Um popular líder espiritual indiano chamou a atenção nesta terça-feira ao afirmar que o violento estupro coletivo de uma estudante de 23 anos poderia ter sido evitado e rogou que os agressores sejam perdoados.
O guru Asharam, conhecido por seus seguidores como "Bapu" ou pai, disse a seus devotos que não culpem apenas os agressores pelo crime ocorrido em um ônibus em Nova Delhi, no dia 16 de dezembro.
"Esta tragédia não teria acontecido se ela tivesse evocado o nome de Deus e caído sobre os pés de seus agressores. O erro não foi cometido apenas de um lado", declarou o líder espiritual em vídeo publicado na internet.
As declarações do guru de 71 anos foram alvo de duras condenações públicas. Seu depoimento foi o mais recente após uma série de gafes de figuras públicas na Índia culpando as mulheres pela epidemia de estupro no país.
O porta-voz do partido nacionalista hindu Bharatiya Janata(BJP), Ravi Shankar Prasad, definiu a declaração como "profundamente dolorosa e inoportuna".
"Fazer esta declaração relacionada a um crime que chocou a consciência do país não é apenas infeliz, como também profundamente lamentável", comentou Prasad à imprensa.
O jornal Hindu lamentou que um homem religioso se "rebaixasse tanto".
O editorial do jornal criticou ainda políticos que integram a maioria do Congresso assim como o BJP por seus comentários sexistas sobre o estupro em Delhi e a necessidade de as mulheres viverem de uma forma tradicional em casa.
"Asharam merece ser condenado com duras repreensões. Esta noção de uma sociedade ideal tem sua raiz em preconceitos que engendraram numa cultura de violência contra as mulheres. O incidente em Delhi é a sua pior e mais recente manifestação", noticiou o jornal indiano.
Cinco homens foram acusados de estupro e assassinato no ataque do dia 16 de dezembro à jovem estudante. Um sexto acusado de apenas 17 anos será julgado numa corte especial para menores de idade.
O guru Asharam, conhecido por seus seguidores como "Bapu" ou pai, disse a seus devotos que não culpem apenas os agressores pelo crime ocorrido em um ônibus em Nova Delhi, no dia 16 de dezembro.
"Esta tragédia não teria acontecido se ela tivesse evocado o nome de Deus e caído sobre os pés de seus agressores. O erro não foi cometido apenas de um lado", declarou o líder espiritual em vídeo publicado na internet.
As declarações do guru de 71 anos foram alvo de duras condenações públicas. Seu depoimento foi o mais recente após uma série de gafes de figuras públicas na Índia culpando as mulheres pela epidemia de estupro no país.
O porta-voz do partido nacionalista hindu Bharatiya Janata(BJP), Ravi Shankar Prasad, definiu a declaração como "profundamente dolorosa e inoportuna".
"Fazer esta declaração relacionada a um crime que chocou a consciência do país não é apenas infeliz, como também profundamente lamentável", comentou Prasad à imprensa.
O jornal Hindu lamentou que um homem religioso se "rebaixasse tanto".
O editorial do jornal criticou ainda políticos que integram a maioria do Congresso assim como o BJP por seus comentários sexistas sobre o estupro em Delhi e a necessidade de as mulheres viverem de uma forma tradicional em casa.
"Asharam merece ser condenado com duras repreensões. Esta noção de uma sociedade ideal tem sua raiz em preconceitos que engendraram numa cultura de violência contra as mulheres. O incidente em Delhi é a sua pior e mais recente manifestação", noticiou o jornal indiano.
Cinco homens foram acusados de estupro e assassinato no ataque do dia 16 de dezembro à jovem estudante. Um sexto acusado de apenas 17 anos será julgado numa corte especial para menores de idade.