KOSOVO ANALISA: STREET FIGHTER ALPHA 2 (SNES)
Datas de lançamento
Japão: Street Fighter Zero 2 (20/12/1996)
America do Norte: Street Fighter Alpha 2 (11/1996)
Europa: Street Fighter Alpha 2 (19/12/1996)
Publicação e distribuição: Capcom (Japão), Nintendo (EUA e Europa)
Na época do lançamento, tive o prazer de jogar com um amigo que comprou o logo que possível. Era fantástico ter um jogo tão completo em pleno 16 bits. Lembro estávamos com Final Fight 3 quando a fita chegou, e não conseguíamos jogar nem 10 minutos de FF3 devido à vontade de jogar SFA2.
Fiquem agora com um pequeno review do jogo. Boa leitura!
No ano de 1996, em pleno auge do Playstation, Saturn e início de Nintendo 64, a Capcom ousa e porta um de seus maiores hits para o Super Nintendo. Lançado originariamente para a placa CPS2 de arcades da Capcom em 27/02/1996, Street Fighter Alpha 2 recebeu o único port para 16 bits, ao ser adaptado para Super Nintendo.
A versão SNes apresenta abertura fiel à original, mid-bosses, diálogos pré-bout, provocações, tela de versus, tela de vitória, finais (mesmo que reduzidos), e várias poses de vitórias (de 2 a 6 por personagem). Até a super provocação do Dan está presente, assim como o fake hadouken de Ryu e as roladas de Ken, entre outros golpes mais diferenciados. Também estão presentes os vários ícones de vitória, que mudam de acordo com o golpe final dado no respectivo round. Em relação à versão original, há esperados cortes na quantidade de quadros de animação dos personagens.
Nas opções é permitido escolher o nível de dificuldade, som estéreo ou mono, configurar os controles, definir o tempo limite de cada round, o número máximo de rounds, o nível de dano dos golpes, 3 velocidades de jogo, e habilitar ou não a escolha de defesa automática. Durante as partidas, ao pausar e apertar Select, é possível reconfigurar os controles.
Personagens
Todos os 18 personagens principais da versão arcade estão presentes, e todos os personagens tem 4 cores selecionáveis.
Em relação ás outras adaptações caseiras, não estão presentes Evil Ryu, Classic Zangief e Classic Dhalsim. Essas versões Classic são as versões de Street Fighter II Champion Edition, que obviamente não tem defesa aérea nem super combos, mas que apresentam outras regalias que não merecem atenção no momento.
Para compensar, nessa versão está presente a roupa alternativa (clássica) da Chun-li. E Shin Akuma está presente, mas não é controlável - a menos que você use Game Genie e afins.
Cenários
Há vários cortes nas animações de elementos dos cenários, e até elementos em si, mas todos os cenários do arcade estão presentes. Cada personagem tem seu próprio estágio e música.
Não está presente o cenário da cachoeira, correspondente à última luta quando se usa Charlie/Nash.
O cenário da Austrália (o gramado que aparece na abertura) pode ser acessado mediante truque no modo Versus (basta segurar START por alguns segundos e escolher o cenário), ou quando se chega ao último estágio usando Sagat.
Jogabilidade
Todos os elementos estão presentes, como custom combos, alpha/zero counter, defesa aérea, cair em pé, super combos em todos os 3 níveis. Quanto aos custom combos, essa versão é a única que permite executá-los com a barra em qualquer nível, desde que acima do nível 1.
A jogabilidade apresenta atalhos como comandos simplificados / diferenciados (ex: o especial Somersault Justice de Charlie pode ser feito mais facilmente se o último comando direcional for cima+trás; soltar um botão tem o mesmo efeito que apertá-lo quando se solta uma magia, o que facilita combos).
Há slowdowns, que alteram moderadamente a fluência do jogo em relação ao original (pessoalmente, recomendo jogar na velocidade 'turbo 1' para um meio termo entre velocidade ideal e pouco contraste com slowdowns).
O SNes tem uma pequena lista de jogos convertidos com jogabilidade alterada em relação ao original, vide os Street Fighter 2 anteriores em relação ao CPS1 Chain Combo, e talvez essa conversão seja uma das mais comprometidas, tanto no quesito fidelidade quanto qualidade. Ela possui bugs que sequer existiam na versão arcade, alguns até de facílima execução.
Para os jogadores casuais e para a grande maioria, as alterações pouco influenciarão, enquanto que jogadores mais hardcore ou de nível profissional perceberão e poderão considerar como defeito tais diferenças, visto que a 'pegada' ficou diferente das outras versões do jogo.
Sons
O jogo apresenta várias vozes e efeitos, porém é óbvio que houveram cortes bastante perceptíveis. As músicas são as mesmas do arcade, porém inferiores tanto em relação ao potencial do SNes quanto às outras versões. No geral, estão medianas, umas mais e outras menos. Existem adaptações sonoras também, como a interrupção da música no fim de cada round, sendo que no jogo original, a música é contínua durante a luta toda.
Aspectos Técnicos
Devido à grande quantidade de informações do jogo, duas características principais são apontadas nessa versão: a) o cartucho usa o chip S-DD1 para descompressão de gráficos, como Star Ocean, outro título do SNes a usar esse chip, que impossibilita a pirataria e que por um certo tempo dificultou a emulação do jogo; b) há um loading após o narrador falar 'Fight' e um outro pequeno entre o último golpe e a pose de vitória; os loadins estão associados com o carregamento de sons para o chip de som.
Quanto à regionalização do jogo, destaca-se a alterações do nome de alguns personagens. No jogo americano/europeu temos Charlie, M. Bison, Katana e Akuma; na versão japonesa são Nash, Vega, Sodom e Gouki.
Em relação ao jogo original, é óbvio que ocorreram muitas perdas e mudanças, além de vários slowdowns durante as partidas. Porém, visto isoladamente como um jogo recheado de conteúdo para um console 16 bits, com vários efeitos e detalhes, cumpre muito bem o papel e foi uma ótima adição ao console no fim de sua brilhante carreira, ainda mais para quem não tinha acesso aos arcades ou conversões dos consoles 32 bits.
Ou seja, resumidamente: embora seja tecnicamente distante do original, mostra a ousadia da Nintendo e Capcom ao colocar um jogo bastante completo e moderno em um cartucho e em um console em final de vida. Mesmo que aquém das versões arcade ou 32 bits, ainda diverte bastante.
Beta Version
Algumas fotos publicadas na revista mexicana Club Nintendo indicam pequenas diferenças da versão beta em relação ao jogo final.
Aparentemente, o chip a ser usado no jogo seria o SA-1, mas talvez devido á redução de gastos ou limitações do cartucho, o jogo acabou adotando o chip S-DD1.
Nessas fotos, percebemos alguns detalhes relevantes:
- a fonte das letras na versão beta é diferente da versão final
- os personagens na versão beta são maiores que na versão final
- as sombras não piscam, estão aparentemente sempre visíveis ao invés de alternantes como na versão final
- diferentes ícones de vitória na versão beta
Algumas revistas (nacionais inclusive) chegaram a anunciar que o SNes receberia uma versão exclusiva da série Alpha, baseada nas limitações do 16bits, o que não ocorreu. Algumas chegaram a divulgar o nome dessa versão, que seria 'Super Street Fighter Alpha'.
VÍDEOS
Abertura + Demos
Clipe mostrando várias cenas
Abertura + Speedrun com Ryu
Fotos in-game tiradas por mim, via emulador; todas redimensionadas para a proporção 4x3.
Demais imagens retiradas do Google imagens.
Vídeos retirados do Youtube.
Datas de lançamento
Japão: Street Fighter Zero 2 (20/12/1996)
America do Norte: Street Fighter Alpha 2 (11/1996)
Europa: Street Fighter Alpha 2 (19/12/1996)
Publicação e distribuição: Capcom (Japão), Nintendo (EUA e Europa)
Na época do lançamento, tive o prazer de jogar com um amigo que comprou o logo que possível. Era fantástico ter um jogo tão completo em pleno 16 bits. Lembro estávamos com Final Fight 3 quando a fita chegou, e não conseguíamos jogar nem 10 minutos de FF3 devido à vontade de jogar SFA2.
Fiquem agora com um pequeno review do jogo. Boa leitura!
No ano de 1996, em pleno auge do Playstation, Saturn e início de Nintendo 64, a Capcom ousa e porta um de seus maiores hits para o Super Nintendo. Lançado originariamente para a placa CPS2 de arcades da Capcom em 27/02/1996, Street Fighter Alpha 2 recebeu o único port para 16 bits, ao ser adaptado para Super Nintendo.
A versão SNes apresenta abertura fiel à original, mid-bosses, diálogos pré-bout, provocações, tela de versus, tela de vitória, finais (mesmo que reduzidos), e várias poses de vitórias (de 2 a 6 por personagem). Até a super provocação do Dan está presente, assim como o fake hadouken de Ryu e as roladas de Ken, entre outros golpes mais diferenciados. Também estão presentes os vários ícones de vitória, que mudam de acordo com o golpe final dado no respectivo round. Em relação à versão original, há esperados cortes na quantidade de quadros de animação dos personagens.
Nas opções é permitido escolher o nível de dificuldade, som estéreo ou mono, configurar os controles, definir o tempo limite de cada round, o número máximo de rounds, o nível de dano dos golpes, 3 velocidades de jogo, e habilitar ou não a escolha de defesa automática. Durante as partidas, ao pausar e apertar Select, é possível reconfigurar os controles.
Personagens
Todos os 18 personagens principais da versão arcade estão presentes, e todos os personagens tem 4 cores selecionáveis.
Em relação ás outras adaptações caseiras, não estão presentes Evil Ryu, Classic Zangief e Classic Dhalsim. Essas versões Classic são as versões de Street Fighter II Champion Edition, que obviamente não tem defesa aérea nem super combos, mas que apresentam outras regalias que não merecem atenção no momento.
Para compensar, nessa versão está presente a roupa alternativa (clássica) da Chun-li. E Shin Akuma está presente, mas não é controlável - a menos que você use Game Genie e afins.
Cenários
Há vários cortes nas animações de elementos dos cenários, e até elementos em si, mas todos os cenários do arcade estão presentes. Cada personagem tem seu próprio estágio e música.
Não está presente o cenário da cachoeira, correspondente à última luta quando se usa Charlie/Nash.
O cenário da Austrália (o gramado que aparece na abertura) pode ser acessado mediante truque no modo Versus (basta segurar START por alguns segundos e escolher o cenário), ou quando se chega ao último estágio usando Sagat.
Jogabilidade
Todos os elementos estão presentes, como custom combos, alpha/zero counter, defesa aérea, cair em pé, super combos em todos os 3 níveis. Quanto aos custom combos, essa versão é a única que permite executá-los com a barra em qualquer nível, desde que acima do nível 1.
A jogabilidade apresenta atalhos como comandos simplificados / diferenciados (ex: o especial Somersault Justice de Charlie pode ser feito mais facilmente se o último comando direcional for cima+trás; soltar um botão tem o mesmo efeito que apertá-lo quando se solta uma magia, o que facilita combos).
Há slowdowns, que alteram moderadamente a fluência do jogo em relação ao original (pessoalmente, recomendo jogar na velocidade 'turbo 1' para um meio termo entre velocidade ideal e pouco contraste com slowdowns).
O SNes tem uma pequena lista de jogos convertidos com jogabilidade alterada em relação ao original, vide os Street Fighter 2 anteriores em relação ao CPS1 Chain Combo, e talvez essa conversão seja uma das mais comprometidas, tanto no quesito fidelidade quanto qualidade. Ela possui bugs que sequer existiam na versão arcade, alguns até de facílima execução.
Para os jogadores casuais e para a grande maioria, as alterações pouco influenciarão, enquanto que jogadores mais hardcore ou de nível profissional perceberão e poderão considerar como defeito tais diferenças, visto que a 'pegada' ficou diferente das outras versões do jogo.
Sons
O jogo apresenta várias vozes e efeitos, porém é óbvio que houveram cortes bastante perceptíveis. As músicas são as mesmas do arcade, porém inferiores tanto em relação ao potencial do SNes quanto às outras versões. No geral, estão medianas, umas mais e outras menos. Existem adaptações sonoras também, como a interrupção da música no fim de cada round, sendo que no jogo original, a música é contínua durante a luta toda.
Aspectos Técnicos
Devido à grande quantidade de informações do jogo, duas características principais são apontadas nessa versão: a) o cartucho usa o chip S-DD1 para descompressão de gráficos, como Star Ocean, outro título do SNes a usar esse chip, que impossibilita a pirataria e que por um certo tempo dificultou a emulação do jogo; b) há um loading após o narrador falar 'Fight' e um outro pequeno entre o último golpe e a pose de vitória; os loadins estão associados com o carregamento de sons para o chip de som.
Quanto à regionalização do jogo, destaca-se a alterações do nome de alguns personagens. No jogo americano/europeu temos Charlie, M. Bison, Katana e Akuma; na versão japonesa são Nash, Vega, Sodom e Gouki.
Em relação ao jogo original, é óbvio que ocorreram muitas perdas e mudanças, além de vários slowdowns durante as partidas. Porém, visto isoladamente como um jogo recheado de conteúdo para um console 16 bits, com vários efeitos e detalhes, cumpre muito bem o papel e foi uma ótima adição ao console no fim de sua brilhante carreira, ainda mais para quem não tinha acesso aos arcades ou conversões dos consoles 32 bits.
Ou seja, resumidamente: embora seja tecnicamente distante do original, mostra a ousadia da Nintendo e Capcom ao colocar um jogo bastante completo e moderno em um cartucho e em um console em final de vida. Mesmo que aquém das versões arcade ou 32 bits, ainda diverte bastante.
Beta Version
Algumas fotos publicadas na revista mexicana Club Nintendo indicam pequenas diferenças da versão beta em relação ao jogo final.
Aparentemente, o chip a ser usado no jogo seria o SA-1, mas talvez devido á redução de gastos ou limitações do cartucho, o jogo acabou adotando o chip S-DD1.
Nessas fotos, percebemos alguns detalhes relevantes:
- a fonte das letras na versão beta é diferente da versão final
- os personagens na versão beta são maiores que na versão final
- as sombras não piscam, estão aparentemente sempre visíveis ao invés de alternantes como na versão final
- diferentes ícones de vitória na versão beta
Algumas revistas (nacionais inclusive) chegaram a anunciar que o SNes receberia uma versão exclusiva da série Alpha, baseada nas limitações do 16bits, o que não ocorreu. Algumas chegaram a divulgar o nome dessa versão, que seria 'Super Street Fighter Alpha'.
VÍDEOS
Abertura + Demos
Clipe mostrando várias cenas
Abertura + Speedrun com Ryu
Fotos in-game tiradas por mim, via emulador; todas redimensionadas para a proporção 4x3.
Demais imagens retiradas do Google imagens.
Vídeos retirados do Youtube.
Última edição por Antonio Neto em Qua 06 Mar 2019, 10:49, editado 18 vez(es)