Tributo aos FPS Old School! [Multiplataforma]

Tributozinho á época em que os FPS eram mágicos e originais! Não são análises, apenas uma lista comentada dos jogos deste popular gênero que tiveram seu lugar na história dos games.

Todos podem contribuir, recomendando o seu FPS das antigas preferido.



Wolfenstein 3D (1992)





Não foi o primeiro que joguei, nem acho/achava muito divertido, mas merece ser mencionado pois foi o o título que popularizou os FPS. Produzido pela ID software e publicado pela Apogee em 1992, trazia como tema a tentativa de escapatória de um preso do castelo de Wofenstein, porém o que se tratava de apenas uma fuga virou uma missão para derrubar o regime Nazista. Gráficos simples mas eficientes para a época. Mais tarde obteve ports para o SNES e depois para o GBA, houve até uma versão para o Jaguar e 3DO (que recebeu gráficos melhorados).




Doom (1993)





Como diria o AVGN: "THE BIG MOTHERFUCKER OF FPS". Quando o jogo começa, a arma em punho e o Heavy Metal tocando (em MIDI, mas mesmo assim nervoso) já dão uma dica do que virá pela frente. Foi o primeiro FPS que joguei, e o primeiro jogo que me deu pesadelos, hauhauhau. Lançado em 1993, e portado para quase todo mundo, em especial SNES (gráficos piorados), 32X (musica podre e menos fases), e Jaguar (bons gráficos, mas total ausência de música). Doom 4 encontra-se atualmente em desenvolvimento. Doom 64 é um jogo completamente diferente.




Heretic (1994)





"Doom medieval", como a maioria dizia, Heretic foi produzido pela Raven Soft com ajuda da Id. Tinha uma ambientação muito mais tenebrosa e sinistra, com ambientes escuros e demônios que riam de você e gritavam na sua presença. A história envolve a vinda de uma entidade maléfica, o Serpent Rider, para o mundo, e então Corvus, o elfo, vai a caçada do Serpent Rider. As armas eram um show a parte, diferente dos shooters modernos com armas de ultima geração, aqui temos armas com projéteis mágicos, menção honrosa para as luvas de metal que soltam raios from hell. Não foi portado para nenhum outro sistema na época. A sequência, Heretic II, foi produzido como um jogo em terceira pessoa, e o personagem principal ainda é Corvus.




Hexen: Beyond Heretic (1996)





A palavra Hexen é alemã, e quer dizer bruxo, feiticeiro. Produzido pela Raven, e publicado pela Id. Interessante como a história de Heretic e Hexen correm juntas, porém de forma diferente. O vilão é novamente um Serpent Rider, irmão do vilão de Heretic, porém agora a matança acontece em outra dimensão (arrisco dizer que é a nossa, devido a certas pistas pelo jogo e principalmente em Hexen II). Neste jogo porém, você pode escolher entre 3 personagens jogáveis: o Guerreiro (mais forte dos três, e usa principalmente ataques físicos), o Clérigo (classe equilibrada/pau-pra-toda-obra) e o Mago (armas e magias de longo alcance, com o porém de ser a classe mais fraca de todas). Jogar Hexen é muito divertido, pois há armadilhas espalhadas por todo lugar, principalmente próximo aos itens importantes, então você tem que sempre ficar bem atento. Teve ports para o PSX, Saturn e N64, sendo a versão do N64 a mais fiel ao original do PC.




Duke Nukem (1996)





Lançado pela Apogee, reinventou o estilo, com a matança do Doom e uma grande dose de humor. Muito controverso pela presença de prostitutas no jogo (SHAKE IT BABE!). Na história, a Terra é invadida por aliens assassinos que transformam os policiais em porcos mutantes e roubam as mulheres. O protagonista de Doom aparece em uma cena, infelizmente mutilado da cintura para baixo, enquanto Duke diz: "That´s one Doomed marine...". Foi portado para Playstation, Sega Saturn, e existe uma versão do Mega Drive exclusiva para o Brasil, porém tem apenas e último episódio, e graficos bem limitados.




Quake (1996)





Se existe um FPS que causou tanto estardalhaço quanto Doom, este foi QUAKE. Pela primeira vez via-se um FPS inteiramente 3D de qualidade. O ponto mais forte do jogo, na minha opinião, além da jogabilidade fluída e design das fases, são os efeitos sonoros. A qualidade sonora do jogo para sua época é extrema, tudo encaixa com perfeição, e o rugido dos simpáticos canibais gigates com serras elétricas nunca foi tão aterrador. Jogar a noite, sozinho com som alto, é um convite para a imersão e muitos sustos.




Half-Life (1998)





Arrasa-quarteirão da então desconhecida Valve (empresa de ex-funcionários da Microsoft), adicionou enredo, diálogos e outros momentos épicos á mistura explosiva dos FPS. Ao contrário da maioria das empresas de games, a Valve encorajava modificações para HL, ocasionando inúmeras modificações que poder ser jogadas utilizando o game original, sendo a mais conhecida o famoso Counter-Strike. Half-Life foi também considerado Melhor Jogo de PC de Todos os Tempos, e influencou inúmeros jogos do genero até os dias de hoje. Posteriormente portado para PlayStation 2, teve também versões para Dreamcast e Mac, que nunca foram liberadas comercialmente (mas 10 minutos de busca na internet são o bastante para encontra-las)




Shadow Warrior (1996)





Da mesma produtora de Duke Nukem (antiga Apogee, agora sob o nome de 3D Realms), você entra na pele de Lo Wang, que trabalhava como segurança para o presidente de uma grande corporação. Percebendo os planos de dominação mundial, Lo Wang se demite e passa a lutar contra a corporação e seu exército de monstros. O jogo possui todo o bom humor característico da Apogee, também presente em Duke Nukem, porém, ao meu ver, possui uma ambientação mais "dark". Os inimigos podem morrer de forma diferente, dependendo da arma usada. A espada de samurai é de longe a arma mais divertida.




Chasm: The Rift (1997)





Um dos primeiros "Filhos de Quake", fez muito sucesso na Alemanha. Introduziu efeitos climáticos, como chuva e neve, e a possibilidade de desmembrar os inimigos ainda vivos (o equivalente atual seria Dead Space). Detalhe para a modelagem super bem trabalhada das fases, dos personagens e inimigos. Apenas peca um pouco por ser demasiado parecido com Quake, especialmente no quesito armas e chefes. Não foi portado para nenhum console.




Rise of the Triad (1995)





Utilizando uma engine modificada dw Wolfenstein 3D, a Apogee planejava uma sequência para o mesmo, denominada Wolfenstein: Rise of the Triad. Porém, com o projeto cancelado, o protótipo do game foi engavetado, para somente alguns anos depois ser refeito com uma nova história. O enredo envolve uma organização secreta do governo que é enviada para investigar uma espécie de culto negro em uma ilha na costa dos EUA. O grupo acaba ficando preso lá, tendo que combater com os participantes do culto. Possívelmente o jogo com maior quantidade de sangue e víceras por m², não é incomum ver os pedaços dos inimigos voando na sua frente. Possuia também modo multiplayer, e possívelmente foi o primeiro shooter a apresentar "Capture the Flag" como modo de jogo (não posso confirmar). Não foi portado para nenhum console.




Marathon (1994)





A Apple queria atrair para seu computador aqueles usuários que se interessavam por games, e com o recente sucesso de Doom no Windows, resolver chamar a Bungie e criar um FPS exclusivo para o Mac: assim nasceu Marathon. Como todo jogo da Bungie, a história é milhões de vezes mais complexa que o jogo pripriamente dito, mas resumindo: uma força alienígena hostil invade uma nave humana e começa a chacina. A primeira versão saiu para Mac e Pippin, a as duas últimas apenas para Mac. Após a aquisição da Bungie pela Microsoft, todas as versões sairam para Windows. Este jogo é o tataravô de Halo.




Powerslave a.k.a Exhumed (1996)





Seguindo na direção contrária, a Lobotomy desenvolveu Powerslave para o PSX e o Saturn primeiro, e depois portou para o PC. Não oferece muitas inovações tecnológicas, mas o que chama atenção é o tema: Egito. Tem algumas partes com pulos em plataformas e mesmo a versão de PC tem "checkpoints", ou seja: você não pode salvar uma partida e voltar no mesmo ponto depois. Vale pelo desafio! Se quiser saber mais sobre este game recomendo acessar o site: http://marvoxbrasil.wordpress.com/. Ele jogou até o final e fez um review bem bacana.


Incidente em Varginha (1998)





Convenhamos que este jogo não tem nada de muito especial e na época que foi lançado já estava defasado - mas não posso deixar de falar dele pois foi um marco na história dos games produzidos no Brasil.
Enredo extraido direto da wikipedia: "Uma verdadeira operação de guerra é montada para acobertar o pouso de um veículo alienígena. Frustrando as forças militares envolvidas, alguns extraterrestres fogem em direção à cidade, onde são vistos por várias testemunhas. Você é uma dessas testemunhas, o primeiro ser humano a fazer contato, e recebe uma missão muito especial…" Joguei a demo e lembro que a dificuldade do jogo era bastante acentuada. Foi lançado apenas para PC, obviamente.



Unreal (1998)






Produzido pela Epic (Gears of War) e utilizando pela primeira vez a famosa Unreal Engine, criada para competir com a id Tech 2. Frequentemente apontado como o melhor dos "Filhos de Quake", não é a toda que recebe esta fama - gráficos lindos para seu tempo, paisagens do planeta Na Pali de cair o queixo. Um pouco da história: Você é o prisioneiro 894 da prisão/nave Vortex Rikers. Devido a um suposto defeito, a nave cai no planeta Na Pali, casa da raça dos Nali, humanóides com quatro braços. No entando, a raça dos Nali está sendo escravizada pelos Skaarj, uma outra raça alienígena de reptilianos tecnologicamente avançados e brutais. Os Skaarj então invadem a Vortex Rikers e matam a todos os humanos, com excessão de você, prisioneiro 894, que tem a missão de sobreviver - e eventualmente liberar os Nali da escravidão dos Skaarj.
Rendeu uma série de jogos Single Player e outra baseado no Multi Player, chamado Unreal Tournament. Apenas lançado para Mac e PC.


Blood (1997)





Esse é do mal. Em Blood, você toma o controle de Caleb, um sumo-sacerdote do culto Cabal, que reverencia o esquecido deus Tchernobog (ou Chernobog, deus da cultura Eslava). Em um certo ponto de suas vidas, Caleb e sua esposa, Ophelia, são traídos e mortos por Tchernobog, que alega incompetência dos membros do Cabal emidolatrar seu nome. Um bom tempo depois, Caleb misteriosamente resussita de sua tumba (I LIVE...AGAIN!!) e sai em busca de vingança e respostas. Não necessariamente nesta mesma ordem.
Efeitos sonoros são também o forte do jogo. Você vai delirar ouvindo a espingarda de cano suplo atirando e sendo recarregada! Um dos primeiros jogos a introduzir o "tiro secundário" nas armas. E por falar em armas, Blood tem uma das seleções de armas mais interessantes dos FPS: você pode usar desde uma arma de sinalizadores, espingarda de dois canos, metralhadora thompson (aquelas da máfia), passando por um Spray e Isqueiro para criar um lança chamas, dinamite e etc...incluindo um boneco Vudu, que por acaso é o arma mais eficiente do jogo! Nunca o use na frente de um espelho.
Produzido pela Monolith, não tenho conhecimento de nenhum port do jogo fora do PC.


Catacombs 3D (1991) + Hover Tank 3D (1991)











Ambos os jogos foram lançados em 1991, sendo que Hovertank foi lançado alguns meses antes de Catacombs. São os primeiros jogos que se tem notícia a utilizar o tiro em primeira pessoa, porém Catacombs foi o primeiro jogo a realmente você controlar um ser humano e visualizar sua arma. Em Hovertank, era apenas possível ver a mira, e você controlava um tanque (DÃÃÃRR). Só saiu para o bom e velho DOS.
Apesar de ser o primeiro, muitas vezes não é levado em conta na história dos FPS, pois o jogo que realmente popularizou o gênero foi seu sucessor, Wolfenstein.


Turok: Dinosaur Hunter (1997)





O N64 pode ter sido um console sem grande variedade de títulos, mas os que realmente acreditavam nele conseguiram tirar o que havia de melhor no console. E foi o caso de Turok, o primeiro jogo de uma Third Party a chegar no N64.
Utilizando todo o potencial do controle bacana do N64 e sua alavanca analógica, a Iguana Entertainment (sim esse é o nome da desenvolvedora) fez um FPS fluído e divertido. O jogo utiliza o sistema de Hub (sistema introduzido por Hexen, você está em um local com vários portais, e entra em um deles para fazer a missão, depois volta para o Hub e o portal seguinte), e a história envolve um nativo americano (Turok), viajando par a Terra Perdida, um lugar onde habitam desde dinossauros a Aliens, e deve impedir o vilão Campaigner de colocar as mãos nos outo fragmentos da arma mais poderosa do universo, o Chronoscepter. Somente para N64 e Windows.


*CONTINUA*

Última edição por Dopefish em Sex 23 Jul 2010, 13:39, editado 2 vez(es)

Reservado.

Reservado.

deus do ceu

eu joguei todos esses games

Deu vontade de jogar o "virginia"

Aguardando novas atualizações 8)

Originais?
Acho q tirando Half Life e uns outros, os jogos eram tudo copia de Wolfenstein.

Also, adoro esses jogos (os q joguei).

Bonatti escreveu:

Originais?
Acho q tirando Half Life e uns outros, os jogos eram tudo copia de Wolfenstein.

Also, adoro esses jogos (os q joguei).

Basicamente...mas naquela época que não tinha nada, qualquer coisa que você fazia era novo, nem que você mudasse uma virgula só


Mas a essencia de todos é a mesma, e nem teria como ser diferente...HL inovou no modo de contar a história e ambientação e pá...mas a essência é a mesma...

Um dos criadores desse jogo é um professor meu.
Não gosto dele como professor, mas do o abraço a torcer ao cara pelo q ele ja fez pelo mercado aqui no Brasil. Muito mais q qualquer um daqueles metidos a "jogo justo" q acham q ajudam em algo.

Dopefish escreveu:

Bonatti escreveu:

Originais?
Acho q tirando Half Life e uns outros, os jogos eram tudo copia de Wolfenstein.

Also, adoro esses jogos (os q joguei).

Basicamente...mas naquela época que não tinha nada, qualquer coisa que você fazia era novo, nem que você mudasse uma virgula só


Mas a essencia de todos é a mesma, e nem teria como ser diferente...HL inovou no modo de contar a história e ambientação e pá...mas a essência é a mesma...

Bom, Half Life deu um bom UP no gênero em quase todos os aspectos. Por isso é considerado um dos melhores do gênero até hj.

Eu não to reclamando dos jogos, como eu disse, eu gosto muito deles, só não entendo pq tanta gente fala q eles são inovadores e os novos são tudo iguais, se os novos inovam bem mais q os antigos (falem oq quiser, temos um monte de fps genérico, mas temos um monte inovador tb).

incidente em varginha foi o melhor game já feito aqui no brasil

o game é otemo

Bonatti escreveu:

Dopefish escreveu:

Bonatti escreveu:

Originais?
Acho q tirando Half Life e uns outros, os jogos eram tudo copia de Wolfenstein.

Also, adoro esses jogos (os q joguei).

Basicamente...mas naquela época que não tinha nada, qualquer coisa que você fazia era novo, nem que você mudasse uma virgula só


Mas a essencia de todos é a mesma, e nem teria como ser diferente...HL inovou no modo de contar a história e ambientação e pá...mas a essência é a mesma...

Bom, Half Life deu um bom UP no gênero em quase todos os aspectos. Por isso é considerado um dos melhores do gênero até hj.

Eu não to reclamando dos jogos, como eu disse, eu gosto muito deles, só não entendo pq tanta gente fala q eles são inovadores e os novos são tudo iguais, se os novos inovam bem mais q os antigos (falem oq quiser, temos um monte de fps genérico, mas temos um monte inovador tb).

Nem vou opinar pq adoro FPS e jogo todos :;bigode;:

Só não to gostando da ultima tendencia de converter tudo em FPS...tipo XCOM e agora Syndicate que NUNCA foram jogos de tiro, mas blz...

Dopefish escreveu:

Bonatti escreveu:

Dopefish escreveu:

Bonatti escreveu:

Originais?
Acho q tirando Half Life e uns outros, os jogos eram tudo copia de Wolfenstein.

Also, adoro esses jogos (os q joguei).

Basicamente...mas naquela época que não tinha nada, qualquer coisa que você fazia era novo, nem que você mudasse uma virgula só


Mas a essencia de todos é a mesma, e nem teria como ser diferente...HL inovou no modo de contar a história e ambientação e pá...mas a essência é a mesma...

Bom, Half Life deu um bom UP no gênero em quase todos os aspectos. Por isso é considerado um dos melhores do gênero até hj.

Eu não to reclamando dos jogos, como eu disse, eu gosto muito deles, só não entendo pq tanta gente fala q eles são inovadores e os novos são tudo iguais, se os novos inovam bem mais q os antigos (falem oq quiser, temos um monte de fps genérico, mas temos um monte inovador tb).

Nem vou opinar pq adoro FPS e jogo todos :;bigode;:

Só não to gostando da ultima tendencia de converter tudo em FPS...tipo XCOM e agora Syndicate que NUNCA foram jogos de tiro, mas blz...

Isso eu concordo com vc.
Mas se portarem direito, como em Fallout 3, ai dou o braço a torcer. Embora, peloq vi, XCOM virou apenas um FPS comum, enquanto Fallout apostaram em um FPS RPG, isso faz toda a diferença.

Bonatti escreveu:

Um dos criadores desse jogo é um professor meu.
Não gosto dele como professor, mas do o abraço a torcer ao cara pelo q ele ja fez pelo mercado aqui no Brasil. Muito mais q qualquer um daqueles metidos a "jogo justo" q acham q ajudam em algo.

Nunca joguei esse game!

Hoje em dia já é abandoware?

Como que pode tanto jogo maravilhoso em apenas uma década? Hoje esse tipo de coisa não acontece mais. parabéns aos Dopefish pelo tributo. E pro pessoal que se interessar no PowerSlave, a matéria tá aqui.

Blog MarvoxBrasil - Ed Nº 42 - PowerSlave