As continuações de títulos bem sucedidos. Este talvez seja um dos pontos mais controversos da indústria de games, pois ao mesmo tempo em que muitos dos jogadores defendem o surgimento de novas franquias, não há como negar que na maioria das vezes nos empolgamos com o anúncio de uma sequência para um jogo que tanto gostamos.
Mas e quando a tão aguardada continuação não é dirigida pelo criador do original? Isso costuma preocupar muitos fãs e no caso de Hideki Kamiya, mente por trás de alguns dos mais elogiados jogos dos últimos anos, foi justamente sua ausência nas sequências que lhe abriu espaço para trabalhar em novos projetos.
“Alguém precisa oferecer entretenimento novo aos gamers e fazer o trabalho de semear as sementes que mais tarde poderão se tornar fortes pilares. Isso pode soar um pouco exagerado, mas passei a acreditar que este é o meu propósito. Se eu tivesse me envolvido com o Devil May Cry 2, então o Viewtiful Joe e o Okami talvez nunca tivessem sido feitos. Se eu dirigisse o Bayonetta 2, então eu nunca poderia ter feito o The Wonderful 101.”
A declaração foi dada em uma entrevista sobre o Bayonetta 2 e só de pensar na possibilidade de não termos recebido tais jogos, já me sinto na obrigação de concordar com o game designer. Talvez o DMC 2 tivesse sido melhor com a sua participação? É possível, mas não tenho dúvidas de que prefiro ter tido a oportunidade de jogar um Okami.
Agora, se tem uma coisa ainda pior relacionada a mudança de diretores, é quando o idealizador do original não acredita no projeto, como aconteceu por exemplo com Ken Levine e o BioShock 2. Num caso como esses, aí sim fica difícil confiar e apostar na produção (motivo pelo qual até hoje não o joguei).
http://meiobit.com/273989/hideki-kamiya-fala-sobre-novas-franquias-e-sequencias/