Atualização. Pode conter pequenos spoilers sobre o começo de cada jogo. Preparem-se pro wall:
Bem, tava com tempo livre e resolvi rejogar a série Assassin's Creed, dessa vez tudo original. Comecei pelo primeiro, mas depois dos 3 primeiros alvos eu cansei, porque se torna muito repetitivo e eu já sabia a reviravolta que ia acontecer, então nenhum ânimo pra continuar. Sendo assim, parti para o próximo da série:
Assassin's Creed II começa logo onde o I termina, com Desmond ainda em seu cativeiro na Abstergo. Após sua fuga logo no início Desmond volta ao Animus, dessa vez melhorado. Temos então uma nova época e um novo personagem: dessa vez você estará no Renascimento vivendo as memórias de Ezio Auditore, filho de um banqueiro italiano que tem a família dizimada e se torna um assassino para buscar vingança contra os criminosos que mataram sua família. Na jornada você encontra com várias "celebridades" da época, como Leonardo Da Vinci e Nicolau Maquiavel, o que torna o jogo ainda mais interessante.
O jogo tem jogabilidade mais fluida, os blends são mais dinâmicos, as batalhas são um pouco melhoradas e Ezio tem uma série de movimentos que Altair, no primeiro jogo, não tinha. Os gráficos também são bonitos para um open world da época, mas hoje em dia você percebe muitas dos detalhes que não são tão bem feitos. As variadas opções de armaduras e armas também é um ponto positivo, fazendo com que o jogador realmente se importe com a economia para poder ficar bem equipado.
Por falar em economia, ela também é muito boa, Ezio ganha dinheiro fazendo missões e investindo na Vila da família, e se o jogador renovar a Vila desde cedo no final não faltará dinheiro para completar todos os opcionais da habitação dos Auditores.
As cidades são todas muito bem feitas, são enormes e cheias de pequenas missões pra se fazer, mas a maioria dessas side quests se tornam repetitivas. Um grande problema é o fato de você não poder usar o cavalo dentro da cidade, fazendo com que as vezes você perca muito tempo pra atravessar um lugar para fazer determinada missão. Mas Ezio, ao contrário de seu antecessor, também pode nadar, o que viabiliza uma grande parte do jogo se passar em Veneza.
O grande forte do jogo sem dúvida é a história, que mostra todo o desenvolvimento de Ezio, desde um adolescente quando o jogo começa até se tornar um assassino experiente, indo atrás do grande chefe dos Templários na Europa. Esse desenvolvimento é contado com missões com uma variedade imensa de coisas pra fazer, o que não torna cansativo em nenhum momento progredir a sequência.
Eu também gostei dos DLCs porque eles introduzem mais personagens históricos famosos, como Savonarola e os irmãos Orsini, e é interessante ver a visão da história que o jogo tenta passar, apesar de deturpada, até porque se trata de uma obra de ficção.
Apesar do jogo te dar algumas pistas do que se passa no background, principalmente em algumas side quests, a verdade é que a história fecha de maneira brilhante, e abre de vez a trama para construção de histórias subsequentes.
Finalizei o jogo com cerca de 96% porque não tive paciência de pegar todas as penas, porque são 100 ao total e geralmente estão bem escondidas. Mas com certeza é um jogo que vale muito a pena ser jogado.
Continuando a série parti para o Brotherhood. Ele, tanto dentro como fora do Animus, começa exatamente onde o anterior parou e Ezio se encontra dessa vez em Roma. Pra quem jogou um atrás do outro, como eu, a sensação é que você ainda está no mesmo jogo, e o clima empolgante do final do 2 contagia o começo do Brotherhood, animando bastante a sequência da história.
Mas as diferenças são notadas também: Os gráficos estão muito mais bonitos, especialmente as texturas com resolução maior e em geral o jogo parece ter menor efeito de borrado. Os rostos, cabelos e roupas dos personagens estão muito mais bem trabalhados e Ezio agora consegue entrar com os cavalos dentro da cidade, facilitando bastante a exploração de Roma, que é imensa.
A jogabilidade evoluiu, especialmente na batalhas, onde agora é possível, com certa habilidade, derrotar vários inimigos em sequência com um golpe cada um. Parece algo irreal mas isso dinamiza muito quando você está sendo perseguido no meio da cidade: no II quando você é cercado por mais de 4 inimigos pode se preparar que vão ser quase 5 minutos só pra essa batalha, e não são raros os casos onde 10 ou até mais inimigos vem pra cima de você. No Brotherhood isso se torna muito mais simples quando você pega o jeito das batalhas, e ao meu ver é um ponto positivo também.
Roma é uma cidade muito mais envolvente que as dos jogos anteriores, agora toda a economia, a luta com os Templários e a possibilidade de recrutar assassinos para sua causa te dá a sensação de que realmente a cidade está mudando com a sua influência, e isso foi uma coisa que eu achei muito bacana no jogo. Falando em recrutar assassinos essa com certeza foi a melhor inovação do jogo, abrindo o seu leque de possibilidades de realizar as missões e facilitando imensamente o stealth. A variedade de armas, armaduras e side quests e ainda maior que no II e elas são muito mais agradáveis, especialmente as especiais como as da Cristina, antiga paixão de Ezio quando era jovem.
A participação do Leonardo da Vinci nesse jogo eu achei muito forçada, principalmente no DLC, porém ela encaixa com o contexto histórico do famoso pintor na época. Por outro lado Maquiavel dessa vez acompanha você o jogo todo. A história não é tão bem trabalhada como no II, porém ela complementa a do seu antecessor e tem vários pontos altos, os quais não vou citar aqui pra não estragar a diversão de quem ainda não jogou. Brotherhood também apresenta um final bom, digno da série, e fecha de vez a história do II.
Eu fiz quase 100% novamente, liberei e renovei Roma inteira, peguei a armadura especial, fiz as missões da Cristina, fiz os DLCs e etc, mas não peguei todas as bandeiras (100 no total) porque considerei perda de tempo. Pra mim Assassin's Creed Brotherhood é o melhor jogo da série até o momento.
O próximo capítulo da série é o Revelations, que se passa muitos anos depois do Brotherhood e leva Ezio, em busca da sabedoria perdida de Altair, a Israel e em seguida a Constantinopla, cidade onde se passa a maioria do jogo.
A jogabilidade não muda praticamente nada, apenas algumas novidades com a adição da nova "lâmina-gancho", que possibilita algumas tirolesas improvisadas, e a possibilidade de deixar uma arma secundária já equipada, mas em geral é a mesma coisa do Brotherhood. Eles tentaram dar uma enfase do uso de bombas, mas para mim isso foi um grande erro: Uma das grandes belezas da série era a múltipla maneira de resolver as coisas, isso foi mantido em Revelations. Sendo assim, você tem vários tutoriais, vários itens, várias missões em torno de usar bombas sendo que você consegue terminar o jogo praticamente sem usar as malditas bombas, ou seja, foi tudo uma grande perda de tempo.
A cidade em si é grande, mas não é rica de detalhes, as quests secundárias são massantes e repetitivas. Em geral toda a parte de liberação e renovação da cidade foi um cópia sem muitas mudanças do jogo anterior. Tiraram os cavalos do jogo, eu até agora não entendi porque, e pra compensar colocaram as estações de viagem rápidas por toda a cidade já liberadas desde o começo. Na prática não mudou muito, mas agora não tem mais as batalhas montadas.
O modo como você perde notoriedade se tornou repetitivo (não tem mais cartazes, oradores só tiram 25% e são poucos, muito raro aparecer testemunha), o que piora quando você ganha notoriedade ao renovar algum estabelecimento. Quando você atinge 100% de notoriedade os Templários atacam suas bases, e é chatíssimo defender. Ou seja, toda economia do jogo além de ser mais fechada (não pode investir nas lojas), é atrasada porque você tem que ficar procurando meios de diminuir sua notoriedade. Essa defesa das bases, apesar de ser mais realista e fazer sentido numa disputa por influência na cidade, foi uma adição completamente inútil porque só serviu pra atrasar o jogo.
A história é fraca e muito previsível, as melhores partes são os poucos minutos que você revive a história de Altair, dando a ele um papel de destaque no desenvolvimento da Irmandade dos Assassinos, ao contrário do pouco que se sabia sobre ele após o final o primeiro jogo. Os personagens históricos estão presentes, mas como eles são do mundo árabe eu sinceramente os desconhecia, e isso também tirou um pouco da graça do jogo. No final do jogo eu fui pesquisar sobre a família real que é retratada no jogo e se encaixou bem com o jogo, mas realmente não foi tão legal como nos anteriores. Eu já tinha tido essa mesma sensação quando joguei o jogo pela primeira vez, então parece que nesse ponto o jogo não me reconquistou.
Esse eu fiquei com preguiça de fazer 100% de renovação justamente por não querer perder tempo defendendo as bases, nem rodando o mapa todo que nem um doido procurando diminuir notoriedade. Perdi a noção do que era DLC ou não, porque essa versão já vinha com tudo embutido, mas eu fiz todas as missões disponíveis. Bem, se vc quiser entender a série como um todo esse jogo é essencial, mas se for jogar casualmente eu aconselharia ir pro Brotherhood mesmo.
Como na trilogia do Ezio jogabilidade, gráficos e possibilidades evoluíram um pouco lentamente, deixando os jogos parecidos entre si, já estava na hora da Ubisoft dar uma renovada na série. E ela deu.
Assassin's Creed III já mostra mudança nos gráficos, que agora tem um estilo um pouco diferente dos anteriores, além de ser muito mais bonito e detalhado. Também temos uma época e personagens diferentes: agora nós temos as guerras de independência dos EUA e Connor, um americano nativo (indígena) que se junta ao assassinos para salvar seu povo da destruição.
Toda a jogabilidade foi refeita, especialmente as batalhas que apresentam novos comandos e muitos movimentos novos, com imensa variedade. Mudou-se a maneira como você luta, como você corre, como você interage com o mundo. É possível também agora andar por árvores, e foram adicionadas uma série de missões navais, que mostram um cenário totalmente novo para a série. Agora são necessário mais missões para se liberar um distrito das cidades, o que faz muito sentido a natureza das missões (ajudar as pessoas) apesar de as vezes ser repetitivo. Ah, você pode andar de cavalo dentro das cidades de novo!
Porém as melhorias param por aí. A economia é muito fraca, apesar de você poder melhorar sua base e seu navio nada no jogo te estimula a isso, pelo contrário, você tem que realizar uma série de side quests chatíssimas para poder começar a renovar. As cidades, apesar de terem um tamanho bom, são feias e vazias. De fato a única coisa que você encontra são patrulhas, de modo que se a sua notoriedade subir um nível fica intransitável. As cidades quase não tem lojas e facções para interagir e, além disso, são tantas missões principais fora das cidades que você não tem o menor estímulo de parar em uma delas para explorar.
Para recrutar os assassinos dá muito mais trabalho e, sinceramente, não vale a pena. Eles podem agora realizar mais atividades, conforme você comanda, porém eles são mais burros e parecem que não conseguem executar somente o que você mandou e desaparecer sem chamar a atenção de todos os guardas da cidade, que além de atacá-los também vem pra cima de você! Eu recrutei todos os 6 e praticamente não os usei.
Eles encheram o jogo de personagens históricos, de fatos são dezenas! Porém isso não fica mais tão bom, porque simplesmente você não interage muito com eles: vence uma batalha pra eles e some. Eles quiseram contar a história da revolução toda, porém ficou muito perdido. Exceto o Washington e o Adams o resto passa quase despercebido pelo jogador, inclusive Benjamin Franklin.
O personagem principal, Connor, é muito ingênuo, mesmo após anos de treinamentos e várias batalhas. Ele acaba então, durante o jogo, fazendo várias coisas que te dão a impressão de que ele não merecia a "farda" que estava usando. Apesar de mais forte e bem mais ágil que os anteriores, Connor foi o protagonista que eu menos gostei de ter controlado, porque parecia que ele nunca pensava antes de agir, o que certamente não combina com furtividade e o estilo de AC, onde geralmente a história mostrava a Irmandade bolando uma super estratégia pra vencer um inimigo bem mais poderoso que eles.
O foco da história é muito mais na revolução do que na Irmandade, talvez um americano super patriota deva ter adorado isso, mas eu não achei que ficou legal. Muitas coisas no jogo são mal explicadas, como por exemplo todo mundo praticamente sabe da filiação de Connor sendo que ele passou anos em reclusão na floresta com os índios e veio para a cidade já adulto. Bem, eu teria muita coisa pra contestar do desenvolvimento do jogo, mas tem mais de 2 horas que eu to escrevendo então vou parar por aqui mesmo.
Claro, também tem as missões fora do Animus, que não são lá essas coisas mas dão uma variada legal no ambiente. E o ponto alto da história fica fora do Animus também, de modo que eu realmente não faço idéia de como eles vão começar AC4. Os DLCs parecem interessantes, exploram uma realidade alternativa em que o Washington dá um golpe de estado, mas eu não cheguei a jogar porque agora me empolguei com o Mark of the Ninja. Assim que terminar ele volto, jogo e posto um review aqui.
Enfim, é isso, acho que ninguém vai ler essa merda porque ficou gigante, mas eu fiz de propósito porque tenho que treinar a organizar idéias na forma escrita. Como eu to com sono amanhã eu faço uma revisão pra ver se não tem coisa sem sentido no meio.
Última edição por VRebuli em Ter 15 Out 2013, 10:50, editado 1 vez(es)
Bem, tava com tempo livre e resolvi rejogar a série Assassin's Creed, dessa vez tudo original. Comecei pelo primeiro, mas depois dos 3 primeiros alvos eu cansei, porque se torna muito repetitivo e eu já sabia a reviravolta que ia acontecer, então nenhum ânimo pra continuar. Sendo assim, parti para o próximo da série:
Assassin's Creed II começa logo onde o I termina, com Desmond ainda em seu cativeiro na Abstergo. Após sua fuga logo no início Desmond volta ao Animus, dessa vez melhorado. Temos então uma nova época e um novo personagem: dessa vez você estará no Renascimento vivendo as memórias de Ezio Auditore, filho de um banqueiro italiano que tem a família dizimada e se torna um assassino para buscar vingança contra os criminosos que mataram sua família. Na jornada você encontra com várias "celebridades" da época, como Leonardo Da Vinci e Nicolau Maquiavel, o que torna o jogo ainda mais interessante.
O jogo tem jogabilidade mais fluida, os blends são mais dinâmicos, as batalhas são um pouco melhoradas e Ezio tem uma série de movimentos que Altair, no primeiro jogo, não tinha. Os gráficos também são bonitos para um open world da época, mas hoje em dia você percebe muitas dos detalhes que não são tão bem feitos. As variadas opções de armaduras e armas também é um ponto positivo, fazendo com que o jogador realmente se importe com a economia para poder ficar bem equipado.
Por falar em economia, ela também é muito boa, Ezio ganha dinheiro fazendo missões e investindo na Vila da família, e se o jogador renovar a Vila desde cedo no final não faltará dinheiro para completar todos os opcionais da habitação dos Auditores.
As cidades são todas muito bem feitas, são enormes e cheias de pequenas missões pra se fazer, mas a maioria dessas side quests se tornam repetitivas. Um grande problema é o fato de você não poder usar o cavalo dentro da cidade, fazendo com que as vezes você perca muito tempo pra atravessar um lugar para fazer determinada missão. Mas Ezio, ao contrário de seu antecessor, também pode nadar, o que viabiliza uma grande parte do jogo se passar em Veneza.
O grande forte do jogo sem dúvida é a história, que mostra todo o desenvolvimento de Ezio, desde um adolescente quando o jogo começa até se tornar um assassino experiente, indo atrás do grande chefe dos Templários na Europa. Esse desenvolvimento é contado com missões com uma variedade imensa de coisas pra fazer, o que não torna cansativo em nenhum momento progredir a sequência.
Eu também gostei dos DLCs porque eles introduzem mais personagens históricos famosos, como Savonarola e os irmãos Orsini, e é interessante ver a visão da história que o jogo tenta passar, apesar de deturpada, até porque se trata de uma obra de ficção.
Apesar do jogo te dar algumas pistas do que se passa no background, principalmente em algumas side quests, a verdade é que a história fecha de maneira brilhante, e abre de vez a trama para construção de histórias subsequentes.
Finalizei o jogo com cerca de 96% porque não tive paciência de pegar todas as penas, porque são 100 ao total e geralmente estão bem escondidas. Mas com certeza é um jogo que vale muito a pena ser jogado.
Continuando a série parti para o Brotherhood. Ele, tanto dentro como fora do Animus, começa exatamente onde o anterior parou e Ezio se encontra dessa vez em Roma. Pra quem jogou um atrás do outro, como eu, a sensação é que você ainda está no mesmo jogo, e o clima empolgante do final do 2 contagia o começo do Brotherhood, animando bastante a sequência da história.
Mas as diferenças são notadas também: Os gráficos estão muito mais bonitos, especialmente as texturas com resolução maior e em geral o jogo parece ter menor efeito de borrado. Os rostos, cabelos e roupas dos personagens estão muito mais bem trabalhados e Ezio agora consegue entrar com os cavalos dentro da cidade, facilitando bastante a exploração de Roma, que é imensa.
A jogabilidade evoluiu, especialmente na batalhas, onde agora é possível, com certa habilidade, derrotar vários inimigos em sequência com um golpe cada um. Parece algo irreal mas isso dinamiza muito quando você está sendo perseguido no meio da cidade: no II quando você é cercado por mais de 4 inimigos pode se preparar que vão ser quase 5 minutos só pra essa batalha, e não são raros os casos onde 10 ou até mais inimigos vem pra cima de você. No Brotherhood isso se torna muito mais simples quando você pega o jeito das batalhas, e ao meu ver é um ponto positivo também.
Roma é uma cidade muito mais envolvente que as dos jogos anteriores, agora toda a economia, a luta com os Templários e a possibilidade de recrutar assassinos para sua causa te dá a sensação de que realmente a cidade está mudando com a sua influência, e isso foi uma coisa que eu achei muito bacana no jogo. Falando em recrutar assassinos essa com certeza foi a melhor inovação do jogo, abrindo o seu leque de possibilidades de realizar as missões e facilitando imensamente o stealth. A variedade de armas, armaduras e side quests e ainda maior que no II e elas são muito mais agradáveis, especialmente as especiais como as da Cristina, antiga paixão de Ezio quando era jovem.
A participação do Leonardo da Vinci nesse jogo eu achei muito forçada, principalmente no DLC, porém ela encaixa com o contexto histórico do famoso pintor na época. Por outro lado Maquiavel dessa vez acompanha você o jogo todo. A história não é tão bem trabalhada como no II, porém ela complementa a do seu antecessor e tem vários pontos altos, os quais não vou citar aqui pra não estragar a diversão de quem ainda não jogou. Brotherhood também apresenta um final bom, digno da série, e fecha de vez a história do II.
Eu fiz quase 100% novamente, liberei e renovei Roma inteira, peguei a armadura especial, fiz as missões da Cristina, fiz os DLCs e etc, mas não peguei todas as bandeiras (100 no total) porque considerei perda de tempo. Pra mim Assassin's Creed Brotherhood é o melhor jogo da série até o momento.
O próximo capítulo da série é o Revelations, que se passa muitos anos depois do Brotherhood e leva Ezio, em busca da sabedoria perdida de Altair, a Israel e em seguida a Constantinopla, cidade onde se passa a maioria do jogo.
A jogabilidade não muda praticamente nada, apenas algumas novidades com a adição da nova "lâmina-gancho", que possibilita algumas tirolesas improvisadas, e a possibilidade de deixar uma arma secundária já equipada, mas em geral é a mesma coisa do Brotherhood. Eles tentaram dar uma enfase do uso de bombas, mas para mim isso foi um grande erro: Uma das grandes belezas da série era a múltipla maneira de resolver as coisas, isso foi mantido em Revelations. Sendo assim, você tem vários tutoriais, vários itens, várias missões em torno de usar bombas sendo que você consegue terminar o jogo praticamente sem usar as malditas bombas, ou seja, foi tudo uma grande perda de tempo.
A cidade em si é grande, mas não é rica de detalhes, as quests secundárias são massantes e repetitivas. Em geral toda a parte de liberação e renovação da cidade foi um cópia sem muitas mudanças do jogo anterior. Tiraram os cavalos do jogo, eu até agora não entendi porque, e pra compensar colocaram as estações de viagem rápidas por toda a cidade já liberadas desde o começo. Na prática não mudou muito, mas agora não tem mais as batalhas montadas.
O modo como você perde notoriedade se tornou repetitivo (não tem mais cartazes, oradores só tiram 25% e são poucos, muito raro aparecer testemunha), o que piora quando você ganha notoriedade ao renovar algum estabelecimento. Quando você atinge 100% de notoriedade os Templários atacam suas bases, e é chatíssimo defender. Ou seja, toda economia do jogo além de ser mais fechada (não pode investir nas lojas), é atrasada porque você tem que ficar procurando meios de diminuir sua notoriedade. Essa defesa das bases, apesar de ser mais realista e fazer sentido numa disputa por influência na cidade, foi uma adição completamente inútil porque só serviu pra atrasar o jogo.
A história é fraca e muito previsível, as melhores partes são os poucos minutos que você revive a história de Altair, dando a ele um papel de destaque no desenvolvimento da Irmandade dos Assassinos, ao contrário do pouco que se sabia sobre ele após o final o primeiro jogo. Os personagens históricos estão presentes, mas como eles são do mundo árabe eu sinceramente os desconhecia, e isso também tirou um pouco da graça do jogo. No final do jogo eu fui pesquisar sobre a família real que é retratada no jogo e se encaixou bem com o jogo, mas realmente não foi tão legal como nos anteriores. Eu já tinha tido essa mesma sensação quando joguei o jogo pela primeira vez, então parece que nesse ponto o jogo não me reconquistou.
Esse eu fiquei com preguiça de fazer 100% de renovação justamente por não querer perder tempo defendendo as bases, nem rodando o mapa todo que nem um doido procurando diminuir notoriedade. Perdi a noção do que era DLC ou não, porque essa versão já vinha com tudo embutido, mas eu fiz todas as missões disponíveis. Bem, se vc quiser entender a série como um todo esse jogo é essencial, mas se for jogar casualmente eu aconselharia ir pro Brotherhood mesmo.
Como na trilogia do Ezio jogabilidade, gráficos e possibilidades evoluíram um pouco lentamente, deixando os jogos parecidos entre si, já estava na hora da Ubisoft dar uma renovada na série. E ela deu.
Assassin's Creed III já mostra mudança nos gráficos, que agora tem um estilo um pouco diferente dos anteriores, além de ser muito mais bonito e detalhado. Também temos uma época e personagens diferentes: agora nós temos as guerras de independência dos EUA e Connor, um americano nativo (indígena) que se junta ao assassinos para salvar seu povo da destruição.
Toda a jogabilidade foi refeita, especialmente as batalhas que apresentam novos comandos e muitos movimentos novos, com imensa variedade. Mudou-se a maneira como você luta, como você corre, como você interage com o mundo. É possível também agora andar por árvores, e foram adicionadas uma série de missões navais, que mostram um cenário totalmente novo para a série. Agora são necessário mais missões para se liberar um distrito das cidades, o que faz muito sentido a natureza das missões (ajudar as pessoas) apesar de as vezes ser repetitivo. Ah, você pode andar de cavalo dentro das cidades de novo!
Porém as melhorias param por aí. A economia é muito fraca, apesar de você poder melhorar sua base e seu navio nada no jogo te estimula a isso, pelo contrário, você tem que realizar uma série de side quests chatíssimas para poder começar a renovar. As cidades, apesar de terem um tamanho bom, são feias e vazias. De fato a única coisa que você encontra são patrulhas, de modo que se a sua notoriedade subir um nível fica intransitável. As cidades quase não tem lojas e facções para interagir e, além disso, são tantas missões principais fora das cidades que você não tem o menor estímulo de parar em uma delas para explorar.
Para recrutar os assassinos dá muito mais trabalho e, sinceramente, não vale a pena. Eles podem agora realizar mais atividades, conforme você comanda, porém eles são mais burros e parecem que não conseguem executar somente o que você mandou e desaparecer sem chamar a atenção de todos os guardas da cidade, que além de atacá-los também vem pra cima de você! Eu recrutei todos os 6 e praticamente não os usei.
Eles encheram o jogo de personagens históricos, de fatos são dezenas! Porém isso não fica mais tão bom, porque simplesmente você não interage muito com eles: vence uma batalha pra eles e some. Eles quiseram contar a história da revolução toda, porém ficou muito perdido. Exceto o Washington e o Adams o resto passa quase despercebido pelo jogador, inclusive Benjamin Franklin.
O personagem principal, Connor, é muito ingênuo, mesmo após anos de treinamentos e várias batalhas. Ele acaba então, durante o jogo, fazendo várias coisas que te dão a impressão de que ele não merecia a "farda" que estava usando. Apesar de mais forte e bem mais ágil que os anteriores, Connor foi o protagonista que eu menos gostei de ter controlado, porque parecia que ele nunca pensava antes de agir, o que certamente não combina com furtividade e o estilo de AC, onde geralmente a história mostrava a Irmandade bolando uma super estratégia pra vencer um inimigo bem mais poderoso que eles.
O foco da história é muito mais na revolução do que na Irmandade, talvez um americano super patriota deva ter adorado isso, mas eu não achei que ficou legal. Muitas coisas no jogo são mal explicadas, como por exemplo todo mundo praticamente sabe da filiação de Connor sendo que ele passou anos em reclusão na floresta com os índios e veio para a cidade já adulto. Bem, eu teria muita coisa pra contestar do desenvolvimento do jogo, mas tem mais de 2 horas que eu to escrevendo então vou parar por aqui mesmo.
Claro, também tem as missões fora do Animus, que não são lá essas coisas mas dão uma variada legal no ambiente. E o ponto alto da história fica fora do Animus também, de modo que eu realmente não faço idéia de como eles vão começar AC4. Os DLCs parecem interessantes, exploram uma realidade alternativa em que o Washington dá um golpe de estado, mas eu não cheguei a jogar porque agora me empolguei com o Mark of the Ninja. Assim que terminar ele volto, jogo e posto um review aqui.
Enfim, é isso, acho que ninguém vai ler essa merda porque ficou gigante, mas eu fiz de propósito porque tenho que treinar a organizar idéias na forma escrita. Como eu to com sono amanhã eu faço uma revisão pra ver se não tem coisa sem sentido no meio.
Última edição por VRebuli em Ter 15 Out 2013, 10:50, editado 1 vez(es)