A NBA baniu para sempre Donald Sterling, sócio do Los Angeles Clippers, e ainda multou o dirigente em US$ 2,5 milhões, por conta de declarações consideradas racistas captadas numa escuta ilegal.
Há um mês, o rapper Jay-Z foi fotografado num jogo do Brooklyn Nets com Beyoncé usando um colar da seita "Five Percent Nation", uma dissidência igualmente radical da Nação do Islã, de Malcolm X. Jay-Z é divulgador de causas políticas de extrema esquerda, já foi fotografado com camisas do Che e ano passado comemorou 5 anos de casamento com Beyoncé em Cuba.
O mote do "Five Percent Nation" é "brancos são demônios" ("whites are devils"). A seita defende que os negros são uma raça superior e os brancos são seres inferiores, fracos e estúpidos. Em resumo, um grupo racista na essência, na definição do termo.
Donald Sterling fez um comentário evidentemente reprovável mas numa conversa privada, captada numa escuta ilegal, e teve que pagar o mais alto preço que a liga poderia impor: banimento e uma multa milionária.
Já Jay-Z, que era um dos donos do Brooklyn Nets até duas semanas atrás e assistiu o jogo há um mês na condição de sócio do time, estava exibindo um símbolo de um grupo claramente racista em público para todo mundo ver. Você ouviu falar de alguma reação, alguma multa, algum processo disciplinar contra o rapper?
É preciso começar a cobrar os mesmos pesos e medidas, antes tarde do que nunca.
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