Uma pesquisa feita internamente pela rede de lojas Gamestop, nos EUA, apontou que 60% de seus clientes não comparariam um videogame que bloqueia o uso de jogos usados.
Durante a Conferência de Internet e Tecnologia Goldman Sachs , o diretor financeiro da Gamestop, Rob Lloyd, apresentou os números da pesquisa, que inclui cerca de 21 milhões de membros cadastrados no programa de fidelidade PowerUp Rewards.
No mesmo evento, o diretor financeiro da EA, Blake Jorgensen, também comentou o tema, e afirmou que, apesar de considerar o mercado de usados benéfico "em termos" para a divulgação das franquias, sabe que há outros empecilhos que incentivam o bloqueio aos chamados "jogos de segunda mão".
Dois lados da moeda
"Há dois lados que os distribuidores e fabricantes de consoles devem considerar. Um é o varejista como o Gamestop que está distribuindo o seu produto pela cadeia de lojas. O outro é o termo de desenvolvimento de quem desenvolve os jogos.Desenvolvedores historicamente não gostam do negócio de usados porque eles não participam da receitas na revenda", explicou.
"Os distribuidores entendem isso, mas também reconhecem a importância do mercado de usados ao ecossistema do negócio. E assim, acho que é necessário ter um equilíbrio e os fabricantes de consoles deverão considerar: 'Isso é o mais apropriado a se fazer? Vou ganhar mais dinheiro com isso no futuro?' Acho que os clientes veem isso como uma coisa muito hostil", concluiu.
Vale observar, a rede Gamestop é o principal varejista de jogos eletrônicos nos EUA e boa parte de sua arrecadação vem do comércio de jogos usados. No passado, a empresa já se manifestou contra possíveis medidas de bloqueio aos games de segunda mão.
Fonte: http://jogos.uol.com.br/ultimas-noticias/2013/02/13/gamestop-diz-que-60-de-seus-clientes-sao-contra-bloqueios-a-jogos-usados.htm