Bonatti escreveu:
Porra velho, mesmo sozinho, vão te assaltar com arma.... vai arrisca a sua vida por causa de celular/dinheiro? :|
Até os caras desarmados é perigoso... pode sempre ter alguem longe olhando armado. Se deu umas porradas nos caras???
Primeira tentativa de assalto: Dois caras me abordaram no ponto de onibus, chegaram cumprimentando, pegando na mão, sabe?
Como eu sempre fui de falar com todo mundo, num primeiro momento, pensei que fosse só alguém que eu conhecia e não estava reconhecendo naquele momento.
O que me comprimentou (um cara grande, uns 1.85 de altura, bem forte) ficou segurando a minha mãe e disse "passa a carteira" e me olhando nos olhos.
O outro (um magrelo, menor) ficou só observando o movimento ao redor.
Eu continuei segurando a mão dele e ele repetiu "passa a carteira".
Continuei encarando-o nos olhos, ele me encarando de volta e, quando ele repetiu pela terceira vez "passa a carteira" eu disse "Sinto muito. Se você quiser ficar com ela, vai ter que tirar de mim".
Nisso, o magrelão ficou meio "nervoso" e ficou acelerando o cara - "vambora, vambora".
Nos ficamos sei lá quanto tempo, um encarando o outro sem desviar o olhar, em silencio absoluto, um segurando a mão do outro.
Depois de algum tempo, o cara sorriu, me deu um tapinha no ombro e foi embora.
Segunda tentativa de assalto: Eu estava andando na avenida santo amaro, tarde da noite, voltando do treino.
Chegaram três caras altos e magros, de bike.
Ficaram me acompanhando por alguns minutos, e fintando meu tênis (Eu, babacão, estava de nike).
Eu continuei caminhando como se nada estivesse acontecendo.
Um deles decidiu me abordar:
Ele: :SETA:
Eu:
:SETA: E ae maluco, você tem um dinheiro pra eu?
Não amigo, não tenho não...
:SETA: Tem certeza? Nóis tava a fim de tomar uma cerveja aê...
Não, não tenho não...
:SETA: E esse tênis ai..?
:SETA: Tem certeza que não tem dinheiro? E se eu achar, é meu?
Aê eu parei de sorrir e de andar, posturei as pernas em uma boa base, e fiz sinal com a mão direita de "vem".
O cara fez uma cara assim -
E os três foram embora sem falar mais nada...
De qualquer forma, essas historias são velhas, antigas.
Ocorreram e refletem o Daniel de quase dez anos atrás, não o trabalhador gordinho dos dias de hoje.
Hoje, jamais arriscaria a minha vida ou minha integridade fisica por um tênis, um celular...
Essas bostas quebram ou perdem seu valor e as jogamos no lixo em dois, três anos no máximo!
Sem falar que, hoje em dia, tem mais arma na mão de vagabundo do que pão na padaria.
Esses dias eu li uma materia da Época, intitulada "Porque eles matam".
Explicava porque assaltos, muitas vezes, se tornam latrocinios, homicidios.
95% das vezes, é porque a vitima reagiu...
Vai defender o carro, perde a vida...
Não cara, definitivamente, levem até minha roupa do corpo, mas me deixem a vida!
O Brasil vive guerra civil.
Nós, cidadões de bem estava desmardos ou, quando armados, com muito menos perícia.
Não temos chance.
E, nessa guerra pautada na covardia de esconder-se atrás de uma arma, musculos ou tecnicas de luta não valem de nada.