Fabricante: Sega
Sonic surgiu em 1991, há exatos 25 anos, ainda no Mega Drive. O personagem e seus jogos foram definitivos para a disputa dos videogames de época de ouro dos 16 bits (Mega Drive/Super Nes) que tomou conta do início dos anos 90. Mas depois de um bom início nos jogos 3D em 1998 com os dois games da Sonic Adventures no Dreamcast, o personagem se perdeu. Sega, já só como empresa thirdie, ainda conseguia vender seus jogos, mas a qualidade veio decaindo. Com esse Sonic Colors, lançado pra Nintendo Wii em 2010, a coisa já mudou de figura. Estúdio conseguiu fazer um game bem redondo como se a muito tempo não se via. Fases grandes, muita velocidade, poderes extras e nível de exploração extra maximum. Você se acostuma com uma fase, mas volta lá com poderes extras e “Wow! essa parte da fase tava escondida! Meu Deus!”. É assim que um bom game de plataforma (3d ou 2d) tem que ser. Sonic Colors foi uma ótima adição a série do ouriço azul.
A jogabilidade está 10 porque a Sega enxergou aqui como deve ser um Sonic 3D. Você basicamente corre pra frente, não tem essa de ficar andando pros lados ou pra trás, ou explorando muito os cenários (como rola com um game do Mario ou outro de plataforma 3D). Sonic percorre basicamente pistas de corrida, mas isso não tira a sensação de exploração porque com poderes extras você pode percorrer vários outros caminhos para chegar no final da fase. O Sonic corre, a habilidade principal dele é essa, então esse formato de pistas de corrida é o ideal mesmo para o personagem. E o game tem em partes 2D também e ambas partes (3D e 2D) interagem muito bem entre si nas fases.
Os poderes extras do ouriço vem dos alienígenas que ele acha no decorrer do percurso. Cada um dá poder diferente pra ele. São poderes bem legais, que aumentam bem o nível de exploração do jogo, já que você pode explorar partes subterrâneas, aéreas, e outras inacessíveis antes. Claro que quem quer zerar logo, vai poder e rápido, mas quem quer explorar tudo das fases vai ficar um tempo a mais ali, porque os poderes extras vai fazer você querer revisitar cada fases. E acredite, ambas opções de jogatina te dão a diversão que você quer.
Gráficamente, o game é um desbunde, ainda mais se considerarmos que estamos no Wii, videogame onde as empresas thirdies não esforçavam muito na parte gráfica, mas a Sega caprichou bem. Os cenários são gigantes mesmo, e passam a sensação de fases enormes. As músicas estão show também. Mesmo que se repitam, porque dentro de um mesmo mundo, as fases variam pouco de música, mas mesmo assim está ótimo e marcante. E nos controles você escolhe como joga. O game é compatível com todos controles existentes do Wii, mais o controle do Gamecube. Talvez única reclamação seja que nas partes 2D, o Sonic fica pequeno demais na tela, temos pouca variação de inimigos e os chefões são relativamente fáceis. Mas isso tudo não atrapalha, até porque o game tem qualidades mil que os defeitos acabam sumindo.
Sobre a história: Dr. Robotnik (ou Eggman) montou um parque de diversões no espaço, e lá capturou alienígenas pra sugar suas energias. O Sonic aparece por lá, sem querer, acaba descobrindo os planos do Robotnik e etc… Mas quem liga pra história num game de plataforma?
Enfim, jogo está aprovado. E sem entender porque a Sega depois de descobrir o ouro aqui, fica remontando os jogos 3D do Sonic a cada jogo, daí a gente se depara com esses “Sonic Boom” da vida em vez de um Sonic Colors 2…
Nota – 4/4
Última edição por Jail em Sex 29 Jul 2016, 12:03, editado 1 vez(es)