Cronicas de um Marciano
"O conheci numa noite chuvosa de fevereiro. Eu retornava de ferias em Guarujá, e ele vinha de um momento pessoal conflictivo em Orion.
Naquela noite, nossos corpos se encontraram entre Ipiranga e a avenida Sao Joao, e alguma coisa especial de diferente em seu olhar me chamou a atençao, talvez o brilho do luar em seus lindos olhos verdes, ou possivelmente o fato dele possuir 7 olhos, o fato é que naquele momento senti algo especial que nunca antes havia sentido.
Sentamos numa mesa num barzinho na esquina da rua Algusta, e ao som de funk carioca, começamos a conversar.
Eu vinha de terminar uma relaçao dificil, e ele vinha de terminar com a raça de um planeta. Sentimos que nos conheciamos um ao outro desde o nascimento.
Passamos toda aquela noite conversando sobre a vida, e o tempo voou, e esqueci levar Fifi, meu pitbull, fazer coco na porta do vizinho. O desespero tomou conta do meu ser, imaginar o fato de abrir a porta de casa e encontrar com uma pìramide de giza de bosta no meio da sala.
Me despedi rapidamente, sem nem ao menos pergutar-lhe seu nome, mas num guardanapo ele me escreveu seu numero de celular.
Na tarde seguinte, levanto para tomar cafe da manha, ligo a tv, esta passando vale a pena ver de novo, pego o jornal, uso-o para limpar Fifi, cutuco meu saco e encontro no bolso da cueca o guardanapo. Era o com o numero do celular do marciano.
Afoito, sem conseguir nem me concentrar, pego meu iphone rosa shock e comeco a digitar... do outro lado, ouço uma voz de uma mulher... avisando que o celular se encontrava fora de area, estava em andromeda... Entrei em desespero, tentei digitar novamente com a esperança que haja errado o numero... recebo a mesma resposta... tentei dezenas de vezes, nada...
Aquela noite, aos prantos, dormi sem jantar...
O tempo passou, seu rosto esverdeado comecou a se perder da minha memoria, continuei minha vida sem ele... "
Continuara