre os dois. Em vez disso, podemos comemorar que hoje faz 10 anos que pudemos comprar nosso primeiro cubo roxo. A Nintendo fez um console excelente que tinha alguns games ótimos. Ela fez o último (e o primeiro?) console que foi concebido para ser admirado, e não escondido. Esqueça a discussão sobre games serem arte ou não: o console inteiro era uma obra de arte.
Um dos melhores jogos do GameCube foi Pikmin, que trazia uma espécie de Mario astronauta que corria por aí com cem pequenos homenzinhos-vegetais que podiam espancar insetos gigantes e carregar tampas de iogurte de volta para a sua nave espacial. Ele era genial, e Pikmin 2 foi melhor ainda.
Pikmin saiu algumas semana depois do GameCube, em dezembro de 2001. Depois disso a Nintendo – a casa que criou Mario, Zelda, Yoshi, Wario, Luigi, Waluigi, todos esses Toads, Donkey Kong, Kid Icarus e Tingle – parou de fazer novos personagens. Esclarecimento: nessa era pós-GameCube, com o sucesso do DS e do Wii, e Miyamoto-não-mais-triste, acusaram a Nintendo de não criar mais bons personagens, e ela respondeu dizendo que agora tínhamos os Miis. Lembra da ilha em Wii Sports Resort? Aparentemente, aquilo era um novo personagem. E aquela coisa de Fling Smash? Personagem. Nada disso conta porque eles não devem aparecer em nenhum Smash Bros. ou estrelar seu próprio jogo. A Midna, de Zelda: Twilight Princess conta? Talvez… ou talvez não. Ela não era um grande destaque do jogo.
Então vou repetir. Em dezembro de 2001, quando GameCube era apenas um bebê, a Nintendo lançou seus últimos grandes personagens em Pikmin. Isso faz 10 anos. Droga, GameCube, eu sempre suspeitei que não seria fácil. Parabéns, e não deixe ninguém dizer que Spore é um jogo de evolução melhor que Cubivore. Não é. Além disso, Chibi Robo foi o melhor jogo sobre a decadência da família moderna (que tinha um robozinho faxineiro) que eu já joguei.
Parabéns pelo seu décimo aniversário, GameCube. Que você finalmente ganhe o respeito que seu corpinho cuboso merece. E não fique triste pela Nintendo ter abandonado o suporte aos seus jogos no Wii. É a vida.
Pikmin saiu algumas semana depois do GameCube, em dezembro de 2001. Depois disso a Nintendo – a casa que criou Mario, Zelda, Yoshi, Wario, Luigi, Waluigi, todos esses Toads, Donkey Kong, Kid Icarus e Tingle – parou de fazer novos personagens. Esclarecimento: nessa era pós-GameCube, com o sucesso do DS e do Wii, e Miyamoto-não-mais-triste, acusaram a Nintendo de não criar mais bons personagens, e ela respondeu dizendo que agora tínhamos os Miis. Lembra da ilha em Wii Sports Resort? Aparentemente, aquilo era um novo personagem. E aquela coisa de Fling Smash? Personagem. Nada disso conta porque eles não devem aparecer em nenhum Smash Bros. ou estrelar seu próprio jogo. A Midna, de Zelda: Twilight Princess conta? Talvez… ou talvez não. Ela não era um grande destaque do jogo.
Então vou repetir. Em dezembro de 2001, quando GameCube era apenas um bebê, a Nintendo lançou seus últimos grandes personagens em Pikmin. Isso faz 10 anos. Droga, GameCube, eu sempre suspeitei que não seria fácil. Parabéns, e não deixe ninguém dizer que Spore é um jogo de evolução melhor que Cubivore. Não é. Além disso, Chibi Robo foi o melhor jogo sobre a decadência da família moderna (que tinha um robozinho faxineiro) que eu já joguei.
Parabéns pelo seu décimo aniversário, GameCube. Que você finalmente ganhe o respeito que seu corpinho cuboso merece. E não fique triste pela Nintendo ter abandonado o suporte aos seus jogos no Wii. É a vida.
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