Confirmando rumores, o novo CEO da Microsoft é Satya Nadella, 46, que trabalha na empresa há vinte e dois anos. Ele assume o cargo imediatamente. Até ontem, ele liderava o grupo de Computação na Nuvem, comandando “o desenvolvimento de uma das maiores infraestruturas de nuvem do mundo para o Bing, Xbox, Office e outros serviços”.
Em agosto, a Microsoft anunciou que Steve Ballmer deixaria seu cargo na empresa em até doze meses. A busca pelo próximo CEO foi demorada, e acredita-se que Alan Mulally, da Ford, e Stephen Elop, ex-Nokia, foram cogitados. A Microsoft procurava um novo executivo para transformá-la em uma empresa de serviços.
No ano passado, Ballmer anunciou um enorme realinhamento a fim de criar “Uma Microsoft”, com maior integração e sinergia entre suas partes. Agora há uma divisão de hardware; outra de sistemas operacionais; outra de nuvem e servidores – comandada por Satya Nadella – e outras; são 12 grupos no total.
Pouco antes de deixar a empresa, Ballmer reconheceu seus maiores erros ao comandar a Microsoft: em especial, dedicar-se muito ao Windows e perder a oportunidade de ganhar espaço no mercado de smartphones. Mas ele diz em carta aos funcionários:
"Satya é um líder comprovado. Ele tem fortes habilidades técnicas e grandes insights de negócios. Ele tem uma capacidade notável de ver o que está acontecendo no mercado, de detectar oportunidades, e de realmente entender como nos unimos na Microsoft para aproveitar essas oportunidades de forma colaborativa."
Nadella, terceiro CEO na história da Microsoft, pode ser o homem certo para o cargo. A visão dele para o futuro da computação, descrita em seu e-mail para os funcionários, mostra que ele entende muito bem o espaço de sua empresa no mercado:
"Acredito que, ao longo da próxima década, a computação se tornará ainda mais onipresente, e a inteligência se tornará ambiente. A co-evolução de software e novos formatos de hardware vão intermediar e digitalizar muitas das coisas que fazemos e vivemos nos negócios, na vida e em nosso mundo. Isso será possível graças a uma rede cada vez maior de dispositivos conectados, à incrível capacidade de computação na nuvem, aos insights do “big data” e à inteligência artificial…
Nós precisamos focar no que a Microsoft pode contribuir de forma única para o mundo. A oportunidade à nossa frente nos exigirá reimaginar muito do que fizemos no passado para um mundo móvel e na nuvem, e exigirá que façamos coisas novas.
Nós somos os únicos que podemos aproveitar o poder do software e entregá-lo através de dispositivos e serviços que realmente capacitam cada indivíduo e cada organização. Somos a única empresa com uma contínua história e foco em construir plataformas e ecossistemas que criam ampla oportunidade."
Nós precisamos focar no que a Microsoft pode contribuir de forma única para o mundo. A oportunidade à nossa frente nos exigirá reimaginar muito do que fizemos no passado para um mundo móvel e na nuvem, e exigirá que façamos coisas novas.
Nós somos os únicos que podemos aproveitar o poder do software e entregá-lo através de dispositivos e serviços que realmente capacitam cada indivíduo e cada organização. Somos a única empresa com uma contínua história e foco em construir plataformas e ecossistemas que criam ampla oportunidade."
Bill Gates, por sua vez, deixa a presidência do Conselho de Administração, e se torna um “consultor de tecnologia”. Com isso, ele dedicará mais tempo à empresa, ajudando Nadella em seu novo cargo, além de continuar suas atividades filantrópicas.
http://gizmodo.uol.com.br/microsoft-novo-ceo/