Estudo liderado pelos pesquisadores Peter Frederick e Nilmini Jayasena – das universidades da Flórida e de Peradeniya, respectivamente – apontou que, ao ingerir mercúrio, os machos de uma espécie de pássaro aquático chamado íbis-branco (Eudocimus albus) podem virar homossexuais.
Para chegar à conclusão, os cientistas observaram, durante três anos, 160 aves da espécie, que foram divididas em quatro grupos. As que foram alimentadas com variadas doses de mercúrio apresentaram, com o tempo, tendências gays entre os machos, que passaram a paquerar e construir ninhos em conjunto com íbis-brancos do mesmo sexo.
E mais: a pesquisa concluiu que, quanto maior a dosagem de mercúrio ingerida pelos pássaros da espécie, maior será a chance dos machos apresentarem comportamento homossexual.
O estudo preocupou a comunidade científica – que ainda desconfia que o poluente pode causar o mesmo desequilíbrio em aves de outras espécies –, já que a contaminação do meio ambiente com resíduos industriais que contêm mercúrio é cada vez mais frequente em todo o mundo. Se virarem gays, a reprodução dos íbis-brancos estará comprometida e, consequentemente, a espécie poderá correr risco de extinção.