O site Gamasutra tem uma ótima entrevista com o diretor Yusuke Hashimoto e o produtor Atsushi Inaba, ambos responsáveis por Bayonetta 2.
“A Nintendo conhece muito de games e tem sido uma ótimo trabalhar com eles. Nosso relacionamento com a Nintendo não é muito longo, mas por enquanto está sendo uma experiência muito boa. Claro que é possível haver brigas sérias no futuro sobre preferências no design de jogos, entretanto por ora tudo vai bem.”
“Houve momentos em que sugestões da Nintendo foram implementadas no jogo – eles experimentava uma ideia nossa e davam sugestões que podíamos usar. Quando você trabalha em um jogo é comum ficar com uma visão de túnel, muito focada, então esses conselhos vindos de fora são muito bons.”
“A Nintendo não está se opondo a nada do que queremos colocar no jogo. Mas eles são quase como um jogador bem crítico que fica sentado, observado e dando ótimas dicas à medida que vamos criando o game.
Uma das vantagens de se trabalhar com a Nintendo é que você não consegue mascarar jogabilidade ruim com gráficos belos ou animações. Antes de qualquer coisa, a preocupação é com a essência do game e a qualidade da jogabilidade e suas mecânicas. Eles realmente vêm nos dando apoio nesse sentido. É até um pouco irritante trabalhar com pessoas tão perfeccionistas.”
“As especificações de Bayonetta 2 não mudaram nada desde o início da parceria com a Nintendo. Eles assumiram um papel de observador e nos deixam trabalhar como queremos, apenas opinando quando necessário.”
Aproveitando o assunto da Platinum Games, temos Hideki Kamiya falando à Famitsu sobre The Wonderful 101:
“Nunca tivemos uma equipe desse tamanho e trabalhando tanto tempo para fazer um jogo, por isso tem sido muito difícil para mim, especialmente próximo ao fim do desenvolvimento.
Não digo que você possa apenas aperar botões como um louco, mas é possível seguir um caminho voltado à força bruta. É fácil simplesmente terminar o jogo, mas se você procurar novas estratégias e jogar com estilo, o jogo passa a ser mais e mais profundo. Quero que as pessoas joguem da maneira que quiserem e, tomara, assim ficaram viciadas após verem todas as possibilidades que existem. Fechar o game uma vez é quase que um tutorial – a diversão começa mesmo a partir da segunda vez.
Eu não quero que as pessoas joguem meus games de ação apenas uma vez. Existem jogos que até hoje ocupam meu tempo. Isso acontece não porque eu me preocupo em ver o final, mas porque a jogabilidade em si é divertida. É esse tipo de jogo que eu tento fazer. E apesar de eu não gostar de falar sobre quantidade de conteúdo, posso afirmar que há mais volume em The Wonderful 101 do que em Bayonetta 2.”
Fonte: http://wiiclube.uol.com.br/blog/2013/08/08/wii-u-platinum-fala-sobre-papel-da-nintendo-em-bayonetta-2-e-diz-que-the-wonderful-101-e-o-maior-projeto-do-estudio/87389