Há pouco tempo houve uma verdadeira overdose de "nostalgia". Várias franquias antigas como Transformers e Thundercats ganharam vida nova na TV, enquanto os games tiveram vários remakes (sem falar as já tradicionais versões de Final Fantasys) e até mesmo jogos emulando estilos mais antigos como MegaMan 9 e 10.
A Konami resolveu reviver algumas de suas franquias clássicas (talvez seja daí que venha o selo "Rebirth") no WiiWare, e uma das escolhidas foi Castlevania. Ao invés de pegar algum título mais famoso como Castlevania III ou mais uma versão do primeiro jogo, o alvo foi o relativamente desconhecido e "esquisito" Castlevania Adventure do GameBoy original.
A história
Um século se passou depois do primeiro confronto entre o clã Belmont e o senhor das trevas, Dracula. Eventualmente as pessoas perderam o medo e com isto o mal pode se recuperar e voltar.
O castelo está de volta e Christopher Belmont empunha a arma de seus antepassados, o lendário chicote conhecido como "Vampire Killer"
Dificilmente digno de um Shakespeare, mas se trata de um jogo de ação mais antigo. Existe uma comic chamada "Castlevania: The Belmont Legacy" publicada pela IDW baseada no original e que expande muito os acontecimentos. O jogo seguinte para Gameboy (Castlevania II: Belmont's Revenge) continua a saga de Christopher.
Entre os fãs da série, Christopher é considerado um dos Belmonts mais obscuros apesar de ter 3 games centrados nele.
O jogo
Se trata de um Castlevania tradicional, antes da era "Metroidvania/Castleroid" que se iniciou com o Symphony of the Night para o Playstation.
Os jogos clássicos do NES e SNES se focam em pular plataformas (com pulo simples) e o uso do chicote para eliminar os inimigos. Não há level up, equipamentos ou itens; apenas itens de cura escondidos, vidas e continues, alguns jogos contam com melhorias para o chicote e uma das características mais famosas da série: as sub-weapons.
Estas Sub-Weapons são coletadas ao quebrar candelabros e ao encontrar uma diferente elas são trocadas. Cada uma destas sub-weapons tem propriedades únicas como trajetória ou tipo de dano e gastam "corações" (também encontrados em candelabros) para serem usados. A versão original era o único da série a não ter este sistema ou um de seus sucessores.
Outra mudança "dramática" é que no original quando Christopher saltava não era possível mudar a direção (como a maioria dos clássicos) mas agora isto também foi adaptado. A marca registrada do personagem, o update Fireball Whip, foi mantido mas ao invés de ser perdido ao receber um dano agora é limitado por tempo.
É quase injusto chamar Adventure Rebirth de "remake". Os estágios foram completamente reformulados e agora tem chefes e sub-chefes com vários checkpoints no caminho. Existem 2 fases novas completando 6 estágios bem longos, talvez até um pouco longos demais.
As fases também tem múltiplos caminhos. É impossível ver todos os chefes em uma única rodada. Alguns são velhos conhecidos (Frankenstein, Succubus, Bone Dragon King), o tradicional Golem foi reimaginado como uma versão 2D de Shadow of the Colossus e foi introduzido um boss baseado em Jekyll e Hide.
Gráfico
No departamento visual, o jogo é bem competente. Não é do nível SotN e seu sucessores, mas é algo superior aos títulos do SNES. Os cenários são vibrantes, coloridos e variados, com um grande número de detalhes. Cada tela é única e harmoniosa no geral. Efeitos de paralax, a Clock Tower com suas engrenagens ilógicos funcionais, os vitrais e estátuas da capela herética , tudo foi planejado para invocar um senso de nostalgia.
Som
A trilha sonora é formada por remixes de músicas pouco conhecidas da série, como Reincarnated Souls de Castlevania Bloodlines (GEN), Aquarius e Riddle de Castlevania III e New Messiah do Castlevania Adventure original. Sem falar da aparição obrigatória de Vampire Killer. Os remixes foram feitos de modo a soarem como se tivesse a limitação dos sintetizadores dos arcades dos anos 80, começo dos 90.
Conclusão
É um jogo interessante para quem gosta dos títulos originais da série ou ação old-school. Para todos os outros não faz a menor diferença. Não se trata de um jogo com inovações ou grandioso de qualquer forma, mas sim uma formula clássica bem aplicada.
Não há um fator replay muito grande, a menos que seja para ver todos os caminhos. Uma das "trapaças" do jogo, a seleção de níveis já concluídos ou começados, é muito bem-vinda nesta hora então a vida útil é um tanto curta. Bom para se divertir por um tempo.
Fonte
A Konami resolveu reviver algumas de suas franquias clássicas (talvez seja daí que venha o selo "Rebirth") no WiiWare, e uma das escolhidas foi Castlevania. Ao invés de pegar algum título mais famoso como Castlevania III ou mais uma versão do primeiro jogo, o alvo foi o relativamente desconhecido e "esquisito" Castlevania Adventure do GameBoy original.
A história
Um século se passou depois do primeiro confronto entre o clã Belmont e o senhor das trevas, Dracula. Eventualmente as pessoas perderam o medo e com isto o mal pode se recuperar e voltar.
O castelo está de volta e Christopher Belmont empunha a arma de seus antepassados, o lendário chicote conhecido como "Vampire Killer"
Dificilmente digno de um Shakespeare, mas se trata de um jogo de ação mais antigo. Existe uma comic chamada "Castlevania: The Belmont Legacy" publicada pela IDW baseada no original e que expande muito os acontecimentos. O jogo seguinte para Gameboy (Castlevania II: Belmont's Revenge) continua a saga de Christopher.
Entre os fãs da série, Christopher é considerado um dos Belmonts mais obscuros apesar de ter 3 games centrados nele.
O jogo
Se trata de um Castlevania tradicional, antes da era "Metroidvania/Castleroid" que se iniciou com o Symphony of the Night para o Playstation.
Os jogos clássicos do NES e SNES se focam em pular plataformas (com pulo simples) e o uso do chicote para eliminar os inimigos. Não há level up, equipamentos ou itens; apenas itens de cura escondidos, vidas e continues, alguns jogos contam com melhorias para o chicote e uma das características mais famosas da série: as sub-weapons.
Estas Sub-Weapons são coletadas ao quebrar candelabros e ao encontrar uma diferente elas são trocadas. Cada uma destas sub-weapons tem propriedades únicas como trajetória ou tipo de dano e gastam "corações" (também encontrados em candelabros) para serem usados. A versão original era o único da série a não ter este sistema ou um de seus sucessores.
Outra mudança "dramática" é que no original quando Christopher saltava não era possível mudar a direção (como a maioria dos clássicos) mas agora isto também foi adaptado. A marca registrada do personagem, o update Fireball Whip, foi mantido mas ao invés de ser perdido ao receber um dano agora é limitado por tempo.
É quase injusto chamar Adventure Rebirth de "remake". Os estágios foram completamente reformulados e agora tem chefes e sub-chefes com vários checkpoints no caminho. Existem 2 fases novas completando 6 estágios bem longos, talvez até um pouco longos demais.
As fases também tem múltiplos caminhos. É impossível ver todos os chefes em uma única rodada. Alguns são velhos conhecidos (Frankenstein, Succubus, Bone Dragon King), o tradicional Golem foi reimaginado como uma versão 2D de Shadow of the Colossus e foi introduzido um boss baseado em Jekyll e Hide.
Gráfico
No departamento visual, o jogo é bem competente. Não é do nível SotN e seu sucessores, mas é algo superior aos títulos do SNES. Os cenários são vibrantes, coloridos e variados, com um grande número de detalhes. Cada tela é única e harmoniosa no geral. Efeitos de paralax, a Clock Tower com suas engrenagens ilógicos funcionais, os vitrais e estátuas da capela herética , tudo foi planejado para invocar um senso de nostalgia.
Som
A trilha sonora é formada por remixes de músicas pouco conhecidas da série, como Reincarnated Souls de Castlevania Bloodlines (GEN), Aquarius e Riddle de Castlevania III e New Messiah do Castlevania Adventure original. Sem falar da aparição obrigatória de Vampire Killer. Os remixes foram feitos de modo a soarem como se tivesse a limitação dos sintetizadores dos arcades dos anos 80, começo dos 90.
Conclusão
É um jogo interessante para quem gosta dos títulos originais da série ou ação old-school. Para todos os outros não faz a menor diferença. Não se trata de um jogo com inovações ou grandioso de qualquer forma, mas sim uma formula clássica bem aplicada.
Não há um fator replay muito grande, a menos que seja para ver todos os caminhos. Uma das "trapaças" do jogo, a seleção de níveis já concluídos ou começados, é muito bem-vinda nesta hora então a vida útil é um tanto curta. Bom para se divertir por um tempo.
Fonte