Amnesia
Na época em que a Frictional Games lançou The Dark Descent, o mundo ainda estava de luto pelo survival horror. Fomos obrigados a ver pilares do gênero se transformando em shooters genéticos e se distanciando cada vez mais do objetivo de assustar o jogador. Sim, você pode me lembrar que a Frictional lançou a série Penumbra antes disso, mas o barulho que Amnesia fez, sozinho, foi maior que os três títulos do seu irmão mais velho. Já conheci gente que não se assustou, mas poucas em comparação ao número das que se recusaram a continuar jogando depois da parte da água.
Resident Evil
Criação de Shinji Mikami, pai do survival horror. RE foi um exemplo, fonte da qual inúmeros jogos beberam – e que também inúmeros resolveram fazer diferente – para criar sua própria personalidade. RE2 e RE4 são, sem dúvidas, os pontos altos da franquia, com maiores números de cópias vendidas e maior número de aceitação entre a base de fãs, base esta que esta fortemente dividida, desde as mudanças ocorridas no quarto título. Hoje, infelizmente, é uma das franquias que.causa vergonha para o gênero, contudo, a esperança ainda vive, sendo fortalecida pelo ótimo Revelations e pela Capcom constantemente dizendo que voltará às raízes. Sou um fã da série desde que a conheci em RE2 (o melhor de todos, lidem com isso) então ainda tenho esperanças!
Silent Hill
Um dia conhecida como a série mais perturbadora dos jogos, Silent Hill teve seu ápice no seu segundo título. Aqui você precisa ser atento, gostar de raciocinar e absorver informação. Cada monstro no jogo tem um porque, uma razão de ser daquele jeito, os eventos são assustadores, a ambientação opressora e com certeza vai te desafiar em cada sentido da palavra, pelo menos até o terceiro game. Depois da vingança de Heather em SH3, o Team Silent, responsável pela obra prima, se desmantelou, afirmando que contaram a história que queriam para a cidade, mas a Konami não estava preparada para dar adeus à sua franquia mais rentável na época. Desde lá, vemos decepção atrás de decepção, Downpour conseguiu algum sucesso por remeter bem ao que a série costumava ser, mas decepcionou em muitos aspectos para poder brilhar sozinho. Sugiro que assistam a elogiada série do youtube ”The real Silent Hill Experience”, onde três caras detalham perfeitamente o histórico da série, até mesmo membros do Team Silent aprovaram o conteúdo, é bem válido para fãs e curiosos.
Fatal Frame
O folclore japonês com seus fantasmas não poderia estar de fora desta lista. Fatal Frame é uma das poucas franquias desta lista que não perdeu sua qualidade e foco ao longo dos anos. Cada um dos quatro títulos são aterrorizante e únicos (aquela porcaria derivada no 3DS não conta), talvez o que pode cansar um pouco é a recorrência da temática de ritual e sacrifícios. Aparentemente, a Nintendo hoje.tem partes dos direitos da série, então será difícil vermos um título novo fora da área da Big N, mesmo com a atual Era da Renascença do survival horror, mas, cá entre nos, aquele trambolho que eles chamam de controle no Wii U NASCEU pra ser um controle pra Camera Obscura. Pense nisso!
Alone in The Dark
Se Resident Evil é o pai do survival horror, Alone in The Dark é o avô. Tivemos vários jogos com temáticas de terror antes dele, mas foi com o título original que foram construídas as bases do que Resident Evil estabeleceria mais tarde como horror de sobrevivência. Câmeras estáticas, racionamento de itens, monstros intimidadores, etc. Alone in The Dark ganhou mais atenção das massas com “A New Nightmare“, lançado para PC’s, PS1 e PS2, enquanto os outros três primeiros jogos eram ofuscados brutalmente pela concorrência. O último título lançado foi chamado apenas de Alone in The Dark e foi massacrado pela crítica especializada, por conta de muitos bugs e uma jogabilidade travada e confusa. A versão de PS3, que chegou mais tarde com o subtítulo “Inferno“, foi mais bem aceita por causa da correção de todas as cagadas da versão original. Você deve estar se perguntando, mas não, não vou nem citar a adaptação pro cinema.
Dead Space
Se formos comparar a qualidade dos jogos com escadas, Dead Space começaria nos céus com seu primeiro título, tropeçaria de um degrau enorme para a Terra com seu segundo e queimaria no núcleo infernal do nosso planeta com seu terceiro título. O tamanho do cuidado e atenção colocados no jogo original era de fazer qualquer machão pular da cadeira pelo menos uma vez. A equipe toda teve de assistir vários filmes de terror no espaço para ter a inspiração suprema na construção do título. No segundo, já podemos ver o mal da indústria tomando a franquia, deixar o survival horror de lado para dar lugar a cenas de ação em áreas abertas, no terceiro título, bem, nem deveria citá-lo nesta lista, a não ser pela sua expansão Awakened, expansão esta que traz mais terror que a experiência inteira do game.
F.E.A.R
Mais um, caros leitores, mais um título que se perdeu na ganância de “tentar explorar uma audiência maior”. A grande proposta de FEAR era o equilíbrio entre um jogo de tiro com ação frenética e um jogo de terror com uma garota banhada a sangue com os cabelos lisos e longos escondendo seu rosto. Ainda que clichê, o primeiro game era bem convincente e conseguiu o equilíbrio certo entre ação e terror que nenhum game hoje em dia consegue. Porém, com o segundo e terceiro títulos, vemos esse equilíbrio sendo perdido e um jogo genérico de ação com ocasionais monstros e fenômenos paranormais acontecendo. O primeiro título e suas expansões (menos Perseus Mandate, aquilo é uma porcaria) são tudo o que você precisa conhecer de FEAR, não se preocupe em estragar sua experiência com os demais títulos.
Clock Tower
Se jogos de terror são em números bem menores que os de outros gêneros, imagine um jogo de terror point and click? Clock Tower foi responsável por uma grande revolução na indústria, simplesmente por fazer essa mistura dar certo. Um dos primeiros games, um ancestral bem antigo dos jogos onde você não pode se defender, apenas fugir e se esconder, Clock Tower investia no puro medo de ser descoberto, na intimidação do vilão claramente mais forte do que a protagonista. Foi uma franquia que cresceu muito e recebe ainda vários elogios, porém, infelizmente, não vemos nada relacionado a ela desde Clock Tower 3, para PS2.
Condemned
Essa é uma franquia que foi longe na psicologia de psicopatas para entregar uma experiência verdadeiramente perturbadora. Na época do primeiro título, Criminal Origins, li que o time de desenvolvimento se reuniu com psicólogos especialistas na mente de psicopatas, a fim de conseguir traçar perfis tanto para os personagens e o enredo em geral, como também para o design dos inimigos e localidades do game. O resultado foi um título incrível e necessário para qualquer fã desse incrível gênero. O segundo título, Bloodshot, teve uma grande queda de qualidade em relação ao primeiro, ainda que ganhando notas razoáveis.
Doom
Um clássico, a franquia que popularizou a ida de humanos até o inferno e os famosos “jumpscares“, que são momentos dentro do game onde o jogador é assustado por algum monstro ou barulho muito alto que acontece do nada. O título mais comentado desta franquia é Doom 3, onde o protagonista acaba de chegar em uma colônia humana em Marte, exatamente à tempo de testemunhar eventos macabros, como demônios possuindo humanos, monstros colossais escapando das portas do inferno e a inabilidade do protagonista de achar uma fita isolante e colar uma lanterna em cada arma que carrega. Doom 4 esta nos planos da ID Software, mas segundo algumas entrevistas, ela recomeçou o desenvolvimento quase do zero, pelo fato do projeto anterior não estar de acordo com suas expectativas.