Ritinha Ratinha escreveu: Alohawell escreveu: Tirando o fato que zoa minha cidade... o gif ficou legal.
eu não estou zoando, não mesmo!
acredito ser a última chance pro rio.
2006 ai em sampa todo mundo esquece ne?
Em São Paulo, “onda de violência” denuncia barbárieEntre 12 e 19 de maio deste ano morreram de forma violenta 273 pessoas na grande São Paulo. O número, chocante, foi levantado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, CREMESP. Ainda segundo o relatório do CREMESP, do total de mortos, 132 foram baleados. Cauteloso, o CREMESP não afirma que essas mortes tenham sido resultado de confrontos com a PM durante a “onda de violência”, mas os dados indicam que os ‘picos’ de mortes causadas por armas de fogo ocorreram na sexta-feira 12, quando os ataques começaram, e na segunda-feira, 15 de maio, quando a PM anunciou que “a caça continua”. (clique aqui para ler mais sobre o relatório)
Dados levantados por entidades de defesa dos direitos humanos podem ajudar a esclarecer o que se passa. Segundo o dossiê “Pena de Morte Ilegal e Extra-judicial” divulgado em outubro de 2005, o número de execuções sumárias realizadas pelos órgãos de repressão policial, na grande maioria dos casos contra moradores de bairros populares, comunidades e favelas das periferias de São Paulo entre 2002 e 2005 foi praticamente o mesmo do registrado nos sete anos anteriores, de 1995 a 2001.
O caráter antipopular e de classe das políticas implementadas pelos sucessivos governos nas últimas décadas após a “redemocratização” pode ser também demonstrado pelo formidável aumento da população carcerária. Segundo dados do dossiê “(...) o Brasil tem apresentado um expressivo crescimento de suas taxas de encarceramento. (...) Em 1995 [a taxa] era de 95,4 por 100 mil habitantes, o que equivale a um aumento de 218% em 26 anos. Depois disso, o aumento foi ainda mais acentuado: no ano de 2000, a taxa chegou a 134,9 presos por 100 mil habitantes – um crescimento de 41% em apenas 5 anos.” (grifo nosso)
Ou seja, enquanto bilhões de reais, parte significativa da riqueza produzida em nosso país, são drenados para o pagamento de juros da dívida, para o superávit primário e outros mecanismos de apropriação pelas classes dominantes associadas ao imperialismo, o povo brasileiro sofre com a falta de saúde e educação públicas, com o desemprego, o arrocho dos salários, a degradação das condições de trabalho, com a precarização das relações trabalhistas e com a falta de perspectivas para o futuro. O aumento da violência observado nas últimas décadas é expressão direta dessa situação de barbárie a que nosso povo vem sendo arrastado enquanto uma minoria de magnatas, banqueiros e grandes industriais lucram fabulosamente.
No intuito de ilustrar o caráter reacionário e de classe da violência policial verificada em São Paulo, mas que é exemplo da situação de todo o Brasil, indicamos a contundente matéria publicada na Folha de S. Paulo de 21 de maio de 2006 (Caderno Cotidiano).